Já tinha criado um instagram para o blog há algum tempo, mas nunca lhe dei a devida atenção. Hoje, num momento morto, decidi que lhe devia alguma atenção e como tenho gostado imenso de navegar no instagram, acho que substituiu o facebook e é a nova rede social com todo o mérito e lá coloquei tudo em ordem, de modo a começar a partilhar por lá algumas coisas.
Sendo assim, já está ali no cantinho das redes sociais o link direto para o instagram do blog e deixo-o aqui. Mais uma étapa para este cantinho tão especial.
Posso começar por explicar o primeiro. Desde que me lembro sempre fui muito magra, magra não doente. Não sou seguida por nenhum nutricionista nem nada parecida, não me preocupo muito com isso, os médicos pelos quais sou frequente seguida caracterizam-me como saudável, por isso não me levanta muitas preocupações. Mas as pessoas à minha volta preocupam-se mais com isso do que eu. Diariamente ouço o quanto estou magra, que não tenho curvas nenhumas e muitos outros comentários semelhantes. Já me preocupei com isso, houve alturas que tinha vergonha de vestir determinadas coisas porque tinha vergonha das minhas pernas magras, ou dos ossos salientes do meu peito. Já passei por fases boas relativamente a isso, outras nem tanto. As pessoas gostam muito de apontar o dedo e esquecem-se que ser magra, ser demasiado magra, também traz complexos e também mexe com a autoestima. Mas nunca consegui engordar muito, já tive mais peso é verdade, mas nada significativo que fizesse assim tanta diferença. Deixei de me preocupar com isso, aliás cheguei a uma fase que deixei mesmo de ouvir esses comentários e opiniões que não são pedidas e comecei a sentir-me muito melhor. Deixei de ter vergonha de usar seja o que for e de comer o que quer que seja. Não sigo nenhuma dieta, mas gosto de comer determinadas coisas saudáveis. Sou capaz de ir a um jantar ou a um almoço e pedir uma salada, porque me sabe bem e porque gosto, não porque quero emagrecer e não porque preciso comer muito para engordar. Simplesmente como aquilo que me apetece e me satisfaz e deixei de ter vergonha disso.
A outra relação difícil é com os óculos, mas essa já é uma relação muito mais duradoura. Uso óculos desde os 10 anos e os primeiros óculos que tive eram horríveis: escolhi uns óculos de graduação azul bebe, muito pequenos para a minha cara. Fui sempre rotulada nas escolas por onde passei de “caixa de óculos”, mas precisava de usar os óculos, então nunca os deixei. Mas quando comecei a crescer pensei que talvez não precisasse assim tanto dos óculos, até via bem sem eles, por isso podia perfeitamente andar sem óculos. Andei uns 6/7 anos sem óculos e, bem, digo-vos que o final não foi nada bom. Cheguei a uma determinada altura, já na faculdade, que forçosamente me apercebi que não estava a ver absolutamente nada. Isto porque sentava-me na fila da frente da sala e via o professor e o que ele escrevia no quadro desfocado, e mesmo forçando a visão não conseguia ver nem metade do que ele escrevia, e a letra até era razoável, não era daquelas letras mesmo pequenas que são indecifráveis. Conclusão, quando procurei um médico, tinha aumentado e muito a minha graduação, tanto que quando comecei a usar óculos novamente me sentia completamente nas nuvens e os óculos causavam-se náuseas devido aquele choque de graduação. Aprendi a minha lição e agora uso óculos sempre mesmo, e de uma simples correção de visão, passei para uma graduação permanente, que agora está estável! Mas usar óculos é desagradável, principalmente quando está a chover, ou quando abro a máquina de lavar a loiça ou, pior, quando estou a cozinhar ou quando decido beber chá. Todas estas situações deixam-se revoltada por usar óculos, mas já não os consigo largar, quando os tiro sinto a diferença do que é ver bem e do que não ver nada. E ver o mundo é a coisa mais bonita que temos e é fantástico! Já não me sinto mal com isso, foi difícil de me habituar a usá-los, não foi muito fácil, mas agora chego ao ponto de andar a procurar por eles e eles estão na minha cara.
Usar óculos e ser magra trouxe-me algumas dores de cabeça, nada de preocupante agora.
