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Coisas (des)Interessantes

Coisas (des)Interessantes

14
Nov18

Sozinha por Barcelona

mudadelinha

Viajar sozinha há muito que estava nos meus planos, mas como tudo o que significa sair da nossa zona de conforto, ficava sempre para segundo plano. Muitas vezes por falta de estabilidade financeira, outras por medo de arriscar e não correr bem. Sabia que a primeira vez teria de ser algo confortável, algum sitio com o qual me sentisse minimamente confortável e à vontade caso alguma coisa não corresse bem e precisasse de ajuda. Para alguém, como eu, que não tem o melhor nível de inglês e, por falta de prática e muita preguiça, está completamente enferrujado, ou estava, porque a viagem a Malta fez-me sair dessa zona de conforto.

Viajar é tudo de bom, só é preciso dinheiro, houvesse dinheiro e ninguém me via em casa. Mesmo quando alguma coisa não corre como o esperado. Saímos da nossa zona de conforto, do nosso país, ou da nossa zona, para conhecer outras culturas, outros hábitos, outras formas de viver, pessoas, cheiros, gastronomia e isso quase que nos obriga a desenrascarmo-nos num mundo que não é o nosso. Para mim isso oferece-nos uma bagagem emocional e cultual fantástica. Digo inúmeras vezes que o meu melhor gasto é quando vou conhecer outros sítios, em viagem ou férias.

Nos dias que correm ainda há muito o ‘preconceito’ de que viajar é só para quem é rico e tem muito dinheiro, o que cada vez é mais mentira, principalmente dentro de continentes. Nem quero discutir isso ou entrar nessa conversa porque cada um pensa como quer e tenho mais que respeitar. Mas, mal vim de Malta tive uma colega de trabalho que me disse “Se eu tivesse o vosso dinheiro também ia!”. Esses tipos de afirmações mexem comigo, quando minutos antes tinha dito que comprou o casaco que tinha vestido por não-sei-quanto. E eu não julgo ela ter comprado o que quer que seja, da mesma forma que ela não tem de julgar eu ir de férias, porque cada um faz o que entende com o que é seu. Mas, um colega que estava comigo respondeu-lhe e bem “O valor que destes por esse casaco e por muitos outros, que se calhar nem precisas assim tanto, porque amanhã vais vestir outro, podes gastá-lo como tu quiseres!”. E é deste tipo de pensamento que falo e deve haver por aí alguém que me entende.

Quando os meus pais me disseram que iriam ao Luxemburgo em novembro, a ideia de ir ficou a pairar na minha mente. Mas, ponderei por muitas razões. Primeiro porque tinha acabado de vir de férias e não era um país que me suscitasse assim tanta curiosidade. Mas, uma pessoa quando vai fica com o bichinho. Viajar é viciante.

Mas, era mais um país que ia conhecer e cada país tem a sua magia, além de que é um país estrategicamente bem localizado na Europa, que fica perto de outros sítios interessantes, e era só apanhar um comboio ou autocarro, como para a Alemanha (Frankfurt, Colónia), Bruxelas e, mesmo a capital de Luxemburgo pareceu ter muito mais a oferecer do que aquilo que parece. E, como os meus pais tinham tirado o dia de sábado para irem ver uns amigos, eu poderia ter aquele dia para mim.

Quando decidi de forma definitiva que iria com eles os voos estavam caríssimos, mas quando vos digo caríssimos é a 300€ só a viagem para lá. Disse logo que não, era impensável aquele valor. Mas, à medida que pesquisava os voos, apareceu-me a hipótese de fazer um voo diferente dos meus pais, com escala de 6 horas em Barcelona e chegava ao aeroporto de Luxemburgo bem mais cedo que eles, mas o preço estava mais acessível. Não pensei muito bem no assunto, só dei a certeza à minha mãe que ia, e tirei os bilhetes.

