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Quando a primeira nota do mestrado é um belo e redondinho 16! E que bom que foi, afinal ás vezes o esforço e umas noitinhas sem dormir valem a pena!
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Quando a primeira nota do mestrado é um belo e redondinho 16! E que bom que foi, afinal ás vezes o esforço e umas noitinhas sem dormir valem a pena!
Já falei imensas vezes nesta série por estas andanças, mas mais uma nunca é demais! Esta foi a série da minha adolescência, a minha melhor amiga era viciada, completamente colada nesta série, e sempre que ia a casa dela, só se via isto! Quando ganhei gosto vi a série toda e nem sei explicar o tanto que aprendi com ela! De há uns meses para cá, decidi começar a revê-la, ela tem 9 temporadas, mas não me custou nada. Entretanto, estou na 8 temporada, por isso está quase a acabar. Continuo viciada como se fosse a primeira vez que a estivesse a ver!
Já começei a escrever este post no domingo ou sábado á noite, mas por alguma razão o meu computador decidiu crashar e não guardar aquilo que estava a escrever e fiquei mesmo chateada por causa disso, tanto que decidi desligá-lo e não voltar a pegar nele.
Tenho-me vindo a queixar por estes lados do meu cansaço e coisas parecidas, mas verdade seja dita, queixo-me de barriga cheia, porque nunca me faltou trabalho, só não na minha área ou perto dela, mas isso já são outros quinhentos!
Este fim-de-semana foi de loucos, mas também só o foi porque eu quis e que aguentei lá isso aguentei, estou aqui firminha da vida, depois de uma semana intensa de trabalho, de trabalhos para entregar do mestrado e, coisas afins. Trabalho desde cedo, começei a trabalhar tinha 15/16 anos (não me lembro bem), e lembro-me que começei a trabalhar no bar onde ainda trabalho, porque queria muito pagar a minha carta de condução. E então lá fui, juntar uns trocos para pagar a minha carta de condução, mas na altura propuseram-me ficar lá a fazer os fins-de-semanas, e como era só ao sábado á noite, não tive problemas em aceitar. Entrava na faculdade naquele ano e o dinheiro que viesse, por pouco que fosse, dava jeito para alguma coisa. Paguei sempre o passe dos transportes públicos e tentei sempre comprar os livros que precisava, e pagar a minha alimentação. E, ainda sobrava dinheiro para algum capricho, como umas sapatilhas ou alguma roupa, E ainda sobrava dinheiro para dar á minha mãe. Ainda estou lá, já trabalhei noutros sitios, já procurei outras coisas, já experimentei outras quantas, mas fui ficando sempre lá.
Este fim-de-semana ligaram-me na sexta-feira para eu ir trabalhar sábado e domingo, e como estou de férias, também não tive problemas em aceitar. Mas, no entretanto, ligou-me um dos meus melhores amigos, a pedir-me para ir trabalhar com ele no sabádo à noite que estava mesmo aflito, porque a rapariga que costuma ir não podia por alguma razão. Não gosto de falhar com ninguém, até porque nunca falhou comigo e, sempre que precisei ele lá estava. Então lá fui. No sabádo trabalhei das 9h ás 17h num sitío e, ás 18h estava noutro sitio, de onde saí perto das 2h, para no domingo ir trabalhar ás 9h.
Se me custou? Ai custou e não foi pouco, tenho estado a trabalhar a semana toda e não estou pouco cansada, estou mesmo muito cansada,os meus pés, as minhas costas e os meus ombros estão a total desgraça, e a minha sorte vai sendo que o L. é fiseoterapeuta e vai-me fazendo uns tratamentos esporádicos!
No sabádo á tarde, em conversa com o L. por telémovel, ele perguntou como eu estava e eu disse-lhe que estava triste, e estava mesmo triste! E estou ainda! Porque no fim ninguém tem uma pontinha em nada daquilo que eu faço, ou no meu esforço e na minha dedicação. Não é que eu faça isto ou aquilo para ouvir boas palavras, mas principalmente da minha mãe e da minha familia é, supostamente, o esperado. Mas não. Nunca acontece. Já fiquei mais triste, agora já é previsivel, mas é sempre revoltante. O que o L. me disse foi muito simples, "Eu estou aqui, é só o que interesse, e eu tenho muito orgulho em ti e sei o quanto estás cansada, por isso acalma-te e quando saires passa por aqui para eu te dar um beijio!". Soube bem ouvir aquilo, soube pelo mundo todo aliás.
E sabem porque é que tenho trabalhado tanto? Porque quero comprar um carro, é o meu primeiro objetivo. Quero um carro para mim, para não depender de ninguém. A minha mãe sempre prometeu oferecer-me um carro quando acabasse a licenciatura, mas não me parece que esteja com ideias disso. A minha irmã, que é mais nova que eu, está agora a tirar a carta e eles falam em comprar um carro, mas não é para mim, é para as duas, como se eu fosse dividir um carro com a minha irmã, tendo em conta que temos vidas completamente separadas. E fico triste,com isso é fico mesmo triste, porque relembro, até hoje sempre dei dinheiro em minha casa, SEMPRE, sem me pedirem nada, sem mo exigirem, eu sempre o dei e, no fim... não recebo nada, nem uma palavra de apoio por todo o meu esforço e dedicação!