A Primavera já chegou há uns dias, mas não parece dar sinal da sua existência, pelo menos no Norte do país. A chuva continua a cair, está frio na mesma, de vez em quando lá aparecem uns raios de sol, mas nem tempo de dá de matar as saudades.
A minha estação do ano preferida sempre foi o Verão, adoro praia e mar, faço anos em agosto, a minha irmã também, o meu pai e o meu avô fazem sem setembro, e o Verão significa isso mesmo, muita alegria e estamos sempre muito em família. Mas, a chegada da Primavera teve, desde sempre, um sabor muito especial, porque se a Primavera chegou significa que falta pouco para o Verão e com a Primavera já chegam os primeiros dias de sol, os passarinhos, as andorinhas e até as flores, e eu adoro flores e as cores da Primavera!
Nos últimos dias ando um bocadinho nostálgica e deram-me imensas saudades dos primeiros dias de sol, de quando brincava na rua à macaca, de andar atrás dos passarinhos e de apanhar as primeiras flores que nasciam para dar um ramo de flores à minha mãe e à minha avó.
Primavera começa a dar sinais de existência por favor, estou à tua espera, mais alguém por aí à espera da Primavera?
Quando saí do ensino secundário o meu método de estudo era o mais simples de todo, memorizava tudo, porque sempre tive muita facilidade em decorar de forma rápida e eficaz e tive sempre muita memória fotográfica, então era muito simples conjugar uma coisa com a outra e ter êxito nas avaliações. Achava eu que esse método me ia acompanhar toda uma vida e que seria sempre o meu segredo, estava eu muito enganada, mas foi difícil perceber isso, e caí muitas vezes no erro de tentar fazê-lo, não corria bem e sentia-me frustrada e culpada, achava que se calhar não me tinha esforçado o suficiente.
Entrei na faculdade, num curso que podia muito bem apoderar-me dessa capacidade de conseguir memorizar com facilidade, mas comecei a aperceber-me que era impossível fazê-lo quando tinha muitos testes ou exames na mesma semana, porque perdia imenso tempo a fazê-lo. Normalmente, fazia resumos à mão, muito bonitinhos e depois decorava aquilo. Era impossível fazê-lo na faculdade, perdia horas com aquilo e se durante o secundário fazer resumos me ajudava a memoriar, isso começou a não acontecer na faculdade, porque não conseguia resumir de forma significativa algumas coisas, e comecei a sentir que fazer resumos não me ajudava a entender a lógica de nada, chegava ao fim e sabia o mesmo que no inicio. Tentei muitas vezes e, se calhar, se fosse ainda o tentava se achasse que tinha tempo. Quando comecei a perceber que tal não resultava, comecei a dar mais importância ao tempo que tinha: se tinha muito tempo para estudar, se não tinha, o intervalo entre avaliações e apresentações. Isso ajudou-me bastante porque comecei a criar outros métodos de estudo.
Depois de passar por mais que um método e rotina de estudo o que achei que me trouxe mais sucesso foi o de ler, simplesmente ler e reler quantas vezes fossem necessárias, mas para isso precisava de organizar outras coisas antes.
No inicio de cada semestre (o meu curso foi todo estruturado por semestres) pegava numa capa e separava as disciplinas que estava a fazer.
À medida que os professores iam colocando coisas no moodle ia imprimindo, para não deixar para a última da hora, porque há disciplinas que é mesmo muita coisa e perdia horas a imprimir tudo. Normalmente, tirava uma tarde de fim de semana para fazer isto.
A minha melhor descoberta nos últimos tempos da faculdade foi o computador, levar o computador para as aulas foi a minha grande ajuda, apesar de preferir muito mais escrever a papel, escrevo muito mais rápido a computador. Então, levava sempre computador para as aulas porque me ajudava imenso.
A partir do momento que comecei a levar computador e, através do computador organizava muito melhor as aulas, chegava ao fim do semestre e era só imprimir as aulas de todas as disciplinas.
Quando tinha a capa, que falei no ponto um, toda organizada, começava por ler as aulas da disciplina que precisava estudar em primeiro lugar. Lia e relia as aulas, corrigia erros, alterava o que precisava, tirava apontamentos, acrescentava determinados aspetos que estavam melhores explicados no livro da disciplina, mas lia as aulas quase todos os dias até ao exame.
