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Coisas (des)Interessantes

Coisas (des)Interessantes

12
Abr20

5 anos de uma história feliz

mudadelinha

Neste dia estranho e diferente de Páscoa, fazemos 5 anos de namoro. Quer dizer, não temos bem a certeza se foi neste dia que nos beijamos pela primeira vez, não temos bem um dia certo de namoro, mas gosto de dizer que foi nesta data, só para assinalar o momento. Uns anos lembro-me, outros não.

Este ano tudo é diferente, mas ser neste dia deu-me ânimo, porque o dia de hoje tem tudo para ser triste, e será certamente triste. A mesa vai estar vazia, a mesa está sempre vazia agora, falta o mais importante. Todas as lembranças do dia de hoje desapareceram, e a partir deste ano será sempre diferente, e saber que este ano era neste dia encheu-me um bocadinho o coração de memórias boas, e de esperança.

Ao longo destes cinco anos, podia dizer que foi tudo bom, que só temos coisas boas para contar, o que é metade mentira, e metade verdade. Nem tudo tem sido bom, mas no meio de tudo o que é mau, estamos lá, e estarmos sempre lá um para o outro, é a nossa felicidade, o nosso equilíbrio, o nosso ponto de abrigo. Temos os nossos dias, temos as nossas discussões e os nossos desentendimentos, afinal ninguém se entende sempre. Mas, no fim, há amor, e haver amor, cumplicidade e cumplicidade é tudo.

O L. tem sido tudo, é tudo na minha vida desde este dia há cinco anos. É a minha plenitude e o meu equilíbrio, e tem sido o meu maior apoio, o meu refúgio nos dias bons e maus, e nunca me larga a mão, nunca. Quando me mudei para o Algarve, e ele ficou no Porto, tinha mais medo, do que esperança, admito. E ele sabia disso, e talvez por sabermos disso, a distância só nos aproximou, e sinto que nada faria sentido se fosse diferente. Já tinha vivido uma relação à distância que não resultou, e o L. veio-me mostrar que é possível. Claro que é possível, com dedicação e esforço tudo é possível. Se é difícil? É muito difícil, sabemos disso, nos dias difíceis só queria um abraço. Mas é uma aprendizagem, se somos capazes de ultrapassar isto, somos capazes de muito mais, é um trabalho de equipa, de persistência e, sobretudo, de dedicação.

Ao longo destes dois meses em que me mudei, não tem sido tudo um mar de rosas e de pétalas, e de beijinhos e corações. Nenhuma relação o é, quanto mais à distância. Tenho dias maus, em que acordo desanimada, que choro e grito, que estou desmotivada com qualquer coisa, ou simplesmente estou com saudades, e quando estou com saudades sou impossível de aturar. Às vezes ligo-lhe só para lhe dizer que me apetece desistir, ou só para chorar porque tenho saudades do meu avô e de ouvir a voz dele. E o L., na calma dele, porque não lhe adianta outra coisa naqueles momentos, é meter-me os pés no chão e diz-me, tantas e tantas vezes, até perco a conta das vezes que o ouço dizer “Calma! Chora o que tiveres de chorar e liga quantas vezes tiveres de ligar, vou atender sempre, porque estou sempre aqui. O teu avô está a ver-te e está a tomar conta de ti, e não quer que desistas, pensa nele quando quiseres desistir, e se te fizer sentir melhor procura e ouve aquele vídeo em que ouves a gargalhada dele, a dar comida às gaivotas, que tantas vezes me falas, e vais-te sentir melhor.” Nem sempre é verdade que me sinto melhor, mas já me aquece o coração ouvi-lo.

Ao longo destes 5 anos, aprendi que acreditar no amor é a maior esperança que podemos ter e plantar o amor na nossa vida é o que nos permite viver uma relação saudável, não só com os outros, mas connosco. Essa tem sido a minha, a nossa, maior caminhada e a maior lição.

Há cinco anos soube que era para a vida toda, e soube porque decidi acreditar. E pode parecer cliché, mas é verdade. E nos momentos menos bons, lembro-me disso, que é preciso acreditar que vai ficar tudo bem, mesmo que não fique, acredito que sim.