Quando contei ao L. ele riu-se, mas olhou-me de forma assustada e disse-me “Sabes que vais sozinha?”. Sim, porque eu quando vi que a escala era de 6 horas, nunca me passou pela cabeça ficar no aeroporto a criar raízes, disse logo que queria sair para ir passear e conhecer. Confesso-vos aqui que mais de metade das pessoas a quem contei o sucedido me disseram para não sair do aeroporto porque estava sozinha, com exceção do L. e de um amigo que adora viajar.

Foi espetacular, por mim ia já amanhã novamente. O melhor conselho que tenho a dar a qualquer pessoa, que tenha o mesmo medo que eu tive durante anos, é que enquanto não arriscarem nunca o irão perder. Quando não temos muita companhia, horários compatíveis com os nossos companheiros e amigos, nada melhor que arriscar. E, claro que preferia ter ido com o L., mas foi tão bom ter aquele dia só para mim. Arriscar apanhar o comboio, andar pelas ruas de Barcelona só com a música a fazer-me companhia, foi delicioso. Não foi solitário, não foi triste. Quando pousei os pés no Passeig de Gràcia, que dá para a Casa Batló, arrepiei-me e vieram-me as lágrimas aos olhos, porque estava ali sozinha e tinha conseguido desafiar-me a mim mesma.

Tinha traçado previamente um roteiro muito pequeno, a ideia era sair na Casa Batló, ir até à Praça da Catalunha, tomar um café por lá e ler o meu livro durante um bocado, apanhava o autocarro e seguia para o aeroporto. Informei-me de tudo antes de lá chegar, o comboio, o tempo que cada viagem demorava, o autocarro, tudo, que era para me antecipar caso alguma coisa não corresse bem. Correu tudo bem, já tinha estado em Barcelona há muitos anos atrás (há quase 15 anos) e, além destes dois sítios, ainda conseguia ver mais e andar mais, passei pelas Ramblas, pelas ruas minúsculas onde está, por exemplo o Museu de Picasso, que visitei quando fui a primeira vez. E é muito fácil andar em Barcelona, muito fácil encontrar as coisas. Além, de que é uma cidade linda e mágica.

 

Disse, desde inicio, que era perigoso deixarem-me ir sozinha, porque se corresse bem ia ser um vicio. E confirmasse. De uma próxima vez falo-vos sobre Luxemburgo.

 

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(a estação de comboio sai mesmo aqui, é do outro lado da rua da Casa Batló, por isso muito fácil de lá chegar)

 

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(a Praça da Catalunha, que estava atolhada de pombos)

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(e a minha aura de apanhar sempre casamentos ou sessões fotográficas de noivos, sempre que vou a algum sitio emblemático)

 

*Todas as fotografias são da minha autoria.

 

08
Nov18

Da saga de destralhar

mudadelinha

Vou começar por confessar-vos, acho que nunca o disse, que desde menina que sempre fui muito desarrumada e desorganizada. A idade e a maturidade começaram a dar frutos, relativamente a isso e, desde os meus 15/16 anos, comecei a ganhar mais gosto, a ser mais arrumadinha e a gostar de ver as coisas mais organizadas, principalmente o meu quarto. Ainda assim, durante anos sempre acumulei muita, muita coisa, que já contei por aqui. Não me perguntem com que finalidade, porque nunca vou saber responder a isso. Desde papéis, a tralha mesmo, como caixinhas, fios, panfletos não-sei-de-quê, recadinhos da não-sei-das-quantas. Tenho a dizer-vos que o meu quarto era um sem fim de coisas sem utilidade nenhuma, que só estavam a ocupar espaço, porque já nem recordações eram.

