Os 26 já vão há uns meses e este género de post já está a ser pensado há muito mais tempo que isso, basicamente desde o inicio do ano de 2018, mas não o consegui para os meus 26 anos, que foram em Agosto e queria muito fazer algo do género, então decidi juntar com tudo o que fiz e aprendi em 2018, e talvez para o ano consiga dos 27.
2018 foi um ano bastante positivo, contrariamente ao que eu pensava, porque 2017 já tinha sido muito bom, 2018 conseguiu ser ainda melhor, com muito esforço, dedicação e muito amor envolvido.
Luxemburgo, Malta, Bérgamo, Barcelona
Em 2018, visitei 4 países. Malta foi uma lufada de ar fresco, e foram as férias que tanto precisávamos. Foram umas férias a dois, sem confusão, sem preocupações, só os dois, e foi mesmo muito bom. Adoramos Malta, e deixei aqui a minha opinião. Na ida para Malta, fizemos escala em Bérgamo, uma escala pequenina, mesmo muito curta, mas decidimos arriscar ir conhecer a cidade e não nos arrependemos. Pousamos, pela primeira vez, os pés em Itália e não desiludiu. Foi uma visita muito curtinha, só deu tempo de darmos uma voltinha e tomarmos o pequeno almoço, mas deu para respirarmos o ar italiano e não ficarmos presos no aeroporto. Estivemos, sensivelmente, 45 minutos em Bérgamo, mas foi toda uma aventura de autocarro, com a mala atrás, e não nos entendemos muito com o sistema de transportes públicos italianos. Ficamos com muita vontade de voltar e de conhecer mais, ficará para uma próxima vez. Mas, adoramos quando temos oportunidade de, através de escalas, conhecer mais uma cidade, ou uma parcela muita curta dessa cidade.
Barcelona foi a minha primeira aventura sozinha fora do nosso país, e depois de todo o nervosismo e ansiedade nos dias anteriores, foi maravilhoso viajar sozinha.
Luxemburgo foi uma pequena surpresa. Não levava grandes expectativas e surpreendeu-me. É um país pequeno, mas com muito para conhecer e muito bonito, e muito ficou por conhecer, mas esperamos ir lá os dois e ficar mais uns dias para conhecermos mais.
Aos 26 anos, ainda só fui a 7 países europeus (os quatro mencionados em cima, a França, Alemanha, e umas quantas vezes a Espanha, país que já conheço as duas cidades principais e uma das ilhas (Palma de Maiorca), uma das qual a capital - Madrid e Barcelona) e o meu feedback é que Barcelona vale muito mais a pena.
Kodaline, no MEO MARÉS VIVAS – em 2018 consegui cumprir mais um sonho e riscar mais um da minha enorme lista, que foi ouvir uma das minhas bandas favoritas ao vivo, os Kodaline. Foi das melhores experiências, por mim ouvia-os todos os dias ao vivo, não desiludiram de todo, e foi o melhor dinheiro gasto. Ainda consegui ver 20 minutos do concerto da Carolina Deslandes, infelizmente chegamos atrasadas, queria muito vê-la, mas é um desejo que se mantém para 2019.
Desconcerto no Teatro Sá da Bandeira. Foi uma parte da prenda de anos do L., que faz anos em abril, e mal vi a publicação do Desconcerto, numa data que podíamos ir os dois, decidi fazer-lhe a surpresa, e que bom que foi. Estes momentos a dois são deliciosos e ficam na nossa memória porque são queridos, e quem nos dera ter mais, porque adoramos fazer estas coisas. A prenda saiu-me mais cara do que contava, porque quando fui comprar já estava tudo esgotado, ficamos então com lugares privilegiados, porque ainda assim eu decidi comprar, e valeu TANTO a pena.
Aos 26 anos, já vi alguns dos meus artistas preferidos ao vivo, nacionais e internacionais, mas ainda me faltam uns quantos. Vi o Miguel Araújo e o António Zambujo duas vezes, já vi o Rui Veloso, os Anjos, o David Fonseca, os Xutos e Pontapés mais que uma vez, o Seu Jorge que foi uma grande desilusão, os Azeitonas, a Carolina Deslandes (apesar de ter sido só 15 minutos do concerto), os Kodaline que referi em cima, e devo-me estar a esquecer de alguns.
Inicio do estágio. Foi uma das etapas que mais marcou o meu ano, começou mal, mas obrigou-me a crescer, e está a correr bem, apesar de todas as dificuldades e de toda a desmotivação, tem sido melhor que os primeiros meses. Agora o que me preocupa é o exame.
