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Coisas (des)Interessantes

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11
Mai16

A polémica do ensino pivado e do ensino público

mudadelinha

Frequentei os dois, gostei dos dois! Aliás, continuo a ser aluna do ensino privado, porque frequento uma universidade privada, mas essa questão já foi relacionada com aspectos diferentes. Até ao 6º ano de escolariedade andei numa escola pública, perto de casa e por questões pessoais e, derivado de alguns problemas escolares que fui tendo, os meus pais optaram por me transferir para um colégio. Quando acabei o 9º ano quis mudar para um escola pública novamente, mudar de ares, conhecer outras pessoas. Acabei por mudar de escola na transicção do 10º para o 11º ano, porque tinha negativa a Geografia, não gostava do professor, o professor não gostava de mim. Gostava de Geografia, sempre gostei de Geografia, mas era a única negativa que constava da minha pauta, da qual também constavam notas relativamente razoáveis. Então, lá decidimos que o melhor seria mudar de escola, para não me prejudicar na preparação para os exames nacionais e, foi o melhor a ser feito.

 

Não percebo esta polémica toda que envolve o ensino privado. Vamos ter noções. O ensino privado é feito para quem tem possibilidades, não é mentira para ninguém pois não? Quam não as tem, ou não as tem tão altas, não pode recorrer ao ensino privado. Mas qual a necessidade de recorrer ao ensino privado quando existe o ensino público? Para mim, a grande e única diferença consiste no acompanhamento que os professores e os não docentes  conseguem com os alunos no ensino privado. As crianças são muito mais acompanhadas, quer a nível escolar, como a nível pessoal. São muito mais rigídos com os trabalhos de casa, com os programas das disciplinas, com os trabalhos feitos em aula. Há mais auxiliares nos recreios e há mais vigilância e, derivado disso existem mais regras a respeitar-se.

No ensino público tal não acontece, até porque o número de alunos é muito superior. O acompanhamento não é o mesmo e a vigilância também não. Falo mesmo por experiência própria. Mas os métodos são os mesmo, um bom professor no ensino público, também o é no ensino privado e vice-versa. Se tivermos de ter um mau professor, temo-lo no ensino público como no ensino privado. A minha professora de Matemática do 9º ano, no colégio onde andei, não sabia aquilo de que falava, além das tipícas preferências pelos melhores alunos da turma e, esquecia-se dos outros, que só por acaso também eram alunos.

 

Por isso, termos as nossas crianças, digo nossas apesar de não ter filhos, no ensino público ou no ensino privado, não é a mesma coisa, mas não é tão diferente quanto isso. Esta minha opinião já está formada à muito tempo, mas hoje no caminho da faculdade para casa, vinha a ouvir atentamente as notícias na rádio (já não me recordo se era na RFM ou na Comercial) e numa reportagem o líder-parlamentar do PSD mostrava-se muito revoltado porque os cortes no ensino privado só iriam prejudicar as famílias pobres. Foram estas as palavras dele.

6 mudardelinha

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    mudadelinha 11.05.2016


    Sim, tenho estado relativamente dentro do assunto, apesar de haver coisas que não percebo. Aquilo que disse foi numa ideia de comparar os dois sistemas de ensino e as palavras que ouvi na rádio, mas sei que contexto não se trata disto que relatei. Até pelo que tenho percebido nem todos os estabelecimentos de ensino privado estão na mesma situação.


    Mas lá está, desde sempre o sistema de ensino provado foi pensado para quem tem possibilidades monetárias e não para quem não as tem.
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    Andy Bloig 11.05.2016

    Eles são colégios privados que se substituem a escolas públicas. Para assim serem considerados, têm de aceitar todos os alunos que lá se inscrevam para o número de vagas que lhes forem entregues... teoricamente. Pois se um aluno for problemático ou de famílias sem rendimentos para pagar as extracurriculares, na maioria das cooperativas de ensino, não tem lugar, mesmo que seja o primeiro a inscrever-se. 
    Agora, é óbvio que se quem pode escolher entre uma escola em que as extracurriculares sejam uma terceira língua ou desenho ou trabalhos manuais e um colégio, onde pagam um valor extra, e tem direito a aprender a andar a cavalo, viagens a alguns sítios durante as férias ou acesso a piscinas ou courts de ténis, em vez de pagar 700 euros por mês, pagam 300, pois o estado paga o resto, é a escolha que se faz. Para além que as turmas deste tipo de ensino podem ter, até, menos 5 a 7 alunos do que as do ensino público. O que permite aos professores ensinarem menos gente no mesmo tempo de aulas.
    Em 2012 quando reduziram em 3 o número máximo de alunos nos contratos de associação e aumentaram em 2 na escola pública, foi algo estranho...
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    mudadelinha 11.05.2016

    Sim e nas escolas públicas vês, cada vez mais, as turmas lotadas, até com os alunos considerados "NEE", cujas turmas não podiam exceder 20 alunos. Hoje, vês essas turmas com 22, 23 alunos. É daquelas coisas que também não se percebem.
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    Andy Bloig 11.05.2016

    Só 23? 
    Aqui a escola onde fiz o secundário tem turmas de 10 ano com 28 e 29. Já parece o que era quando lá andei. 
    Só que os tempos são diferentes. 5 e 6 anos tive em turmas com mais de 30 alunos. 
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    mudadelinha 11.05.2016


    Estou a falar em turmas do 1º ao 4º ano... ´
    Mas na minha turma de 10º ano éramos 34 alunos inscritos, a sorte é que só aparecíamos 26/27. Mas no 5º/6º ano... Se uma turma de 23 já dá que fazer, imagino uma turma de 27...
    As turmas que andei sempre rondaram os 23/24, mesmo no colégio onde andei, com excepção da turma do 11/12 que éramos 13, mas já estamos a falar de humanidades e, aí os alunos já se dispersam muito mais pelas turmas.
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