Nunca pensei ser capaz de tal, não mesmo, mas comecei a ficar com o quarto completamente entupido, e tinha sempre a minha mãe a dizer-me “Olha que tens um quarto enorme, não te queixes que tens um quarto pequeno, começa a deitar ao lixo metade do que tens para lá e vais ver que tens muito espaço!”. Durante anos, ela dizia-me isto e nem sempre têm razão naquilo que nos dizem. Sempre me senti uma pessoa muito apegada às coisas, que gostava de ficar com o bilhete da primeira ida ao cinema, ou ao teatro, ou a um concerto, ou aquela camisola que vesti não sei quando e me fazia lembrar alguém. Esta era eu, tal e qual.  Mas, cheguei a uma determinada fase, mais quando comecei o mestrado, que queria organizar as coisas do mestrado e não tinha espaço. A verdade é que me faltava uma ou duas estantes, porque a minha, apesar de grande, já não dava para tanta coisa. Aliado a esta necessidade de organizar, não propriamente de destralhar, entrei numa fase em que sinto que pode faltar cada vez menos para sair de casa, juntar-me com o L. talvez. E quando penso que tenho de levar tudo o que é meu, ou o que me é essencial, pelo menos, assusta-me, ou assustou-me na altura, já não me sinto tão aflita agora, porque sinto que tomei o caminho certo.  Quando surgiu a oportunidade de adquirir uma estante, ou qualquer outro móvel que me facilitasse a organização, pensei nisso também, que era um investimento a longo prazo, possivelmente será uma das coisas que vou levar quando sair de casa e que já não vamos precisar comprar e é algo que é meu. O meu quarto não tinha muito espaço para nada muito grande, porque apesar de espaçoso, não está muito bem desenhado, e por isso nunca comprei nada antes, mas pensei “Posso arranjar um espacinho durante alguns tempos, porque mais cedo ou mais tarde quero sair de casa, quando tudo se alinhar nesse sentido.”

Esse foi o primeiro dos passos, comprei as ditas estantes, acabei por comprar duas porque estavam a um preço interessante, mas acabaram por estar vazias durante uns largos meses, ou porque não tinha tempo para começar a arrumar, ou porque estava cansada e queria era esticar-me na cama, um sem fim de desculpas. Quando comecei a ter mais uns tempinhos livres, lá tomei a decisão. E todo este processo de destralhar e deitar muita coisa ao lixo (outra doei) começou por aqui, quando comecei a tirar as caixas e caixas que tinha nos armários, e comecei a ver papel a papel, folha a folha. O que começou numa simples arrumação das minhas tralhas da faculdade, alastrou-se a toda a minha vida. Quando me apercebi da quantidade de lixo que tinha acumulado, dentro do meu próprio quarto, entendi que tinha de mudar. Não só o que tinha no quarto, porque mudar apenas o meu canto não ia adiantar de nada, mas tinha de ser eu a mudar primeiro, a minha maneira de ser, estar e pensar. Sou-vos mesmo sincera e pode parecer exagerado, mas custou-me imenso perceber isso, senti-me um bocadinho perdida dentro do meu próprio mundo. Mas comecei a ler algumas coisas, a procurar informação sobre o assunto e percebi que devagar devagarinho ia conseguir chegar lá, que não podia ser tudo de uma vez porque não ia conseguir e que tinha de começar pelo físico, para depois aperfeiçoar o interior. E foi uma limpeza interior e espiritual maravilhosa livrar-me de mais de metade das coisas que tinha guardadas. Grande parte das vezes recordações só nos trazem energia negativa e pessimismo, e guardar o passado não é uma boa ideia.

 Como já contei por aqui comecei pelos meus papéis, e digo papéis porque eram coisas da faculdade, do secundário, do ensino básico, livros, capas. Essa foi a minha primeira e grande mudança. E demorou muito mais do que aquilo que pensava, e ainda não acabou. Depois de ver isso minimamente aceitável comecei pela roupa e aproveitei a altura em que o fiz, mais ao menos na entrada da Primavera e pensei “Bem, vou aproveitar e trocar já umas coisas pelas outras, assim obrigo-me a rever tudo o que tenho, o que quero e o que não quero”. Fiz sacos e sacos de roupa para dar, outras coisas pus mesmo ao lixo porque senti-me incapaz de dar aquilo a alguém. Outras coisas aproveitei para reciclar e reaproveitar, porque gosto imenso de coisas feitas à mão e de perder tempo com essas coisinhas.