Destralhar. Esta sim, foi daquelas decisões que nunca pensei conseguir tomar. Foi uma decisão daquelas bem grandes e muito boas. O próximo passo é não acumular outra vez e esse é um objetivo para 2019. Livrar-me de tudo o que for inútil. Peso extra atrasa e muito, este foi e é o lema deste processo.
Poupar. Sempre fui uma pessoa poupadinha ou sempre tentei, mas nem sempre é possível. Trabalho há anos, desde os meus 16 anos, e não tenho um pé de meio, nem um mealheiro. Comecei a fazer isso este ano, e é para continuar nos próximos anos. A ideia é sempre poupar mais e arranjar outras formas de poupar, sozinha e a dois.
Organização. Criei metas de organização, como ter uma agenda organizada para a minha vida profissional e pessoal, e tenho uma agenda do blog, onde vou tentando organizar os posts, o que quero escrever, os dias, as horas. E tento ver as agendas todos os dias, apontar tudo direitinho, para não me perder, fazer o que a Cláudia refere, tirar todos os dias um tempinho para rever a agenda.
Gestãode tempo. Deixar tudo para a última da hora nunca foi opção, sempre ouvi que a pressa é inimiga da perfeição. Claro que no meio de uma semana cheia de tarefas e mil-e-uma-coisas para fazer é impossível não existir uma coisa que fique para último, mas aprendi que uma boa gestão de tempo é o segredo de muita coisa.
Viajar sozinha. Em 2018 e aos 26 anos consegui ter a experiência de viajar sozinha, e é para repetir. Ando a pensar experimentar a Polónia, mais concretamente Cracóvia, porque queria visitar os campos de concentração. Não sei se sozinha será uma opção, mas na falta de conciliação com o L. estou tentada.
Viajar a dois. Aos 26 anos já fomos juntos a Palma de Maiorca, Madrid, Bérgamo e Malta, e é maravilhoso ter a companhia dele. Entendemo-nos mesmo muito bem e é sempre uma aventura.
Aos 26 anos, já viajei a dois, sozinha, com amigos e com os meus pais, e espero ter oportunidade de voltar a viajar com os meus pais, ou com a minha mãe. Quem sabe não será a prenda de anos dela.
Tempo sozinha. Também já é uma meta pessoal com alguns anos, mas 2018 foi um ano de muito crescimento pessoal e como tal o meu tempo sozinha foi essencial para isso. Aprendi que sozinha sou capaz de muito mais, tornei-me mais confiante e segura daquilo que sou e daquilo que quero, das minhas opiniões e da minha forma de estar. Aprendi a desenrascar-me sozinha e a fazer algumas coisas sozinha, e não me sinto triste por causa disso.
Cuidar de mim e tratar de mim e do meu corpo.
Afeiçoamento físico e emocional. Em contrapartida de tudo e mais alguma coisa e como todos levamos umas patadas de vez em quando por esperarmos muito das pessoas, tentei combater essa minha inocência, que há de ser sempre um dos meus principais defeitos. Quem me conhece bem sabe que sou ingénua, posso não parecer, mas sou e há quem se aproveite disso.
Aos 26 aprendi a pedir desculpa e a deixar o meu orgulho muitas vezes de lado.
Dizer não sempre que necessário e deixar os fretes para outros.
Aprendi a pedir ajuda sempre que preciso.
Aos 26 anos posso dizer que sou tia de uma princesa muito gira, que tem quase 3 aninhos, e que a adoro mesmo muito.
Não contar tudo a toda agente, o melhor da vida, os melhores momentos e os melhores segredos ficam para nós e para quem nos ama e nós amamos.
Ter mais calma. Mais do mesmo. Tentei tornar-me uma pessoa mais calma, menos explosiva e impulsiva, e a minha maior inspiração foi o L. Tentei passar essa minha calma às pessoas que me são mais próximas e os reflexos são muito claros.
O tempo em família, namorado e amigos. Os amigos são mesmo muito poucos, por isso o mais importante foi mesmo colmatar os momentos em família e com o meu namorado. E foi muito bom. 2018 será certamente um ano de memórias muito boas e momentos muito bons.
Sonhar e ser ambiciosa. Não faz mal nenhum ser sonhadora e ambiciosa, bem pelo contrário, só quero ser mais e melhor, não me conformar com o que tenho, querer sempre mais não faz de mim melhor ou pior pessoa, só luto por mim e pela minha vida.
Levei a minha mãe a ver um jogo do Porto no Estádio do Dragão e foi muito engraçado. Rimo-nos muito as duas.
Além disso, fui duas vezes com o L. ver o Porto a jogar, uma delas foi um jogo da Liga dos Campeões, em Novembro. Não sou nenhuma entusiasta do futebol, só gosto do Porto e do Rio Ave, e nunca tinha ido ao Estádio do Dragão. Estreei-me com o L. a ver o Porto a perder.
