Avós
Mas é claro que os avós desempenham um papel fundamental, na vida de quem teve a sorte de os ter! Sem sombras de dúvidas! Tive e tenho a feliz sorte de ainda os ter ao meu lado, de os puder ver sempre que quero e, lhes poder entregar um beijinho quase todos os dias.
Vejo nos meus avós o carinho, o afecto, o mimo e o amor extra e saudável que qualquer pessoa precisa e deveria ter ao longo de toda a vida. Talvez, quando somos crianças não damos tanto valor a estas pequenas coisas, mas os meus avós têm sido os meus segundos pais, os meus padrinhos, os meus amigos, os meus companheiros sempre que preciso e, mesmo quando não preciso. Têm sempre um "raspanete" a dar-me quando respondo e quando resmungo com a minha mãe, quando ando chateada com a minha irmã. Mas têm sempre uma palavra meiga e de força a dar-me quando penso em desistir de alguma coisa, ou quando desmotivo com alguma coisa. Seguiram todos os passos da minha vida e da minha família, abriram-me sempre os braços sempre que precisei chorar ou desabafar sobre alguma coisa. Educaram-me, cresci com eles, quer do lado materno, quer do lado paterno, onde sempre tive avó só, porque o meu avô morreu muito cedo.
Fizeram de mim uma criança feliz! Tenho sempre para contar uma história muito engraçada sobre o meu avó, aliás tenho muito, mas falo sempre desta. Ainda frequentava a escola primária, o 3º ano de escolaridade (salvo erro!) quando numa fichinha qualquer que tinhamos para trabalho de casa era pedido para escrevermos um texto sobre o nosso exemplo, ou a pessoa que mais admirávamos... como se crianças com sete ou oito anos soubessem bem o que é isso. E, a minha resposta foi muito fácil e, muito imediata... O meu avô claro! Quando no dia seguinte cheguei com o trabalho à escola para a professora corrigir (ela corrigia na hora da aula, enquanto a turma estava a fazer outro trabalho qualquer) ela ahou muita piada e fez questão de me perguntar "Então a pessoa que mais admiras é o teu avô? E porque não é a tua mãe ou o teu pai?". Também não sei responder, claro que admiro bastante todos e, todos são exemplos, mas o meu avô é o meu avô. Um homem, sem dentes, sempre se recusou a usar que aparelho fosse, com as sobrancelhas muito grandes, principalmente o cantinho das sobrancelhas, que o enrola no dedo mindinho por simples vício e, com a unha do dedo mindinho dão muito grande, devido à profissão que sempre exerceu. Sempre muito simpático com toda a gente e, sempre com as características que referi. Na altura, a professora não entendeu muito bem, nem eu aliás, mas hoje a minha resposta seria exactamente a mesma. E tanto seria, como é e como já referi mais que uma vez aqui por casa e, pela restante família, que será aquele senhor, que parece o avô dos desenhos animados UP! que será o meu padrinho de curso, se a saúde assim o deixar!