Depois de ter conseguido destralhar e arrumar quase tudo, veio a pior fase desta mudança, não voltar a acumular. Os primeiros meses foram fáceis porque andava muito por casa e conseguia manter tudo organizado. Quando começou o verão ficou tudo virado ao contrário e custou-me horrores ver aquilo, mas não consegui controlar. Consegui não acumular quase nada, sinto-me muito orgulhosa com isso, significa que a mudança interior foi positiva, mas a nível de arrumação é melhor nem falarmos sobre isso. Mal comecei a ter uns tempinhos livres meti mãos à obra e foi, sobretudo, quando voltei de férias que comecei novamente a limpar e a arrumar tudo.

Nesta segunda fase de arrumações apercebi-me que é importante não arrumar só uma vez, mas irmos arrumando sempre, ou seja não fazer só um destralhe, mas fazer vários. A primeira vez custa, a segunda já não custa tanto e por aí fora. Há sempre uma coisa que olhamos para ela uma terceira vez e não faz sentido tê-la ou estar ali. E chamo a isso destralhar.

Os meus próximos objetivos neste campo passam por deixar sempre o meu quarto limpo, arrumado ele costuma ficar, mas sou um bocadinho preguiçosa para aspirar e limpar pó. Quero ainda arranjar lugar para tudo, sempre gostei muito da ideia de ter as coisas arrumadas em caixas ou cestos, e gosto muito da ideia de etiquetar cada coisa, ou seja, dar nomes às coisas, como “caixa das camisolas de inverno” e “caixa dos lenços e cachecóis”. Facilita imenso a minha organização.

 

Esta mudança foi uma das mais difíceis que decidi fazer este ano, foi difícil, mas foi inspirador e trouxe-me a tranquilidade que tanto esperava.

Agora é continuar, é sempre o objetivo.

 

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 (esta imagem não é minha, encontrei-a algures no pinterest)

 

06
Nov18

Uma semana com um sabor especial

mudadelinha

Esta semana terá um sabor especial, muito especial até, mas até lá estou em pânico. Vou então resumir-vos esta semana em poucas palavras: segunda-feira tinha a minha primeira intervenção enquanto advogada-estagiária. Ou seja, estava em pânico e pânico é pouco para vos descrever o meu estado de espirito de domingo para segunda. Segunda lá chegou a todo o vapor e, para tristeza minha, não houve julgamento, não houve nada, porque as partes precisaram de chegar a tribunal para chegar a um acordo. Que desilusão!

O resto da semana vai ser passada entre o escritório, tribunal, trabalhos aleatórios e o L. e na sexta-feira vou embarcar na maior aventura da minha vida que é viajar sozinha. Não sei porque é que me meti nisto, mas o bichinho anda por aqui há muito tempo, e aproveitei a oportunidade. Aproveitei uma ida dos meus pais ao Luxemburgo para lhes fazer companhia, acho que viajar com eles é uma experiência única, porque eles não são muito de o fazer (para já, porque andamos sempre a chateá-los!), nunca fui ao Luxemburgo e é uma fronteira europeia bastante interessante, que fica muito perto de alguns pontos muito interessantes. MAS, antes de chegar ao Luxemburgo vou passar sozinha por Barcelona, porque vou num voo diferente dos meus pais (o deles já não tinha lugares disponíveis). Estou ansiosa, estou nervosa e estou em pânico, mas estou feliz, e se correr bem vai ser complicado porque vou querer andar sempre nisto.

 

Esta aventura tem continuação e eu vou dando novidades.

Boa semana! 

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(esta imagem foi retirada algures do google)

22
Jul18

Coisas importantes de um desaparecimento imprevisivel

mudadelinha

Passado mais de um mês (ou mais, não sei, não ando a contar) digno-me a vir aqui, escrever algumas palavras sobre este meu desaparecimento repentino. A verdade é que toda a minha vida anda uma confusão, os meus dias andam divididos entre dois trabalhos (três se for a contabilizar o estágio, que entretanto está numa pausa até setembro) e a tese. Toda a minha restante vida está em stand-by e digo-vos desde já que não tem sido fácil. Tanto não tem que tive de fazer escolhas e tomar decisões dificeis e optar por um dos trabalhos, porque não estava/não estou a conseguir. Ou melhor, conseguir estou mas não com o devido rendimento e produtividade. 