Fiz a diferença na vida das pessoas que me são próximas e incentivei-as a serem melhores. Tenho a certeza que fiz a diferença, incentivei a minha mãe a viajar pela primeira, e ela foi toda contente realizar sonhos a Paris e à Disney Land, coisa que eu ainda não tive oportunidade de fazer. Depois dessa, foi toda feliz ao Luxemburgo, e já diz que quer ir à Madeira com o meu pai, e que quer ir comigo a Londres ou não sei onde. Agora ninguém a para e nós é que a aturamos.
Ouvir os meus pais e aprender a comportar-me de forma a eles me ouvirem também. Ou seja, tornar-me adulta.
Tornei-me uma pessoa mais emotiva e transparente e isso tem coisas boas e tem coisas más. Deixei de esconder os assuntos que mexem comigo, se tenho de chorar choro e se tenho de me sorrir sorrio.
A vida não é fácil, mas pode ser maravilhosa. Nem tudo é fácil, mas se lutarmos por aquilo que queremos, torna-se mais fácil e quando conseguimos torna-se maravilhoso. Deixei de esperar pela sorte da vida e que a vida faça tudo por mim, se eu não fiz, não posso esperar que ninguém faça, depende de mim e só de mim.
Reclamar menos e viver mais. Isto refletiu-se, principalmente, em casa. Tentei não me chatear com tudo e com todos e viver mais com eles e por eles. E, sim, foi muito bom, isso permitiu-me ver mais além.
Fazer as pazes com o passado e viver o presente. À medida que fui destralhando muitas coisas que tinha em casa, a lei do desapego venceu, e livrei-me de muitas memórias passadas que tinha, porque não me trazem nada ao presente, são só isso mesmo, memórias e recordações.
Em 2018 perdi dois amigos próximos, e vi dois dos meus melhores amigos a perderem o pai. Nunca pensei que estas perdas fossem mexer tanto comigo, mas mexeram mesmo, o L. chegou a preocupar-se, porque foi tudo muito seguido e ninguém estava preparado para tal. Os primeiros foram desaparecimentos muito repentinos e dolorosos, e a primeira amiga que morreu senti e sinto mesmo a falta dela, porque era uma pessoa por quem tinha uma afeição e um respeito muito especial. O Natal está a chegar e vi-a sempre esta amiga no Natal, e sei que, tal como em todos os jantares de família, vai-me fazer confusão não a ver e ouvi-la. Espero estar preparada, temos de fazer por isso. Está quase a fazer um ano, mas antes de fazer um a afilhada do L. ainda faz 3 aninhos e é também o que mexe connosco. Mas, vamos fazer por isso, o L. é mais racional nestas coisas e consegue apoiar-me muito felizmente, foi sempre o meu apoio porque não desanima tão facilmente. Vamos tentar e vai correr bem, tenho a certeza.
Não pensar muito no futuro. Há quem me diga que estou demasiado tranquila com o futuro, e que devia ter mais pressa, não concordo. Andei com muito pressa durante muito tempo e sabem o que é que isso me trouxe? Frustração. Todos os dias me sentia frustrada e desmotivada por não conseguir, por lutar tanto e não conseguir chegar onde queria. Então, mudei essa minha forma de pensar. Acredito que se lutar cada coisa acontece a seu tempo.
Não pensar na vida dos outros, nem comparar com a minha. Nunca fui muito de fazer isso, mas o pouco que fazia deixei de o fazer. O que os outros têm, sorte a deles, tenho mais sorte por ser quem sou e por ter o que tenho.
Ser responsável pela minha felicidade, mais ninguém o será.
O que as outras pessoas pensam não me interessa. Nunca interessou na verdade, e deixou de interessar menos. Passei a viver mais para mim e para os meus.
O melhor ainda está por vir. Disso tenho a certeza, que ainda tenho muitas coisas para viver e que o melhor ainda por vir, e que vem aos bocadinhos.
Viajar é das melhores coisas do mundo. Adoro viajar, é mesmo das melhores coisas do mundo. O mundo tem tanto para nos oferecer e tanto para conhecer, é só perder o medo e abrir a mente.
Aceitar quem sou e não ter vergonha de mim. Tive muitas situações ao longo do ano em que tive medo e vergonha de dar uma opinião minha ou de mostrar quem sou.
Não confiar tanto nos outros e não esperar tanto deles.
Não descarregar as frustrações nos mais próximos, e fazer exatamente o contrário: dar o melhor de mim, a quem me dá o melhor de si. Normalmente, descarrego as minhas frustrações e os meus problemas naqueles que me são mais próximos, como os meus pais ou o L. E estou a tentar deixar de o fazer, porque eles não têm culpa nenhuma de um dia ter sido mau, ou de estar cansada e chateada.