Este ponto depende do tempo que tinha para estudar, se estivesse à vontade a nível de tempo fazia resumos, mas resumos muito bem resumidos, o género de tópicos e palavras chaves só para me orientar. Se esse tempo extra não existisse, os resumos nem faziam parte dos planos, o objetivo era entender corretamente a matéria.
Quando sentia que sabia bem a matéria, que já a tinha percebido, começava a fazer casos práticos. O meu curso e as minhas avaliações foram todos à base de casos práticos, tinha exames estruturados só em casos práticos e as correções dos exames dos anos anteriores eram a melhor coisa que existia, porque depois de vermos a estrutura dos exames era muito mais fácil estudar.
No dia antes do exame, se o estudo tivesse corrido bem, claro que houve exames que o estudo não correu assim tão bem, ainda relia mais vezes as aulas e acabava de resolver os casos práticos.
Até acabar o curso fui descobrindo muitas outras rotinas de estudo e muitos outros métodos que me ajudaram imenso. Primeiro que tudo era estudar e concentrar-me, estar a estudar sem estar concentrada naquilo era o mesmo que nada. Aprendi a avaliar isso, se o estudo estava a ser produtivo ou não. Se não estivesse tentava perceber a razão e grande parte das vezes essa razão prendia-se com o local onde estava a tentar estudar, ou com a hora, a companhia, o barulho à minha volta. Outro dos segredos e este foi díficil, muito dificil de chegar lá, dedicação e foco. Estudar não é tão simples quanto parece, sobretudo porque temos de estudar matérias das quais não gostamos, ou até gostamos mas são dificeis de se estudar, e isso pode desmotivar. Temos de ser persistentes e muito determinados. Sem determinação não vamos conseguir mesmo, ou os resultados não vão ser tão bons quanto poderiam ser.
Normalmente, tínhamos aulas de dúvidas e achava que as aulas de dúvidas eram oportunidades muito boas, pelo que aproveitava quase sempre, rara exceção, porque os professores dão dicas, tiram dúvidas, fazem mais casos práticos e as dúvidas dos restantes colegas podes esclarecer-nos a nós.
Sei que o método de estudo depende de cada um e também do grau de concentração. Eu, por exemplo, em locais que não são completamente silenciosos, quando estou a estudar ouço sempre música, mas há momentos que a música não me ajudava a concentrar e preciso tirar os fones ou parar a música para me conseguir concentrar mesmo no que estou a fazer. Mas isso depende de cada um, eu consigo estudar em sítios com barulhos, mas depende dos dias, das horas, da minha concentração, do meu cansaço, de tudo basicamente, do género de barulho à minha volta.
Grande parte do tempo o meu método de estudo e a minha rotina de estudo passava pela gestão do tempo, e isso sim não era de todo fácil. Mas ajudou-me não só a nível de estudos, de trabalhos, mas também na vida pessoal. Organizarmos o nosso tempo é importante, definirmos prioridades, sabermos o tempo que temos para fazer cada coisa, se podemos deixar algo para outro dia, se devemos estudar aquela disciplina em primeiro lugar, ou outra ao invés daquela. Sempre fiz muitas pausas enquanto estudava, eu organizava mesmo as minhas horas de estudo e definia metas. Por exemplo, "Daqui a uma hora quero ter chegado à página 37, porque nesse página começa outro capítulo e, como já estou a ler há muito tempo, preciso de uma pausa antes de começar o novo capítulo!", e então fazia pausas sempre que sentia necessidade, quando sentia que não estava concentrada e o estudo não estava a render, quando tinha fome, sede, vontade de ir à casa-de-banho, quando já estava a estudar há muito tempo. Mas eram pausas razoáveis, não estuava uma hora e parava duas, tentava sempre fazer pausas de meia hora, que dessem tempo de me desligar um bocadinho e descansar.
O grande segredo passa muitas vezes por aí e foi sempre o meu principal trunfo. Não sei se há alguém por aí que ainda estude, se há métodos para partilhar, como ainda estou em fase de estudos, e tenho uma tese para fazer, aceito todas as sugestões e mais algumas, uma outra ideia de post é como elaborar uma tese, mas como ainda está muito no inicio é dificil de fazê-lo, mas aceito mesmo sugestões, porque ainda tenho muito para estudar!