 

Como tal, este cantinho não foi esquecido, mas tem sido mesmo muito dificil passar por aqui e acho que assim será durante os próximos meses. Sinto saudades, tenho muita coisa para contar, sinto muita falta de escrever, mas não tenho conseguido. Talvez por má gestão de tempo, confesso, mas ando tão cansada que só quero dormir. 

 

A verdade é uma e enquanto for assim estará sempre tudo bem, mesmo no meio de tanta confusão, de tanto cansaço e tão poucas horas de sono, chego ao final do dia, à minha tão querida caminha e sinto-me feliz, respiro de alegria e de orgulho próprio. E se no fim conseguir tudo o que tenho estipulado, será isso mesmo que me vai valer: orgulho próprio. 

 

Deixo assim aqui o meu voto de um verão muito feliz, umas boas férias a quem as terá e vemo-nos o mais breve possível prometo. Tenho saudades.

13
Jun18

As minhas várias formas de poupar

mudadelinha

Poupar sempre foi uma das palavras do meu dia-a-dia, nunca fui de andar a gastar dinheiro desnecessariamente ou em caprichos estúpidos. Quer dizer, dos últimos para cá tenho sentido que se calhar gasto algum dinheiro em coisas realmente desnecessárias e que não preciso assim tanto. E enganem-se, não é em roupa, nem em sapatos, ou malas e acessórios, mas sim em material escolar, é realmente o meu maior vicio. É material escolar e comida, lanchinhos e snacks, sumos, batatas-fritas, bolachas e afins. Este ano decidi por um ponto final nesse grande vicio (no do material escolar, não no da comida, apesar de me tentar controlar por todos os lados e não só nesse).

Então, logo no inicio do ano decidi que este seria ano de poupar. Comecei o ano com um determinado valor, que consegui juntar e poupar com o trabalho de verão e com vários trabalhos que fui fazendo ao longo do ano, e defini que queria chegar aos meses de verão com outro tanto, e acabar o ano com outro tanto. Tentei estabelecer objetivos no fundo, mas objetivos um bocadinho incertos, porque vou trabalhando de forma incerta e quando defini estes objetivos não sabia se teria oportunidade de voltar a trabalhar durante o verão, porque agora estou a estagiar. Descansei-me em relação a isso e pensei que quando tivesse mais certezas voltaria a pensar no assunto e foi isso que fiz. Esta semana tive a certeza que vou trabalhar no verão e a partir daí já comecei a pensar nos próximos objetivos de poupanças.

Ao longo do ano, fui cortando com determinados vícios, atrasando compras, procurando promoções melhores e fui acrescentado outras coisas à minha vida que me fazem conseguir poupar mais e melhor.