Pessoas que conheci. 2018 permitiu-me conhecer pessoas maravilhosas e aproximar-me de amigos com quem não falava há muito tempo.
Tornei-me mais frontal, e transparente. Não consigo esconder emoções, posso conseguir com palavras, mas os meus olhos falam, e não consigo evitar. Tento, mas não consigo.
Pensar positivo sempre. Tentar, pelo menos, o primeiro passo está dado, e os outros virão, sempre com pensamento e com energias positivas.
Acho que já chega. 2018 foi realmente um ano muito positivo, estou muito feliz daquilo que consegui e naquilo em que me estou a tornar, e não podia estar mais orgulhosa disso. Apesar de parecer ser tudo muito centrado em 2018, este foi, se calhar, dos anos mais importantes e especiais dos meus 26 anos.
O ano passado foi o primeiro ano que me lembrei de ir ver a data de aniversário deste espacinho e como pessoa distraída que sou achei que o blog fazia 5 anos e festejei 5 anos de MudaLinha, quando passadas umas semanas me apercebi que afinal não eram 5, mas 6 anos e corrigi. Portanto, este ano não fazemos 6, mas 7 anos e pirosa como sou, tinha de ser especial.
Há 7 anos atrás, por volta desta hora, estava a escrever este post, para findar um projeto tão especial e dar inicio a outro, ainda mais especial. Tempo onde andas? Tanta coisa mudou desde o dia 14 de dezembro de 2012, que não me consigo lembrar precisamente do momento em que o fiz, mas lembro-me das circunstâncias que me levaram a fazê-lo. Estava no meu segundo ou terceiro ano de faculdade (também não me recordo com exatidão) e tinha escrito um texto, um pequeno desabafo, a contar a minha experiência positiva na praxe da minha faculdade. E, como sempre disse, nunca esperei, nem nunca quis que o meu espaço blogosférico fosse público e conhecido dos meus amigos, família e conhecidos. Como não o esperava nunca tive muito cuidado com questões de privacidade, e sempre partilhei algumas fotos e alguns momentos, e o meu nome também, porque nunca pensei que alguém me fosse conhecer. Inocente! Quando me apercebi essa publicação já estava a correr o Facebook e os grupos do Facebook da minha faculdade, nunca percebi muito bem como, associada ao meu nome e ao nome do blog. O choque foi tanto que decidi apagar completamente a conta, e até tomar a decisão de criar outra demorou uns dias, porque entrei completamente em pânico. Aliado a isto, tinha um namorado que vinha constantemente ler o que escrevia e não me sentia nada à vontade com isso, mas culpa minha que lhe dei a conhecer e o deixei entrar no meu espacinho.
Passados uns dias (ou meses acho!) percebi que sentia necessidade de ter um espaço, por muito que me apetecesse fazer uns intervalos e não escrever durantes uns tempos, gostava muito de ter um refúgio e uma fuga online e blogosférica, onde sabia quase de certeza que pouca gente me conheceria e poderia escrever à vontade e falar à vontade. O mundo dos blogs sempre me fascinou, desde muito nova que sempre demonstrei esta necessidade de escrever noutro sitio além do papel e da caneta, ter alguém a ler-me e a deixar um comentário sempre me entusiasmou, o facto de não conhecermos pessoalmente quem está desse lado, mas conhecemos e lemos coisas que nos fazem sentir próximos, como se conhecêssemos a pessoa de algum lado.
Criar este cantinho foi das melhores decisões que tomei até hoje, já me acompanhou em tanta coisa que até me assusto quando revejo posts passados. Já fiz imensos intervalos, já fui muito ativa, como já desapareci do mapa e voltei, aliás em 2015 só cá vim em Junho e Julho, e só voltei em Janeiro de 2016. Nunca consegui ser totalmente presente, porque também gosto muito do contacto pessoal com as pessoas e gosto muito de viver, e de estar e viver a 100% e isso faz com que me desligue facilmente de outras realidades. Já pensei em apaga-lo imensas vezes nesses intervalos que fui fazendo, ou porque deixa de fazer sentido, ou porque não sei o que tenho de especial para continuar a escrever, mas acabei por nunca o fazer, e não faz sentido fazê-lo. Por muitas que sejam as dificuldades, por muito que não consiga vir aqui a escrever todos os dias e que não tenha ideias giras e incríveis todos os dias, este blog tem um pedacinho especial de mim e quero continuar a vê-lo e a ter a segurança e a confiança de que posso vir aqui desabafar o que quer que seja.
