Como elaborei o meu currículo vitae
Quando acabei o meu curso e comecei a pensar nas várias saídas profissionais surgiu a obrigação de fazer o meu currículo, já tinha um, mas não era exatamente com a mesma finalidade, precisava de fazer um currículo mais profissional e para fins profissionais. Foram várias as dúvidas que surgiram, como não estava a conseguir contornar essas mesmas dúvidas, decidi procurar alguém mais experiente que me pudesse ajudar. Informei-me e a minha faculdade tem um departamento direcionado aos estudantes, com várias finalidades, uma delas ajudá-los nas saídas profissionais, inclusive disponibilizam o apoio de uma psicóloga para nos ajudar a elaborar o currículo quando precisamos. Ao longo de todos os semestres realizam também as oficinas de empregabilidade, com o intuito de preparar os alunos para as entrevistas de trabalho, individuais e coletivas, as várias perguntas que nos podem fazer, as dinâmicas de grupo que algumas empresas fazem nas entrevistas de grupo e coisas assim. Como não tinha horário para frequentar essas oficinas, decidi falar com a psicóloga e ela orientou-me a fazer o meu currículo.
- Um dos primeiros conselhos que recebi foi afastar-me do modelo europass e fazer alguma coisa minha, com o meu toque pessoal e o mais transparente possível, sem enrolar, o mais conciso e preciso possível.
- Uma das primeiras coisas que ela me aconselhou e que aceitei foi a colocar uma fotografia, para que quem receba o meu currículo tenha uma ideia de quem sou. Sinceramente, não acho isso uma dica infalível, bem pelo contrário, acho que não vai ajudar a decidir nada, mas acredito que fique bonito, que dê para ter uma primeira impressão, e as primeiras impressões nem sempre são positivas. De tudo o que li até elaborar o meu curriculo, a parte da fotografia não é consensual, há quem diga que sim que se deve colocar, há quem diga que não. Acho que fica ao critério de cada um por ou não.
- Uma coisa que decidi mal comecei a pensar no meu currículo foi ter apenas a informação pessoal necessária, aquilo que é útil para ocuparmos aquela vaga ou não e o que serve como contacto, como: a idade, o nome, o local de residência (eu tenho o concelho e o distrito e chega muito bem!), o meu contacto telefónico e o email, e o meu LinkedIn, dizem que é a rede social profissional o que também me custa a crer, mas lá está a ocupar mais uma linha. Não acho que seja preciso muito mais sinceramente, nem que me tenha feito diferença alguma vez. Na informação pessoal tenho ainda a informação da carta de condução, para que saibam que tenho carta de condução e veículo próprio.
- As grandes dúvidas que tive quando elaborei o meu currículo era no restante, ou seja, no que colocava e não colocava na formação académica, profissional, atividades extracurriculares, etc. E, depois de ouvir alguns conselhos e de ler muitas coisas, acabei por estruturar da seguinte forma: formação académica, formação complementar que já passo a explicar, experiência profissional e por último línguas e competências informáticas.
- Sendo assim, no primeiro separador, na formação académica optei por colocar só e apenas a informação que considero indispensável para a etapa em que estou, para o cargo a que me candidato e por essas razões apenas tenho a faculdade, o curso e o grau, por ordem cronológica, o que estou a fazer no presente é sempre o mais importante, por isso deve ser o primeiro a ser visto, mesmo que não seja valorizado. Tenho, então, a licenciatura e o mestrado. No mestrado tenho a especialização porque considero relevante saberem que mestrado estou a tirar. Perguntar-me-ão se não tenho as médias e eu responderei que não me convém ter, deixo isso para uma eventual entrevista e dificilmente me vão perguntar a média, nas muitas entrevistas que já fui não me perguntaram a média de nada em nenhuma.
- Noutro separador, na formação profissional, voltei a fazer o mesmo, do passado para o presente, e o mais importante, que considero quase tudo o que fiz até hoje. Tenho a duração das atividades e um pequeno resumo das minhas funções em cada atividade. Na formação profissional opto mesmo por dizer tudo o que já fiz até agora, mesmo que não esteja relacionado com o cargo a que candidato. A finalidade é demonstrar que posso não ter experiência concreta para aquela vaga, mas que tenho outras aptidões.
- Como terceiro, quarto a considerar com a informação pessoal, tenho a formação complementar, onde tenho as atividades extracurriculares em que fui participando, desde palestras, seminários, conferências, voluntariado, curso de inglês que realizei e outras atividades, como Erasmus Buddy.
- Em último lugar, mas não menos importante, tenho uma pequena tabela das minhas competências linguísticas, a nível escrito e oral, e informáticas, os respetivos cursos e o nível de Cambridge que tenho.
Outra das dúvidas que tinha relativamente ao currículo era se anexava os diplomas de participação, de prémios, certificados e coisas assim. Optei por não anexar nada e sempre que vou à entrevista levo para o caso de quererem ver.
Acho mesmo muito importante a forma como elaboramos o nosso currículo, porque é o primeiro contacto que um empregador tem connosco e a informação que lá está também diz muito de cada um, por isso quanto melhor o podermos fazer, melhor será e nada de mentir sobre alguma informação, esta é a regra.
Estas são as minhas dicas e a forma como decidi estruturar o meu currículo, posso estar a fazer alguma coisa errada mas aceito correções e sugestões claro, vai de cada um elaborar o seu próprio currículo.