Quando tenho "mil e uma" janelas da internet abertas, para ler blogs e outras coisas e, subitamente me lembro que ainda tenho dois testes esta semana e, tenho uma longa batalha pela frente. Não me resta mais nada a não ser, a muito custo, fechar todas essas janelas e tentar estudar!
Acabou de acontecer. Portanto, uma boa noite e um beijinho*
E a necessidade de sair de casa começa a ser muita. Começa mesmo a ser essencial e necessária. Ter o meu espaçinho, não ter de dividi-lo com ninguém, não ter ninguém mil vezes ao dia a mexer e remexer nas minhas coisas, a vestir a minha roupa diariamente, a desaparecer-me com as coisas que compro e com as quais gasto do meu dinheiro. É, de facto, saturante e cansativo ter de ver, viver e (re)viver esta realidade todos os dias. Ter a nossa privacidade é algo que nos é inacto, nasce connosco. E... privacidade foi coisa que nunca tive, quando se divide a casa com a minha mãe (que acha que é tudo dela) e com a minha irmã (que coitadinha, é a mais nova, então é tudo para ela e é tudo dela, porque coitadinha, esteve doente mas já não está, mas vai ser sempre a doentinha que de doentinha não tem nada... odeio vitimas!). É cansativo tentar manter-me bem-disposta, é cansativo manter um sorriso na cara, é cansativo fazer de conta que não se passa nada. É difícil só o caminhar ou o conduzir para casa. É desmotivante chegar-se a casa, é triste chegar a casa, porque a casa não é nossa, não tenho o meu espaço, o espaço não é meu, é de todos as minhas coisas não podem descansar durante o dia. Não posso sair descansada de manhã porque sei que à noite, ou à tarde quando chegar, nada vai estar igual. E é ainda mais desgastante saber que não podes fazer nada, porque são duas contra uma e, são 24 anos. Uma idade que me pede a minha privacidade, o meu espaço, as minhas coisas. Ando a atrofiar com isto, choro muitas vezes, ando completamente irritada com tudo e com todos.
Então, diariamente, com o pensamento nisto, sonho e tento lutar para ter o meu espaço e, as minhas coisas.Constroí-se um sonho. Um sonho que tenho desde sempre. Porque deve ser da idade, que também ajuda a não gostar de partilhar, ou a partilhar com respeito, coisa que aqui não se faz, mas sempre fui assim, porque nunca pude ter nada meu. E anseio o dia que possa ter o meu espaço, talvez o nosso, o meu e o dele, onde possamos reunir os nossos trapinhos e ser muito felizes!
E o quanto me custa sentir isto tudo... Ninguém imagina! É porque eu adoro a minha casa, sempre fui das duas a mais afeiçoada e ligada a casa e, continua a ser assim! É uma autêntica luta diária tentar lutar contra a minha própria personalidade.
Desculpem-me se não concordo nada com a existência deste dia. Não concordo, ponto! Queremos ser iguais, queremos os mesmo direitos, reivindicamos todas as injustiças e desigualdades face ao sexo masculino e... precisamos de um dia só para nós.
Lamento, mas não é preciso um dia, é preciso lutar, é preciso enfrentar, é preciso falar e fazer frente seja a quem a for. Nada vai mudar neste dia, é só mais um dia que incentiva ao consumo. A desigualdade entre homens e mulheres é mero preconceito social, manias que se foram enraizando na sociedade de que as mulheres não são capazes, não tem a mesma força, nem as mesmas capacidades que o sexo masculino. Porquê? Porque é preciso pegar numa caixa, chama-se o homem, é preciso por-se água no carro, chama-se o homem. É preciso mudar um pneu, chama-se o homem e, assim sucessivamente. A sociedade dividiu-se entre empregos masculinos, empregos femininos e, empregos para todos.
Para mim ser mulher vai muito além deste dia! É uma luta diária!
Esta semana li um artigo com o qual fiquei chocada e, ligeiramente sensibilizada. Duas turistas argentinas desapareceram no Equador, em virtude de uma viagem que tinham decidido realizar. Face a este acontecimento, uma estudante do Paraguai, expressou a sua indignação e, a de muitos outros, numa carta aberta, na primeira pessoa.
Não disse nada sobre os óscares, a verdade é uma: não vi nenhum dos filmes, não vi a cerimónia, não acompanhei nada este ano. Vi o trailer d'O Renascido e, fui-me mantendo atenta às criticas que apareciam no facebook e num ou outro site que sigo, mas nada mais que isso. Contudo, a primeira coisa que fiz na manhã de segunda-feira foi ver os vencedores, não queria morrer sem ver o DiCaprio ganhar um óscar. Não sei se este foi o papel da vida dele, se foi a melhor interpretação que ele fez até hoje, ainda não vi o filme não posso falar muito, mas sou daquela opinião que se foi, não foi a única. Já passaram muitos por ele, que por muito brilhantes que tenham sido, não o mereciam tanto e, fiquei realmente feliz por saber que foi ele que este ano arrecadou o prémio. Com todo o mérito e trabalho. Estou curiosa para ver o filme, e todos os outros também, principalmente O Quarto de Jack. Cito um artigo que li hoje e, que mais não poderia dizer, para mim a par da Meryl Streep, porque adoro a senhora e, sou completamente apaixonada por todas as suas interpretações, é uma diva, o Leonardo DiCaprio ocupa o mesmo lugar no papel masculino, porque é dos poucos que acompanhou toda a minha infância e adolescência. E, os meus parabéns ao Leonardo DiCaprio, finalmente!