Já escrevi imensas vezes sobre o significado deste blog na minha vida, da minha dificuldade em escrever, em criar títulos, mas a melhor parte de ter um blog é poder partilhar esse pedacinho que é nosso com outras pessoas, que partilham o mesmo sentimento em relação a um blog, e conhecer outras pessoas através deste mundo. Isso foi o melhor de ter criado um blog. Ter pessoas desse lado é o mais especial. Uma vez contei a alguém que tinha um blog e esse alguém ficou muito espantado com esse facto e das primeiras coisas que me perguntou foi, “Mas tens pessoas que comentam o que escreves? Tens comentários?”. Não é que os comentários sejam o mais importante, de longe, muito menos o número de pessoas que me seguem, mas é importante e é especial sentir que não sou a única maluca por estes lados e que há alguém desse lado.
Gostava de dizer que vou ser mais ativa e que vou escrever mais, por acaso em 2018 até fui, houve uma altura que escrevia todos os dias. E esse é sempre o meu objetivo, tenho um bloco e um documento Word onde aponto todas as ideias que tenho de textos, e acreditem que não são poucas. Umas vezes consigo, outras não, o importante é ainda andar por aqui, sinto que é isso, e este espacinho não é só meu, mas de quem o lê e comenta, de quem gosta e não gosta, porque está disponível a todos, está à distância de um clique, portanto sejam sempre bem-vindos, acreditem que são.
Eu tinha pensado fazer alguma coisa diferente, e selecionar os 7 posts mais especiais para mim até agora, mas depois de começar a passear pelo blog e por tudo o que escrevi até hoje senti-me incapaz. Era uma miudinha quando comecei a escrever e há tanta parvoíce escrita, ali por volta dos anos de 2012 até 2016, que me assusta só ler. Penso, seriamente, se seria a mesma pessoa a escrever, mas só com idades diferentes. Só passaram 7 anos… só! E sinto-me uma pessoa completamente diferente e sinto este blog a caminhar num sentido completamente oposto. Como não consegui fazê-lo, decidi tentar escolher os 7 mais especiais, mas de 2018. Em 2018 tinha como objetivo ser mais ativa por aqui e acho que esse objetivo foi cumprido, por muito que me tenha afastado nos meses de verão por excesso de trabalho, tarefas e compromissos.
7 anos de MudaDeLinha, de muitas lições, de muito crescimento, de muitas aprendizagens, e um mundo todo pela frente, quer aqui, quer noutro sitio qualquer.
(esta imagem foi encontrada algures no pinterest e não é minha)
Falta pouco para o ano acabar e, como tal, decidi fazer um apanhado do ano que passou e dos últimos 12 meses de 2018. Tenho um conjunto de posts sobre isso, mas todos sobre questões diferentes, que espero publicar ao longo deste mês, sobre 2018.
2018 foi um ano muito positivo, principalmente, se pensar na maneira drástica como ele começou e nos seus primeiros dias caóticos. Comecei o ano com um acidente de carro, no dia 4 de Janeiro (o primeiro dia de estágio oficial e a caminho do mesmo), com culpa ainda por cima. Mas tudo se resolveu pelo melhor, mantive a calma, consegui que a minha mãe também a tivesse e correu tudo bem e tudo se resolveu de forma rápida e positiva. Em inícios de Janeiro de 2018 tive imensos problemas no escritório onde estava a estagiar, nada de novo e nada que eu já não soubesse, só pensei que conseguisse aguentar até ao fim do estágio, o que equivaleria a 18 meses (o tempo todo do estágio), o que se tornou impossível. Foi uma altura mesmo difícil, sinceramente, em que me deixei ir muito abaixo e até ver o assunto resolvido só chorava. Os meus apoios foram os meus pais e o L., que coitados, já não sabiam o que haviam de me fazer.
Depois deste muito pequeno resumo, achei que devia começar este último mês de 2018 por pensar nas minhas melhores decisões de 2018 e refletir sobre isso, saber o que quero levar para 2019 e o que podia ter feito diferente em 2018.
A primeira dessas decisões, se não a mais importante, foi terminar com o sufoco desse estágio. Falei dele aqui e foi esse término e ao mesmo tempo inicio que me fez falar sobre a saga de um estágio em advocacia por estes lados. Foi das minhas melhores decisões, só me fez bem, foi um grande alivio saber que não tinha de ir para lá, e que já podia respirar e sentir-me à vontade noutro sitio.
A segunda dessas decisões foi afastar quem não me faz bem, quem pesa o meu tempo e a minha paciência. Também falei disso aqui , sobre as minhas dúvidas se seria egoísta não querer partilhar o meu tempo e o meu espaço com quem sentia que não me trazia energias positivas. Passei a preferir estar sozinha, do que mal acompanhada, ou acompanhada por quem não quero. E, todos perto de mim se aperceberam dessa mudança e dessa decisão. Cresci nesse sentido, estar sozinha não significa ser solitária, bem pelo contrário.
