Sei que ainda é cedo, que ainda falta mais de um mês para o ano terminar e que muito pode acontecer num mês, mas a fatia maior do ano já passou e por isso começam as reflexões.
2017 foi um ano cansativo mas gratificante, como se o que é bom só se conseguisse com muito cansaço e muito esforço! É essa verdadeira lição que levo de 2017. 2017 foi um ano cheio de conquistas, de felicidade, de sorrisos. De muito cansaço e tudo o que ele implica, muitas lágrimas, muita vontade de desistir, de atirar tudo ao ar e sair porta fora e não voltar mais. Tive sempre as pessoas certas do meu lado e é isso também que levo de 2017.
De 2017 levo, com muito orgulho pessoal, o término de uma étapa e o inicio de outra: a conclusão da minha licenciatura, o início do mestrado (que tanto custou a escolher!) e o inicio do meu percurso como estagiária. Com muito suor, muito choro à mistura, muitas dúvidas e incertezas, muitas noites mal dormidas, umas não sei quantas noites sem dormir e mais um par de diretas nas noites antes dos exames. Custou mas no fim valeu a pena!
De 2017 e não só deste ano que passou, mas como parte dele, e por isso tenho de o referir, levo o L., bem guardadinho no meu coração para o aquecer mais um bocadinho. Todos os dias são só mais uma certeza.
De 2017 não levo grandes amigos, não sou pessoa de muitos amigos e, ao longo do ano, fui-me afastando daqueles que não fazem falta, e só estão perto para ocupar espaço. Essas pessoas não me fazem falta e não são essas que eu quero guardar.
Foi um ano preenchido, consegui desapegar-me de um trabalho que me pedia tanto e me sugava toda a minha energia. Consegui um trabalho de verão espetacular (que noutra hora, ainda quero falar por aqui), apesar de não ter acabado nos melhores moldes, conheci pessoas maravilhosas. Li quatro livros, o que para mim é uma autêntica vitória, visto que já não o fazia há muito tempo. Consegui juntar dinheiro, coisa que também não conseguia há muito tempo.
Comecei há pouco tempo um método mais eficaz de poupar. Um caderninho bonitinho onde aponto, todos os dias, os meus gastos.
2017 ensinou-me algumas coisas muitissimo importantes e uma delas foi que as coisas acontecem quando tem de acontecer, nada de pressas, nem de pânico, nem de desesperos, paciência sempre. Não sou uma pessoa muito paciente.
Já queria ter vindo falar deste assunto na quinta-feira mas não me sendo possível, faço-o agora. Não sei o que é uma black friday, quer dizer saber sei mas, pessoalmente, nunca usufruí de uma black friday, nunca me enfiei num shopping, nunca esperei na fila que uma determinada loja abrisse com megas descontos e promoções.
Não sou fã de shoppings, nem de cinema quanto mais. Não gosto de estar num shopping nem em dias de chuva, nevoeiro, sol, vento, ou uma tempestada gigante. Salvem-me disso. É muito raro lá ir, e quando vou sei, perfeitamente, ao que vou. É entrar, ver se é aquilo que quero e preciso, comprar e sair. As horas a que vou são sempre as mesmas: no fim de jantar, a rondar as 21h/22h.Hora santo nas lojas, fácil de andar, fácil de escolher, fácil de pagar e não preciso estar uma hora na fila de pagamento.
Mas quanto à black friday. Este ano precisava comprar imensos livros para a faculdade, como todos os anos vá, e sem conhecer que a black friday me ia oferecer descontos nesse sentido, comparei todos os preços de todas as livrarias pssíveis, desde a Fnac, à Wook, à Bertrand, à Almedina e à livraria da minha faculdade. A que me costuma oferecer os preços mais acessíveis é a livraria da faculdade ou a Almedina, apesar de acabar por comprar sempre na Fnac, porque é mais fácil de ficar logo com os livros na mão e de os trazer para casa, principalmente, quando estou com urgência para estudar. Este ano, precisamente, ao contrário, a Wook oferecia-me os preços mais acessíveis, com exceção de um ou dois livros, que o preço era igual ao da livraria da faculdade, ainda assim, ao mandar vir três ou quatro da Wook mandava vir logo tudo, e o desconto em cartão era maior. Mas, de um dia para o outro, a Wook sobe os preços e eu fiquei seriamente chateada, porque apesar de não ser uma subida significativa, era uma subida de preço e fiquei chateada, apesar de continuar a ser o sitio que me apresentava os preços mais baixos ainda assim. Mas, decidi esperar. Pensei para mim "Vou esperar mais uma semana, pode ser que entretanto ponham os livros ao preço que estavam!". E esperei, até receber um mail que no dia 23 os livros de direito e outros tantos iam estar com desconto. Não criei expectativas, mas marquei que naquele dia voltava ao site para espreitar os preços.
Belíssima decisão, fiquei eufórica quando me apercebi que ao invés de gastar quase 80€, gastei apenas 65€. O sentimento da black friday tomou conta de mim na quinta-feira, porque além de os preços terem descido, desceram o primeiro preço que tinha visto, e a descida desse preço pode não ter sido significativa, mas um descida de um ou dois euros em quatro ou cinco livros faz toda a diferença. E, se a Wook já me oferecia os preços mais baixos, quer o primeiro, quer o segundo preço, na quinta-feira ficaram mais baixos que em qualquer um das outras que falei. Por isso, conclua que foi uma ótima compra e poupei uns trocos.
O dia a dia já é cansativo que chegue.É o estágio e a vontade de fazer tudo bem e não falhar em nada, são as aulas à noite e a constante preocupação em conseguir estar atenta, depois de 8h fechada num escritório a estudar e a trabalhar. E, depois é o resto, chegar a casa e preparar o lanche e a comida para o dia seguinte, a roupa, os livros para levar, e mais um infinito número de tarefas.
Como se isso já não fosse por si só bastante cansativo, nunca consigo ter as unhas arranjadas por mais de 2 dias. Pintei-as no domingo à noite, idealizando que fossem manter-se intactas pelo menos até quarta/quinta-feira. Na segunda-feira já estavam todas a desfazer-se! A minha vontade de as arranjar já é pouca, porque nunca gostei de as pintar, mas com os anos lá me fui habituando. Durante uns meses fiz unhas de gel, mas como nunca gostei, acabei por tirar tudo e nunca mais fazer. Depois, aproveitei um batizado que tive para fazer gelinho e fiz durante três ou quatro meses, até que me cansei e também nunca mais repeti. Prefiro pintá-las em casa, apesar de ser mais uma tarefa. Remover o verniz, limá-las porque elas partem todas, pintar a primeira camada, esperar que seque, pintar a segunda camada e voltar a esperar que seque. Demora muito tempo, 15 minutos nisto é muito tempo. E se ainda as pintasse, por exemplo, hoje e durassem pelo menos até domingo, não cansava tanto, mas é que amanhã já estão todas estragadas. E se ainda tivesse um trabalho que implicasse tarefas pesadas, ou que mexesse diariamente muito em àgua, ainda compreendia o problema, mas é que não. E está a tornar-se tão irritante e cansativo, porque até posso não as pintar, não é de todo obrigatório, mas fica bem, não é elegante andar com elas todas estragadas, isso não, nem fica bem andar com elas a descascar, isso também não!
Então, ando seriamente a pensar render-me a qualquer coisa como gelinho ou assim, e perder uma hora, num dia aleatório da semana, mas estar descansada que me vão durar mais que uma semana!