Têm sido anos felizes, temos vivido experiências bonitas juntos, não falamos muito sobre nós, não partilhamos muito, até sou eu que acabo por partilhar mais, mas evito partilhar muito da nossa vida pessoal, fica para quem convive connosco e quem gosta de nós.

 

Há cinco anos decidi acreditar no amor e foi a melhor decisão da minha vida.

 

20190916_164824.jpg

(esta fotografia foi tirada nas nossas férias na Croácia, em Dubrovnik, em Setembro de 2019)

 

14
Mai18

Coisas do amor #11

mudadelinha

Bem, isto não é uma história fofinha, nem lamechas, muito pelo contrário, é uma história engraçada, para perceberem o que uma mulher atura com homens e para perceberem o namorado que tenho, porque as pessoas acham que sou maluca e que ele é um santo.

 

 

Expliquem-me qual seria a vossa reação quando o vosso namorado sai muito atrapalhado o carro porque o botão das calças rebentou, porque ele se esticou para ir buscar qualquer coisa ao lugar do passageiro? Ah! E não tinha cinto, sim porque essa foi a melhor parte. 

 

A reação dele valeu por todas. Ele sai do carro e eu estava a tagarelar qualquer coisa (como sempre!) e ele simplesmente não me respondia, ao que eu exclamo "Fogo, amor, estou a falar para o tecto, não me respondes?". E ele estava muito sério a olhar para baixo, parecia que estava à procura de alguma coisa que tivesse caído ao chão, mas não. Olha para mim muito atrapalhado, parecia literalmente uma criança, como se eu fosse gitar com ele ou qualquer coisa parecida, e eu volto a dizer-lhe "Que se passa? Está tudo bem contigo?" e ele faz-me aquele olhar como a mandar-me olhar naquela direção, mas eu não percebi, ao que ele me diz num tom de voz engraçado "Oh amor saiu-me o botão das calças e agora? Não tenho cinto, as calças vão-me cair! Acho que devo estar qualquer cosita mais gordo."

 

Olhei para ele com uma vontade enorme de me rir, tentei perceber a aflição dele, mas não consegui controlar-me e ri-me tanto. Fui o caminho todo a rir-me até ao Senhor de Matosinhos, e ele estava super envergonhado porque estava mais gordo, e já tinha aquelas calças há imenso tempo e fui que lhas dei, e nunca lhe tinha acontecido aquilo.

 

Qual seria a vossa reação? Contem-me, porque eu só me ri.

25
Abr18

Como conheci o L. e como começamos a namorar

mudadelinha

 

Não me lembro do momento exato que conheci o L., já foi há muito tempo e não foi amor à primeira vista, antes tivesse sido. Conheci o L. porque ele trabalhava num lugar perto de onde eu trabalhava e já tinha trabalhado no mesmo sitio pelo que partilhávamos amigos. Mas pouco falava com ele, ouvia falar muito dele e de como ele era quando trabalhava com eles, mas nunca tinha falado muito com ele, também porque ele não aparecia muito por aqueles lados. Na altura que deixou de trabalhar naquele sitio a relação com os patrões não acabou muito bem e ele, então, raramente, aparecia, mesmo para ver os amigos. Quando o conheci ele namorava e eu também, mas ficou sempre uma relação engraçada por causa dessa coincidência e por já termos os dois trabalhado no mesmo sitio, apesar de nunca termos trabalhado juntos.

O L. é das melhores pessoas que conheço, sem ser suspeita (vou continuar a ser!), mas mesmo antes de gostar dele sabia disso. O L. é um rapaz que irradia luz porque está sempre bem-disposto, tem sempre uma boa palavra para toda a gente, está sempre a brincar e cativa todos os que o conhecem pela humildade e naturalidade que transmite, é a maneira de ele ser e de estar e sei que não sabe ser de outra forma. Somos um bocadinho diferentes nisso, ele é a pessoa mais descontraída, mais calma e bem-disposta que conheço, muito mais que eu.