Destralhar. Posso também afirmar que foi das melhores decisões de 2018, ainda não acabou, mas estou muito feliz com tudo o que consegui até aqui e com o que vou conseguir. Um passinho de cada vez e devagarinho chego ao longe. Mas, esta decisão trouxe muitas coisas à minha vida. Deixei de sentir o ar do meu quarto tão pesado, tão carregado de coisas, de memórias passadas, de objetos que já não me diziam absolutamente nada. Hoje é maravilhoso entrar no meu quarto, encontrar o meu espaço de estudo/trabalho, ter espaço para o que preciso, e não ter tudo sobrecarregado.
Ter mais calma na vida. Nem sempre fui muito calma, tiro isso à minha mãe, que é a pessoa mais stressada que conheço, embora mais calma nos últimos anos, porque o coração assim o exige. Desde que o L. entrou na minha vida, que senti a calma e a descontração dele a se refletir nos meus dias, e isso é maravilhoso. Deixei de me chatear com tudo e com nada, e quando, eventualmente, me chateio com alguma coisa, ninguém precisa saber disso. Além disso, deixar de ter pressa na vida, porque isso só traz problemas e preocupações. As coisas acontecem a seu tempo, e não adianta de nada ter pressa com tudo, porque isso só me vai frustrar.
Poupar, ou tentar poupar. Foi um dos meus lemas de 2018. Em 2017 tinha conseguido, mas face a despesas pontuais acabei por precisar mexer no dinheiro das poupanças. Este ano prometi que ia tentar não o fazer, até ser o último recurso. Consegui também convencer o L. a pouparmos juntos, embora isto já tenha começado em 2017. Este ano já conseguimos ir de férias com o dinheiro das poupanças, não todo como é lógico, mas conseguimos pagar uma boa parte com ele, e mantemos essa tradição. Conseguimos ainda poupar um montante fixo por mês, que acordamos os dois, e nesse dinheiro não mexemos para nada, é o nosso pé-de-meia para quando nos quisermos juntar.
Comprar para substituir, comprar só o necessário, não comprar por impulso, e pensar bem quando compro. Este foi um dos passos para as poupanças, foi uma decisão muito bem tomada e que me ajudou ao longo do ano, permitiu-me analisar bem aquilo que compro, e permitiu-me poupar bastante.
Mais tempo com a família, namorado e amigos. Decidi não me preocupar tanto com os problemas da família, deixar de me chatear que aquela ou aquele entrou no meu quarto e pegou numa ou noutra coisa. Claro que me aflige, mas senti que andava constantemente chateada em casa, e isso estava a incomodar-me. Senti que foi uma boa decisão, que me ajudou a manter a calma e melhorou bastante a minha relação com os meus familiares. Depois disso, decidi que, sim, o tempo com eles é importante, daí a minha decisão de ir com os meus pais ao Luxemburgo, porque eles não são muito de sair do país, então ou era ali, ou podia não ser mais.
Estas foram as minhas melhores decisões, entre muitas outras como é claro, mas as principais. Orgulho-me um bocadinho quando penso nelas e quando me apercebo de onde estou e onde cheguei.
Quando comecei a namorar com o L., já o disse aqui várias vezes, ele trabalhava e trabalha à noite. Eu sabia de antemão que não teríamos a vida facilitada em relação a horários e tempo, nem que seríamos um casal comum que ao domingo fica na ronha, e que ao sábado à noite vamos ao cinema ou vamos a um concerto, ou vamos jantar fora porque é uma ocasião especial e porque nos apetece, que vamos passar o fim de semana fora, ou que simplesmente vamos passar ao sábado à tarde. Até nem somos de ir comer fora muitas vezes, mas é um modo de falar. Ainda assim, apaixonei-me, sabendo destas condições e apaixonava-me hoje outra vez, aliás apaixono-me todos os dias pela pessoa que ele é comigo e com os outros.
Nada mudou, neste sentido, desde essa altura, e já lá vão quase 4 anos e cá estamos. E, tão cedo, a curto prazo, sabemos que nada vai mudar, porque as nossas vidas não o permitem. E é mesmo muito raro estarmos juntos mais que 10/15 minutos, muitas vezes só nos falamos por telefone e, muito esporadicamente, por mensagens. O telemóvel connosco é para esquecer, somos muito desligados do telemóvel, e nunca fomos de estar a mandar mensagens constantemente. Inicialmente, os nossos horários permitiam que estivéssemos juntos na folga semanal dele, porque nos meus últimos anos de estudante, só tinha aulas à noite. Ainda assim, nesse dia, nunca conseguíamos jantar juntos, nem em casa, nem na minha, nem sozinhos.
