As minhas poupanças de 2018
A minha história de poupanças é muito simples e eu resumo-a de uma forma rápida: trabalho há já alguns anos e nunca consegui juntar muito dinheiro, porque sempre me propus a pagar certas e determinadas coisas, e nunca consegui poupar quase nada. Não sou trabalhadora a tempo inteiro, sempre estudei e trabalhei simultaneamente, e o meu trabalho a tempo inteiro sempre foram os estudos. Os meus pais sempre me ajudaram em tudo, e sempre que eu precisei eles estiveram lá, ainda assim fui sempre tentando pagar as minhas despesas, com exceção das propinas, desde os livros e material necessário, os recursos e exames e as minhas despesas e extravagâncias. Só os livros e fotocópias que tinha sempre de comprar eram uma fortuna.
Quando pousei os pés na terra e comecei a pensar um carro para mim, percebi a dificuldade que tinha em juntar dinheiro e poupar alguns trocos, mesmo para ir de férias. Então, decidi mudar e pensar melhor sobre o assunto e as formas que tinha de o fazer e mais adequadas a mim. Consegui convencer também o L. nesta luta e estamos a poupar os dois em conjunto, e separados também. O L. desde que começamos a namorar comprou um carro seminovo, então tem imensa vontade de poupar todos os trocos que lhe são possíveis, se não seria impossível pensarmos sequer ir de férias, jantar fora, cinema e coisas afins.
O L. trabalha o ano todo, é trabalhador a tempo inteiro, mas não é o meu caso, e a altura em que consigo juntar mais e ganhar mais é nos meses de Verão. Sempre que me é possível trabalhar nessa altura é isso que faço e aproveito as minhas férias grandes para isso, só depois é que vamos de férias, porque as férias do L. são entre finais de setembro e outubro. Sabendo disto e conhecendo muito bem a minha gestão estabeleci alguns desafios e objetivos este ano que passou, quer sozinha, como com o L.:
- Os dois estabelecemos duas formas de poupança: uma para ir de férias, é o famoso mealheiro que temos, que já começou nas nossas férias de 2017, em setembro, onde colocamos moedas sempre que podemos, e aproveitamos esse dinheiro para qualquer despesa de férias. Para Malta, usamos esse dinheiro para os voos e ainda sobrou para o próximo ano. Entre outubro de 2017, até maio/junho de 2018 (mais ao menos), altura em que compramos as passagens de avião para Malta, conseguimos os dois juntar mais de 250€. Não conseguimos ter uma noção de quanto juntamos por mês, porque nem todos os meses contamos o dinheiro, gostamos de contar quando sabemos que já temos algum montante razoável. Além do mealheiro, acabamos por decidir, mais tarde, em meados de março, tentar juntar mais um mensal juntos. Eu já tinha uma conta poupança associada à minha conta à ordem, mas andava com ideias de a fechar porque não estava a conseguir, e ela funcionava com 10€ todos os meses, que me tiravam da minha conta principal no dia 21 de cada mês. Como estávamos um bocadinho perdidos a pensar nisso, eu sugeri essa ideia, de colocarmos todos os meses de lados 10€ cada um, e ele propôs colocar mais um bocadinho, porque acha que consegue, e temos conseguido. A ideia é colocar esse dinheiro numa conta nossa, mas ainda não o fizemos. A ideia também passa por não mexer nunca nesse dinheiro. Temos conseguido bem este objetivo, há meses que conseguimos logo no inicio do mês, há outros meses que só no fim, e há outros meses que nos esquecemos e metemos dois meses de uma vez, como já aconteceu uma vez, mas não temos falhado nunca. Acordamos que sempre quisermos meter mais podemos meter mais.
- Mais a nível individual tomei algumas decisões importantes durante este ano que passou. Em primeiro lugar, do dinheiro que ganhei ao longo do ano, principalmente no verão, até setembro, consegui tirar o dinheiro para ir de férias e consegui meter outro tanto de lado. A partir de setembro o dinheiro que fui ganhando foi e é para as minhas despesas, ou seja o dinheiro que anda comigo para o que preciso, como combustível, alimentação, transportes, esse tipo de coisas. Prometi a mim mesma não mexer no dinheiro que juntei e tem corrido bem, não tem sido fácil, mas tenho conseguido.
- Para conseguir fazer isto e cumprir este objetivo, tive de tomar outras decisões, como:
- Comprar para substituir;
- Fazer listas do que preciso comprar e do que me faz falta;
- Quando falo de comprar para substituir e de fazer listas falo de tudo e não só de roupa e calçado. Sempre fui completamente viciada em comida e material escolar. Tenho coleções em casa de cadernos, blocos de nota, canetas, marcadores, capas, tudo o que seja material escolar, portanto! Acreditem que este era e é o meu maior vicio, e onde eu gastava mais dinheiro! Tive de lutar contra isto e tenho conseguido. Só caí no erro duas ou três vezes, e ainda assim foram achados, portanto não me arrependo. A comida não consigo evitar como é lógico, mas tento-me controlar e não comprar por impulso.
- Comprar só quando acaba ou quando está a acabar;
- Só comprar livros quando tiver 10 por ler na prateleira, nem e promoção, nem feira do livro, não comprei livros em lado nenhum. Os únicos livros que me permiti comprar, mas que acabei por não o fazer, foram livros para completar coleções incompletas que tenho, por exemplo o Harry Potter. Ainda assim, procurar livros em segunda mão e mais baratos.
- Analisar e comprar muito bem produtos antes de comprar. Procurar e pesquisar produtos idênticos ao que preciso e comprar os respetivos preços. Faço isso sempre e encontra-se achados grande parte das vezes, e facilita imenso a poupança.
- Deixar de comprar por impulso, mesmo que muito barato. Se não preciso não compro.
- Aproveitar os saldos, a black friday e promoções. Em 2018 encontrei verdadeiros achados e coisas muito baratas que não me arrependo de ter comprado e que me faziam falta. Nestes saldos vou voltar a fazer o mesmo.
Estas foram as minhas principais poupanças em 2018, mas em 2019 estou a pensar arriscar mais um bocadinho, vou tentar convencer o L. até á e vamos ver como corre, depois partilho.
Por aí, conseguiram poupar e cumprir objetivos?