Quando nos conhecemos ele já namorava há algum tempo e eu também, nunca imaginamos que um dia os nossos caminhos se pudessem cruzar, mas cruzaram-se e sou grata por isso todos os dias. Continuamos sempre a trabalhar nos mesmos sítios, mas quando a relação dele terminou, ele começou a sair mais com os amigos, que eram os meus colegas de trabalho e começamos a passar mais tempo juntos, porque os amigos eram os mesmos. Bem, começou tudo aí. Aliás, começou tudo em setembro, numa saída no fim de um dia de trabalho e o L. estava num estado muito engraçado e só dizia asneira, tanto que nem ele se lembra desta passagem. No meio de tudo o que fez, andou a noite toda a chatear-me e a dizer-me “Eu gosto muito de ti sabias? Tu não te acreditas, mas é verdade!”, como é lógico não me acreditei em nada e a uma determinada altura da noite até fugia dele com medo do que ele ia dizer a seguir.

Aquilo passou, quando lhe falei naquele dia ele nem se lembrava de metade, por isso vamos só imaginar o estado em que ele estava. Mas continuamos a estar juntos, a ir tomar café com amigos, a sair com os restantes do grupo. E tudo começou assim, às vezes mandava-me mensagem só a mim para ir tomar café com ele, outras mandava-lhe eu a ele, sempre como amigos porque até aqui nunca tinha pensado nele de outra forma. Sempre que saíamos à noite ou que estávamos num sitio com música ele pegava em mim para dançar (eu, que sou horrível a dançar!) e começou assim. Sei que a uma determinada altura o cheiro do perfume dele acompanhava-me diariamente e aquele perfume mexia comigo e sabia, perfeitamente, que já sentia alguma coisa, não sabia se ele também.

Andámos meses naquele clima, e nunca tive qualquer problema em avançar, mas não sabia se devia, mas um determinado dia ganhei coragem e acabamos por nos beijar. Não sei bem o que foi aquilo, no meio de tanto medo, eu soube que era ele e, por mim, o tempo tinha parado naquele dia. Fiquei sem saber reagir, ele principalmente, mas no dia seguinte voltamos a estar juntos. Ninguém sabia do que se tinha passado, nenhum dos dois queria contar a ninguém porque não sabíamos o que ia sair dali, por isso era muito melhor deixarmos só para nós. Mas, no dia seguinte, voltamos a estar juntos e quando me vinha embora, sem ninguém ver, ele deu-me um beijo na cara, e eu voltei para trás e eu dei-lhe outro, em forma de despedida.

Começou assim, andamos meses sem contar a ninguém, aliás nós nunca contamos a ninguém, mas já não sabíamos esconder aquilo que tínhamos. Andamos meses que só estávamos juntos ao sábado e nunca fomos de falar muito por mensagens, era muito raro trocarmos uma mensagem como deve ser, as poucas vezes que o fazíamos era com bonecos ou com brincadeiras parvas.

Às vezes falamos e brincamos com determinadas situações, rimo-nos e ele pergunta-me quando é que soube que estava apaixonada por ele e, sinceramente, desde sempre. Acho que soube desde inicio, mas custou-me a acreditar que estava mesmo. Ele diz que não sabe, mas que provavelmente foi quando nos beijámos, porque nunca mais esqueceu aquele momento, possivelmente porque fui eu que ganhei coragem para o fazer.

A melhor parte, aprendemos sempre a respeitar o espaço um do outro, ele comenta muitas vezes que era o maior dele e confesso que era o meu também. Gostamos imenso de fazer tudo juntos, de namorar, ir ao cinema, jantar, almoçar, lanchar, passear, sair à noite, mas também gostamos imenso de ter o nosso espaço e nosso tempo sozinhos, ou com os nossos amigos, e sempre compreendemos e respeitamos isso. Quando é difícil falamos, e tentamo-nos compreender o lado de cada um, não temos por hábito virar costas só porque sim, ou só porque ele acha que não e eu que sim, damos a cara e falamos sobre os nossos problemas. Olho para nós e penso que temos conseguido construir uma relação bonita, sempre com base no que sentimos um pelo outro e continuo-me a achar uma criança quando olho para ele, porque sinto-me como no primeiro dia e, todos os dias, agradeço-lhe por ter aparecido e por me ter feito acreditar novamente no amor, deu-me muitos novos sentidos.

