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Coisas (des)Interessantes

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18
Mar18

O objetivo de poupar

mudadelinha

Um dos meus objetivos para 2018 é poupar, mas quando pensamos em poupar temos, quase sempre, subjacentes outras ideias e objetivos. Precisamos poupar para alguma coisa maior, que precisamos ou que queremos muito. É importante poupar sem ter algo em vista e tento fazer as duas coisas, mas neste momento a poupança tem em vista o futuro.

É assustador quando chegamos até aqui e olhamos para a frente, para o nosso futuro, e vemos o que conseguimos até aqui e o que ainda podemos conseguir. Além de objetivos profissionais, tenho muitos objetivos pessoais e familiares também.

Os meus pais sempre me incutiram a ideia de poupar, de não gastar muito dinheiro, de ir juntar alguma coisa para imprevistos que pudesse ter. Grande parte das minhas poupanças, que não eram muitas digo desde já, foram-se quando entrei para a faculdade. Nem a estudar e trabalhar conseguia juntar e poupar alguma coisa, não porque tenha despesas porque não tenho, mas tentava pagar tudo aquilo que conseguia, desde livros, fotocópias, material escolar que precisasse, passes dos transportes públicos e as minhas coisas, como roupa, calçado, saídas com os amigos, passeios, férias e afins. Disse desde sempre à minha mãe que sempre que reprovasse nalguma coisa seria eu a pagar o recurso, porque a culpa era inteiramente minha e tinha de dar valor ao dinheiro e estudar mais.

Entretanto, a ideia de me juntar e começar uma vida a dois, ainda que longínqua, começa a estar cada vez mais perto e a vontade é muita. A ideia de comprar carro, porque nunca tive um carro que fosse meu, foi sempre dividido com o resto da família, começa a mostrar-se necessária e quase indispensável. Temos de lutar muito pela nossa independência para lhe dar muito valor e não estar à espera do que os outros nos possam dar para ajudar e facilitar.

Neste sentido, e com muitos outros objetivos em mente, comecei a definir um plano de poupança e tenho conseguido cumprir algumas dessas metas. Destralhar tem ajudado muito, nem eu sabia que iria ajudar tanto, porque permite-me ver aquilo que tenho para usar, aquilo que me faz falta, o que tenho e o que não tenho. Tenho conseguido por dinheiro de lado e não mexer naquele que consegui juntar. Quando gasto nalguma coisa vou conseguindo compensar com o trabalho, que nunca é certo, mas que quando aparece dá jeito. Estou a tentar remodelar o meu armário e as minhas roupas, mas tenho composto uma lista com o que preciso essencialmente, para não comprar despropositamente. Apesar de precisar comprar roupa para trabalhar estou a tentar comprar uma coisa de cada vez. Preciso de camisas/blusas, preciso mesmo porque nunca fui de usar isso, então não tenho nada que se aproveite, mas se comprei uma preta este mês, deixemos a branca para o próximo mês, porque fui tentando compor a coisa durante o inverno para não andar a gastar fortunas em cima da hora. Vejo sempre se compensa comprar naquele sitio, porque pode haver outros com melhores preços e melhores qualidades. Ou seja, antes de comprar, comparo sempre. Facilita quando gostamos de um determinado sitio, e quando já compramos lá roupa há muito tempo, porque eu pelo menos não mudo. Se gosto de ir a determinado lugar comprar sapatos, porque a relação qualidade-preço me satisfaz, não troco.

Dentro destas ideias tentei influenciar o L. a fazer a mesma coisa, fazermos juntos é mais fácil porque nos apoiamos. Quer dizer, ele não tem tanta tralhar como eu e tudo o que tem vai usando, por isso foi mais fácil para ele, principalmente no que toca a roupa. Homens! Ele tem quatro pares de calças que são os que usa sempre, umas calças pretas, bejes e azul-marinhas para sair, ir jantar fora, etc, e não precisa de mais. Quando uma delas já não der para aproveitar ele aí vai comprar e mete aquelas de lado. Mas, tem-me ajudado a conseguir muitas coisas, como não comprar material escolar. Quando compro alguma coisa e lhe digo, ele pergunta logo “Precisavas?” e deixa-me a pensar se precisava ou não. Como não tenho comprado nada ele nem sequer pergunta porque vê o meu esforço e a minha dedicação.

A par disto, e tal como já tinha referido, começamos a poupar os dois. Primeiro, começamos com mealheiros em casa, onde deixámos moedinhas diariamente, ou quase todos os dias. Sem nos apercebermos, em pouco menos de quatro meses juntamos 170€. A ideia desse mealheiro é juntarmos dinheiro para irmos de férias, ou para pagar algumas despesas das férias, como os voos e o alojamento, ou uma só coisa. Há pouco tempo começamos a falar de fazer uma coisa mais séria, que não só umas simples moedas. Também mais séria porque já são dois planos poupança, e ter um já não é fácil, quanto mais dois. Tem de ser muito bem pensado, definidos isso logo de inicio. E nunca pensei que o L. alinhasse comigo nisso e deixa-me completamente apaixonada, porque não sou a única a olhar para a frente e a imaginar-me com ele e só com ele. Ele lá deu a ideia dele e ele é um teimoso, pare ele as ideias dele são sempre melhores que as minhas, aprendemos sempre a ouvir-nos o que facilita as coisas e no fim a ideia dele era realmente melhor que a minha, o que o deixa todo orgulhoso. Arranjamos uma caixa de cartão grande que tínhamos para lá encostada e todos os meses, na primeira semana de cada mês, vamos deixar lá dinheiro.  Não sabemos para o que é ou quando vamos precisar dele, mas não interessa. O que interessa é que ele está lá e que temos o nosso pezinho de meia para fazermos alguma coisa. Não sabemos se o vamos depositar numa conta, a ideia de abrirmos uma conta sem sequer sabermos quando vamos morar juntos é assustador, mas que vamos continuar a fazê-lo todos os meses, isso vamos.

 

Às vezes parece mais difícil do que aquilo que realmente é. E não precisamos de nos privar de nada, ou de abdicarmos de alguma coisa. Bem pelo contrário, trata-se exactamente de definirmos aquilo que gostamos, aquilo que nos faz feliz, aquilo que nos dá prazer.

 

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