O pouco tempo que passamos juntos nunca nos incomodou, até me incomoda mais a mim do que a ele, porque de vez sinto falta da presença dele nos meus dias, e apesar de saber que ele está sempre lá para mim, nem sempre está fisicamente, ou nem sempre consigo falar com ele à primeira tentativa de chamada. Quem nos conhece e convive diariamente connosco já sabe como a coisa funciona, quem não nos conhece fica muito admirado e chocado como é que nos damos tão bem e quase nunca nos vemos.
Desde o inicio, aprendemos a respeitar o espaço um do outro e a respeitar-nos mutuamente, e a confiar um no outro. Há uns espertinhos que, às vezes, testam a minha paciência e que se tentam intrometer naquilo que não lhes diz respeito e brincam “Ah! Vais deixá-lo ir jantar connosco e não vens? Tens a certeza?”. A resposta depois não é muito simpática, já cheguei mesmo a perder a paciência com alguns, porque o que ele faz e o que eu faço só a nós nos diz respeito. Se ele vai sozinho ou se eu vou sozinha, o problema é nosso e de mais ninguém.
E a confiança vem mesmo daí, daquilo que conseguimos construir quando estamos juntos, porque não é por não conseguimos ter muito tempo juntos, ou por não sermos o típico casal, que gostamos mais ou menos um do outro, bem pelo contrário. O tempo que passamos juntos não define em nada aquilo que somos, ou como nos damos e tratamos.
E a opinião dos outros passa-nos completamente ao lado, passa-nos tanto ao lado que os chega a incomodar. Estranharam ir a Barcelona sozinha, ir ao Marés Vivas sozinha, estranham quando digo que fui ao cinema sozinha porque me apeteceu. E? Nunca deixei de fazer o que gosto por estar sozinha, e não deixei de gostar de mim por estar sozinha. É uma das coisas que acho que grande parte das pessoas se esquece quando começa ou quando mantém uma relação: o amor próprio é para manter. O amor próprio não é só para se falar quando estamos sozinhas e solteiras. E isso não nos faz gostar nem mais nem menos da pessoa que temos connosco, muito pelo contrário, ensina-nos, sim, a respeitarmo-nos mutuamente e gostarmos de nós. Claro que isto só a minha opinião e o que funciona comigo pode não funcionar com mais ninguém. Mas, quando comecei a namorar com o L. e sabia de todas estas condições, que tínhamos horários completamente incompatíveis, e que não teríamos feriados e fins-de-semanas, sabia que não deixaria de fazer as minhas coisas, porque estava sem ele, ou porque ele não podia.
Claro que, dou sempre preferência a fazer ou a ir com ele, mas não vou deixar de ir ou fazer porque ele não pode, ou porque está a trabalhar. Nesta fase, raramente nos encontramos. Eu tenho um horário normal das 9h às 18h, e não vou para o estágio todos os dias, e ele continua a trabalhar à noite, entra às 17h e sai à 00h, todos os dias, com exceção de quarta-feira que é a folga semanal, e esse dia é sempre um dos dias que vou para o estágio, e que saio tardíssimo, e que me é impossível pedir para sair mais cedo. Ou seja, encontramo-nos ao final do dia, e a meio da semana pouco ou nada temos para fazer. Nunca fazemos nada aliás, porque acordo cedíssimo no dia seguinte.
Se esta incompatibilidade me incomoda? Não vou dizer que não, porque há fases que me incomoda sim, e que me chateio por fazer tudo sozinha. Se adianta de alguma coisa? Não, não adianta. Então, se não adianta, não me adianta de nada perder tempo chateada, faz mal ao coração e ao sistema nervoso, e faz-nos mal a nós, porque estamos a discutir sem sentido e estamos a perder tempo juntos. Quando me acalmo, o que é na grande parte dos dias e das horas, como enquanto escrevo este texto, tenho um orgulho desmedido em nós, porque confiarmos e nos respeitarmos, por raramente nos chatearmos e por termos uma cumplicidade que transparece todo o amor que temos um pelo outro. Isso deve chatear algumas pessoas, mas é o que menos nos importa.
Antes de mais, sim, eu tenho duas cadelas dentro de casa, que dormem comigo, na minha cama, e com o resto da família, é escolha delas. Uns dias dormem comigo, outros dias dormem com os meus pais, outros com a minha irmã. E, depois a vantagem, é que como são duas, às vezes dividem-se (ou não, é muito raro vá!). A mais nova, a mais mimalha e com mais necessidade de chamar a atenção, anda sempre atrás da mais velha. E, elucido-vos porque é normal não saberem, a Indie tem 2 anos, apesar de ser a maior de tamanho, e a Barbie vai a caminho dos 8/9 anos, não tenho a certeza. São muito bem tratadas, aliás são da família, já contei várias vezes a história delas por aqui e o amor que tenho por cada uma.