 

 

12
Abr18

Das coisas do amor

mudadelinha

Temos passado por tanto juntos que quando sinto o abraço apertado do L. sinto que o meu mundo desaba todo ali e que todos os nossos problemas são minúsculos ao lado do que sentimos um pelo outro e o quanto lutamos juntos por tanta coisa. Digo-lhe muitas vezes que melhor lugar do mundo é estar dentro daquele abraço e ele ri-se, envergonhado. Mas o meu mundo pára efetivamente ali, naquele abraço, enquanto sinto aquele cheiro que me descansa e aquele barba que adoro mas que me irrita. Outras vezes sonho acordada com o abraço dele e espero ansiosamente por aqueles cinco minutos do dia, ou pelo dia, ou a hora, em que vou poder abraçá-lo. Só nunca chega a hora de não o largar mais, porque podíamos ficar eternamente ali, naquele abraço. O abraço dele resolve tudo, todas as dores, todas as preocupações, todos os problemas. Mas transmite esperança, quando me larga porque tem de ser, porque temos os nossos compromissos e as vidas não param ali, infelizmente, transmite-me fé e esperança de que o vou continuar a ter e de que aquele é e sempre será o melhor sítio do mundo.

 

Hoje, 12 de Abril de 2018, pensamos que namoramos há 3 três anos. Nunca tivemos um dia, uma data, não ligamos a isso, mas sabemos que este dia foi especial porque foi o que dia que nos beijámos pela primeira vez, então teimo em dizer que este é o dia em que começamos a namorar, mas não é, porque não sabemos quando foi. Rimo-nos muito com isto porque ele diz que começamos a namorar em Maio, eu acho que começamos a namorar em Agosto, acabamos por concluir que já éramos apaixonados um pelo outro há mais tempo que isso, e que essa data não simboliza nada. 

 

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Imagem retirada do Pinterest

 

01
Abr18

Coisas do amor #10

mudadelinha

Às vezes não há nada para contar sobre o amor porque também faz parte. Não são precisas frases bonitas, nem presentes bonitos ou caros e nem palavras bonitas são precisas. Grande parte das vezes basta aquele ombro quentinho, aquele abraço apertado que estava à nossa espera e aquelas palavras milagrosas, que nunca são iguais, mas que descansam e nos aliviam a preocupação e o stress do dia a dia. 

 

Melhor que qualquer presente, que qualquer jantar ou que qualquer atitude bonita, é a presença das pessoas. E é isso o amor. O L. tem sido o meu maior apoio desde que namoramos, não me abandona em nenhum momento, bom ou mau e lá à maneira dele está sempre presente, quando não está fisicamente sei que o coração dele está comigo. Nem sempre é fácil, há dias bastantes dificeis, porque desde que começamos a namorar temos horários completamente incompatíveis. Ele trabalha sempre à noite e só tem uma folga semanal, eu trabalho durante o dia e tenho o fim-de-semana, a não ser que vá trabalhar, o que às vezes acontece. Andamos sempre desencontrados e às vezes não é fácil encontrarmos um espaçinho para fazermos alguma coisa. Mas, não é impossível e com muita vontade e amor conseguimos. E tem sido ele a mostrar-me constantemente isso, que conseguimos passar tempo juntos mas é preciso paciência e calma e ele é a pessoa mais calma do mundo, muito mais que eu, e eu considero-me uma pessoa calma. Quando não conseguimos estar juntos andamos sempre a ligar um ao outro e, muitas vezes, uma chamada de 5 minutos resolve muita coisa. 

 

O melhor disto tudo, que se torna dificil mas não impossível, é o esforço que fazemos juntos, que vale por tudo, porque sabemos que lutamos os dois por alguma coisa, e se não dá hoje, dá amanhã, o importante é estarmos presentes. Tem sido uma caminhada bonita e nos momentos em que estou em baixo, por alguma razão, tenho orgulho, muito mesmo, daquilo que temos conseguido até aqui, porque nem sempre é fácil mas temos conseguido. 

 

E isto também é amor, quando não é fácil mas as pessoas tentam, e lutam e persistem porque gostam e porque querem. Não é impossível. Hoje é páscoa e partilho então um bocadinho de esperança.

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