  1. Em relação a livros – no verão passado comprei finalmente duas estantes para organizar o meu quarto e os livros acumulados ao longo do ano. Quando comecei a arrumar definitivamente o meu quarto, fiz uma pequena contagem dos livros que tinha e apontei-os mesmo num bloco. Tive uma perceção da quantidade de livros que tenho e consegui perceber que não preciso comprar livros nos próximos 5/6 anos e não o fiz até agora. Livros também são um dos meus grandes vícios, ai se são! Decidi que só os irei comprar se forem oportunidades únicas, e fiz uma lista muito minimalista dos livros que quero mesmo comprar, ou porque quero completar coleções, ou porque quero mesmo aqueles livros. Mas, lá está, só os compro se forem mesmo oportunidades.
  2. Em relação ao material escolar (o meu maior vicio!) – simplesmente deixei de comprar. Estabeleci mesmo que não ia comprar mais. A verdade é que já caí algumas vezes no vicio, mas nada significativo e que me fizesse gastar muito dinheiro. Comprei algumas canetas de cores porque adoro tê-las e adoro ter muitas, de diversas formas e feitios. E comprei um bloco de notas na Primark, que me custou 1,50€, para apontar coisas da tese e exclusivamente da tese.
  3. Roupa, e calçado – Relativamente a calçado comprei dois ou três pares de sapatos, porque precisava mesmo, e todos me custaram 10€ cada, achei uma oportunidade e entretanto ainda não me arrependi dessas compras, porque me parecem de boa qualidade. Quanto a roupa, a solução foi mesmo fazer uma lista, uma lista minimalista, mas que ao mesmo tempo refletisse exatamente aquilo que preciso e só aquilo que é necessário. Já fiz algumas compras, continuam a faltar-me algumas, mas lá chegaremos. O que me faz mais falta e que tenho tido alguma dificuldade em encontrar exatamente aquilo que quero, com uma boa relação qualidade/preço, são calças, calças formais para levar para o escritório. Eu sei que a Lefties e a Zara têm as calças que procuro, mas já lá comprei e não gostei da relação qualidade/preço, porque as calças duraram-me pouquíssimo tempo para o preço que dei por elas. Até gosto das da Lefties, mas em comparação com o preço delas em saldos, estão muito caras. Elas custam cerca de 15€ e em saldos comprei-as por 3/4€, por isso custa-me dar 15€ por umas calças que sei que daqui a uns meses estão 10€ mais baratas. É a única coisa que me está mesmo a fazer falta, fora isso vou comprando uma coisa de cada vez, à medida que vou encontrando aquilo que quero e gosto. Se tiverem sugestões de sítios onde comprar este género de calças, agradeço, porque está mesmo a ser difícil. Quanto ao que me falta tenho andado a estudar alguns sites online, como a Zaful e a Shein, e estou quase a arriscar mandar vir o que me falta, porque tem preços apelativos e peças de roupa engraçada, além de quem muita variedade.
  4. Acessórios – estou a precisar de comprar duas malas: uma confortável para andar com o computador de um lado para o outro, e uma mala de tamanho intermédio (não muito pequena, nem muito grande!), mas ainda nenhuma das que vi me encheu as medidas, então vou-me safando com aquilo que tenho.
  5. Tenho procurado andar sempre de transportes públicos – faz toda a diferença ao fim do mês, porque gasto muito mais de carro do que de transportes públicos.
  6. Evito comer fora e quando o faço tento nunca gastar muito. Sempre que posso lá levo a minha marmita de casa, e quando sou obrigada a comer fora procuro preços acessíveis. Não me importo de comer um dia ou outro no MacDonald, ou de comer uma sopa e uma baguete, e quando tiver oportunidade alimento-me melhor, em casa por exemplo. Além de que levo sempre lanche atrás de mim, ando sempre com a mala cheia de comida, assim não gasto em lanches.
  7. Quanto a férias – tenho alguma sorte neste sentido, porque costumamos ir de férias em finais de setembro/ inícios de outubro, e os preços nessa altura já são mais baixos. Ainda assim, estabelecemos que vamos de férias ano sim, ano não e se não tivermos oportunidade de ir por alguma razão ficamos por cá. Cada vez mais há opções muito em conta e maravilhosos dentro do país. O ano passado foi ano de não ir de férias e ficamos por cá, pelo país vizinho vá. Decidimos ir conhecer a zona de Sanxenxo e a nossa ideia era passar um a dois dias em Vigo para irmos às ilhas Cíes, mas o tempo não ajudou e não nos arrependemos, ficamos por Baiona e apaixonamo-nos pela cidade, havemos de lá voltar. Este é ano de irmos de férias, mas andamos a analisar todas as opções e a tentar estabelecer um orçamento. Tentamos sempre fazer férias económicas e nunca gastar muito dinheiro, tentamos pelo menos poupar na viagem e no hotel/hostel.

 

Estas foram as minhas principais medidas, mas são sempre adaptáveis, porque aparecem sempre despesas de última hora. Por exemplo, tenho gastado algum dinheiro em fotocópias por causa da tese, mas também ando a tentar criar alternativas a essa despesa, como trazer os livros que posso para casa e tiro fotocopias em casa, ou fotografia. Também tenho lido imenso sobre o assunto, para ter mais ideias de poupar. A ideia de criar um mealheiro com o L. surgiu de um blog que li, e claro adaptamos à nossa necessidade, mas temos conseguido.

 

 

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