Boa semana e um beijinho
Não me tenho poupado em pequenas declarações por estes lados, mas depois de tanto desacreditar, torna-se impossível não me sentir tão grata.
O L. é, sem sombras de dúvida, uma das melhores coisas que tenho na minha vida. Não acho, muito sinceramente, que mereça tal. É a pessoa que está sempre lá, que me apoia e acompanha em qualquer decisão, seja ou não do agrado dele. É a pessoa que me ouve, e que eu ouço também, e que procura entender de todas as maneiras possíveis. Eu digo "Amor, não quero mais ir trabalhar!" e ele diz-me "Amor, não devias pensar melhor? Pensa melhor, mas eu vou estar aqui independentemente da tua decisão!". É aquela pessoa que me atura quando eu choro, e quando quero desistir de tudo, e me faz ver tudo de uma maneira diferente, e me faz não desistir, e diz-me "Eu sei que és forte, és uma menina tão forte, que isto é só mais um obstáculo, não vais desistir agora!". E eu digo-lhe " L. candidatei-me a um programa de voluntariado para o estrangeiro, é um sonho que tenho e acho que chegou a altura certa!". E sem hesitar, ele responde-me "Vai!".
Sinto-me grata, não consigo agradecer metade daquilo que ele é comigo, procuro fazer o mesmo, acho que isso é núcleo de uma relação!
bom fim de semana
Bem... venho falar-vos um bocadinho do projeto em que estou envolvida, o qual falei ontem e as razões pelas quais decidi aceitá-lo sem pensar duas vezes! Sei que há muitas causas, que há muitas instituições, que há muitas associações, e que muitas delas são enganosas, que se aproveitam de causas e de lutas como esta para se aproveitarem da boa vontade das pessoas e obterem fins lucrativos. Isso revolta-me, porque acho que se toda a nossa sociedade trabalhasse em equipa, conseguíamos mais e muito melhor!
As aldeias de crianças s.o.s estão em portugal desde 1964, foi neste ano que foram aprovados os estatutos desta associação, sendo que a primeira aldeia foi inaugurada em 1967, em Bicesse (Cascais). Neste momento, existem três aldeias de acolhimento em Portugal, uma Gulpilhares (Gaia), em Bicesse (Cascais) e, a última, em Guarda. De uma maneira muito sucinta vou explicar o que se faz nestas aldeias de acolhimento, qual a sua missão e, como se pode lá chegar. As aldeias de crianças s.o.s estão, neste momento, em mais de 134 países e, já foram nomeadas 14 vezes para o Prémio Nobel da Paz e, o principal objetivo, é oferecer a estas crianças a possibilidade de crescerem num ambiente familiar, rodeadas de amor e, de carinho, como todas as crianças o merecem. Cada criança pertence a uma familia e merece respeito, amor e segurança!
O que é que as aldeias fazem de diferente das restantes associações que conhecemos? As aldeias e, agora falo apenas em Portugal, porque cada país tem objetivos diferentes, consoante as suas necessidades sociais, acolhem crianças retiradas ás familias , por razões de violência, de maus-tratos (fisicos e psicológicos), por serem orfãs e, coloca-as numa aldeia. A finalidade é acompanhar e proteger as crianças e jovens que se encontram em situação vulnerável, com o objetivo de promover o seu pleno desenvolvimento e autonomia, através do acolhimento, prevenção e do fortalecimento das suas redes familiares e sociais. Atuar junto de crianças que perderam os cuidados parentais ou em risco de os perder. As aldeias oferecem uma oportunidade à criança de poder crescer numa familia, com irmãos e com pais s.o.s. O que diferencia as aldeias? No meu ver o que diferencia (e muito!) as aldeias s.o.s das restantes instituições são principalmente três fatores, além de muitos outros, que poderia estar agora aqui a falar:
Este é um projeto diferente para mim, é dificil sensibilizar as pessoas para uma causa, mas quando é possível sabe melhor! Quando estamos a defender causas como esta, e vemos com os nossos próprios olhos que é possível, sentimo-nos seguros daquilo que estamos a defender, e que não estamos a defender mais uma. Espero muito que leiam com atenção e, que se nos encontrarem por aí na rua e, tiverem possibilidades claro, peço apenas para ouvirem, e ouvirem com o coração!
Deixo apenas um video para que possam ver com os próprios olhos daquilo que falo, porque já vi este video algumas vezes e emociono-me sempre:
Deixo os sites só por curiosidade:
"Nenhuma criança deve crescer sozinha!"
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