A Barbie, a minha Barbie, surgiu nas nossas vidas quando nada se passava na minha família. Éramos, simplesmente, quatro adultos dentro de uma casa, onde cada um se enfiava nos seus cantos, a fazer o que gostávamos, e pouco mais. Não havia grande alegria e a Barbie veio ocupar esse grande espacinho. Não sabíamos que tínhamos tanto amor para dar e para receber, porque ter um animal de estimação é mesmo isso, é receber e dar amor todos os dias, mesmo quando eles só fazem asneira e quando só querem atenção e mimo. Foi dada por uma amiga e ainda me lembro daquele pontinho preto dentro de uma caixa de cartão com buraquinhos para respirar. Era do tamanho da minha mão, não subia escadas, mas saltava e chorava imenso. Lembro-me, perfeitamente, de na primeira noite que passou connosco, devia ter um mês e meio, fiquei com tanta pena de a deixar sozinha, que a levei comigo para o meu quarto, às escondidas dos meus pais, e de manhã, antes de todos acordarem voltei a coloca-la no sitio dela. Mal eu reparei no estado que tinha ficado o meu quarto. Mas o hábito de ter uma ratinha coladinha a mim, a aquecer-me durante a noite, tornou-se tão grande, que mesmo quando já não chorava por estar sozinha, levava-a sempre para a minha beira. E, rapidamente, tornou-se a minha melhor companhia. Quando demos por ela, ela já ficava sozinha pela casa durante todo o dia, sem fazer asneiras, nem roer cuecas nem meias, sem fazer chichi, nem cocó. Sempre que chegávamos a casa, lá estava ela na cama do quarto da frente, a ver-nos da janela que, carinhosamente, deixávamos sempre as persianas abertas, a ladrar e a abanar a cauda, para nos ir receber à porta, fosse quem fosse. E habituámo-nos a ser recebidos assim sempre que entravamos em casa.
A Barbie foi filha única durante 6 anos e quando decidimos ficar com a Indie, na altura Lolita, foi para serem a melhor amiga uma da outra e terem companhia. Não pensava em ter mais nenhum bicho em casa, mas quando vi as primeiras fotos da Indie, em tamanho miniatura, ela tinha as cores dos pandas e parecia o meu primeiro cão, o índio (sim, daí o nome!), e não conseguimos resistir. Lá a trouxemos, com a promessa que seria de tamanho pequeno/médio, mas que desconheciam o pai da cria. Como a mãe não era muito grande, acreditamos e bem. Mas, a Indie em pouco menos de 5 meses ficou um vitelo, enorme, pesada e pastelona, que só come e dorme, e quanto mais comer, melhor. Ao contrário da Barbie, que é mais arisca e mais esperta, meiguinha para os de casa, mas que ninguém lhe meta a mão fora de casa, a Indie é a cadela mais meiguinha que conheço, com medo de tudo e todos, com qualquer barulho se esconde, assume sempre os erros antes de alguém lhe ralhar ou de até ver a asneira. Adora ocupar o sofá e a cama toda, dormir de perna ao léu e de dormir em cima de mim, de forma a eu cair ao chão, ou de não me conseguir mexer toda a noite. Para a tirar do sitio onde se deita é preciso arrastá-la e, ainda assim, com muita força. E é uma cadela burrinha, a inteligência dela não dá para muito, ladra para o ar, corre atrás de moscas e gatos que nunca existiram, e vem sempre que a chamam, mesmo quando lhe estamos a ralhar.
São a nossa melhor companhia, sempre bem tratadas, porque se não fossem era impossível mantê-las dentro de casa e era impossível manter a casa minimamente apresentável e, acreditem ou não, a casa está sempre apresentável ao público e a quem cá entre. Aspiramos a casa as vezes que forem necessárias e criamos regras e territórios, elas sabem perfeitamente que o espaço delas é o escritório e não fogem muito dali. Temos a sorte de ter terraço, que também é o espaço delas, apesar de todos os dias irem passear.
Ter animais de estimação é ter melhores amigos para a vida e, muito melhor que amigos, porque nunca nos largam. Cada uma à sua maneira, são as minhas melhores amigas.
A Barbie em força chouriço espalmado.
É fácil entender o nome da Indie: ela tem 3 cores, como o Indio, o meu primeiro cão, tinha: preto, branco e castanho.