Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Coisas (des)Interessantes

Coisas (des)Interessantes

04
Abr20

A minha quarentena

mudadelinha

Na semana de 9 de Março fiquei doente, como já expliquei por aqui, desloquei-me ao Hospital, não era nada grave, alergias normais da mudança de estação e, principalmente, de clima. Podem achar engraçado, mas nunca fui dada a alergias, já fiz várias análises e nunca tive alergias, mas desde que vim permanentemente viver para o Algarve, tem sido uma desgraça. E sinto mesmo uma grande diferença quando vou ao Porto e quando volto novamente ao Algarve. A minha mãe queixa-se do mesmo, mas ao contrário de mim a minha mãe é asmática e sobre desse mal o ano todo.

Mas bem, fiquei doente nessa semana, e estive praticamente a semana toda em casa, mal sabia o que estaria para acontecer. Nunca me quis por a par das notícias sobre o COVID-19, os primeiros meses desvalorizei é verdade, acho que todos, de uma maneira geral, o fizemos. Estava sozinha e doente, não foi uma semana fácil, voltar ao trabalho nos últimos dias da semana foi uma lufada de ar fresco, porque estar sozinha tem sido fácil, mas muito se deve ao trabalho e ao local de trabalho, assumo-o.

No início daquela semana, inconsciente e irresponsavelmente, decidi tirar viagem para o Porto, para ir ver os meus, e ia de autocarro. Pensei que não houvesse qualquer problema, até que vejo as notícias de que o COVID-19 tinha sido considerado uma pandemia pela OMS. Fiquei assustada, mas ainda assim convicta de que no fim de semana poderia ir e vir sem quaisquer problemas. Mais tarde, vejo que decidiram fechar todas as escolas do país, e pior, que o norte do país era a zona mais afetada. E foi isso que me assustou. Decidi em segundos que não iria, por mim e pelos meus, sendo a minha mãe e o meu pai pessoas pertencentes a grupos de risco.

No decorrer do fim de semana soube que ‘tão cedo não iríamos para o escritório’ e que faríamos o máximo de trabalho através de casa, até nova informação sobre a suspensão dos prazos processuais, decisão essa que decidiu a vida da profissão nestes próximos tempos. Então a decisão foi simples, sem certezas por quanto tempo duraria esta situação, esperei a decisão do decretamento do estado de emergência, e rumei ao norte do país de carro, porque era a forma mais segura para mim e para os outros, porque não tive contacto com ninguém, só parei para ir à casa de banho e para tomar um café, sempre com as devidas precauções, e decidi fazer a minha quarentena em casa dos meus pais, o meu namorado juntou-se a mim no mesmo dia, o que tornou tudo mais fácil.

Claro que é muito mais confortável estar em casa dos meus pais, só o meu pai é que continua a trabalhar, porque é motorista, até porque posso ajudar mais facilmente a minha mãe, que é de risco, posso trabalhar, estudar, descansar e ainda aproveitar o namorado.

Vivo sozinha há uns meses e tem sido uma experiência muito positiva, mas há sempre saudades de casa, dos pais, da irmã, do namorado, das cadelas. E foi isso que vim aproveitar neste período. As saídas de casa têm sido raríssimas, só para compras essenciais para nós e para as minhas avós, farmácia e trabalho (quando necessário alguma deslocação), porque consigo trabalhar e estudar em casa.

Confesso que não tem sido fácil estar de forma permanente em casa, sou uma pessoa de sol, de esplanadas, que gosta de sair para respirar o ar do mar. Há dias que queria simplesmente sair para ir dar um passeio. Mas não me posso queixar porque tenho espaço ao ar livre em casa e nos dias bons vou para o exterior estudar e ler ao sol, ou só descansar.

Andamos sem horários e rotinas, temos tentado fazer coisas que no dia-a-dia não fazemos porque não temos tempo, como cozinhar (acho que aproveitamos todos para pôr as receitas do papel para a prática, estou sempre a ver bolos e receitas nas redes sociais!), temos tentado fazer algum exercício para exercitar o corpo e a mente, e temos aproveitado a família e as pessoas que amamos.

 

 

Pensamento positivo nestes dias, concordo que vamos dar valor a coisas e a momentos que anteriormente não dávamos.

 

 

Pág. 2/2

Sigam-me noutro sítio

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2017
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2016
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2015
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2014
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2013
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2012
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D