“– E quanto ao poder dos rótulos? Einstein disse uma vez: «É mais fácil desintegrar um átomo do que desfazer um preconceito.»”
“– Duvide dos seus pensamentos perturbadores. Questione o seu sentimento de incapacidade, questione porque é que está programado para ser infeliz. Grite dentro de si. Critique a fuga. Critique as suas fantasias. Faço-o todos os dias e em silêncio.”
“Cada cabeça é um planeta e cada planeta tem uma rota peculiar que exige um plano de voo distinto para ser atingida.”
“Queridas mulheres, vocês podem viver com milhares de animais e não ficarem frustradas, mas, se viverem com um ser humano, por melhor que seja a relação, haverá deceções. Dêem-se, mas não esperem muito retorno dos outros. Esta é uma das mais excelentes ferramentas para proteger as vossas emoções.”
“Ninguém é digno do pódio se não usar as suas derrotas para o conquistar.”
“A minha opinião é que as mães amam todos os filhos e não preferem um mais do que outro, apenas distribuem a sua atenção de forma diferente, por serem diferentes as suas preocupações com cada um deles.”
“Certa ocasião, no começo do estágio, algumas colegas de Anna viram Marco Polo a fazer uma declaração de amor, tendo numa das mãos um botão de rosa vermelho.
Ficaram surpreendidas com a atitude dele. Para elas, esse romantismo tinha sido eliminado dos tempos modernos. Uma das colegas, vitima de um sentimento de inveja, comentou rispidamente:
- O teu namorado é um pouco estranho. Não me parece muito normal.
- Não é possível ser normal quando se ama – rebateu Anna.
Uma enfermeira problemática nas suas relações afetivas e que se envolvia sempre com namorados autoritários e dominadores perguntou:
- Dar flores no inicio do dia não é uma coisa de neurótico?
- Não sei. Mas sei que ele trata de muitos… - Elas não perceberam.”
“– Nalguns momentos, eu dececionar-te-ei, noutros tu frustrar-me-ás, mas se tivermos coragem para reconhecer os nossos erros, habilidade para sonharmos juntos e capacidade para chorarmos e recomeçarmos tudo de novo tantas vezes quanto forem necessárias, então, o nosso amor será imortal.”
Demorei algum tempo a ler este livro, no meio acabei outros, mas acabei por engatar e consegui acabá-lo esta semana. A história é bonita, a escrita é acessível e, ao longo do livro, encontramos excertos e conclusões maravilhosas. As que partilhei são apenas algumas porque há mais. Inicialmente, a história demora a desenvolver-se e foi por aí que desmotivei ao lê-lo e acabei por demorar tanto tempo, depois de passar metade do livro devorei o livro. Não vai ser certamente dos meus livros preferidos, mas vou lembrar-me muito dele e isso é bom sinal. Aconselho este livro não só a todas as pessoas que gostem de ler, mas principalmente a quem goste de filosofia, psicologia e essas áreas de saúde porque vão-no achar delicioso. Aliás, ele vai já para as mãos da minha irmã, futura psicóloga. Agora resta-me escolher o próximo que depois partilho por aqui.
Acho que nunca li tantos acórdãos na minha vida como nestes últimos meses! Salvem-me!
E o pior é ler aqueles acórdãos que contam histórias trágicas, como a que passo a transcrever: "
Para o efeito alegou que no dia 9-8-03, cerca das 10.05 h, na AE-2, um veículo ligeiro circulava no sentido Sul/Norte, a uma velocidade de cerca de 90/100 km/h, conduzido pelo pai da A. e no qual ela própria, sua mãe e sua irmã seguiam como passageiras.
O condutor do veículo foi surpreendido pela presença de um pato bravo de grande porte, vivo e ferido, na via do lado esquerdo, por onde circulava. Para evitar embater no animal, desviou-se para a direita, não conseguindo, porém, segurar a viatura, apesar de ter travado.
Em consequência, o veículo saiu da sua faixa de rodagem, passou a vala central e foi embater num outro veículo pesado de mercadorias que seguia em sentido contrário, causando a morte de ambos os pais e da irmã da A. "
"Criar uma família com alguém é muito diferente de namorar. (E atenção que namorar é maravilhoso!) É um compromisso diário, é um promessa de dedos mindinhos enrolados um no outro que dura o resto da vida.É estar com o outro mesmo quando não apetece, mesmo quando odiamos tudo e toda a gente, mesmo quando o outro está mal disposto e "estraga" o nosso bom humor. É ter alguém a entrar pela casa de banho quando nós lá estamos porque está com pressa e tem de lavar os dentes, é olhar para as meias a meio do dia e ver que o calcanhar está de fora porque tiraste as meias 42, não as 36. É dividir o cobertor e a ultima bolacha de chocolate que nós queríamos mais que tudo. É ver o velocidade furiosa 4 quando naquele dia só te apetecia ver o diário da nossa paixão.Viver a dois é um desafio constante porque o outro mora em nossa casa mas não na nossa cabeça. É muitas vezes ter de dizer que a toalha tem de se estender depois do banho,que o jantar tem de se comer quente e que também precisamos de atenção. É aprender que ter razão não é a coisa mais importante do mundo e aprender que não se pode dormir zangado. Mesmo depois da discussão e do fim do mundo, há sempre um pé que encontra o outro no fundo da cama e que fica lá colado como quem diz "sim, isto é fazer as pazes". Viver a dois é aprender que os filmes nos andaram aldrabar. Não nos vão dar flores todos os dias, nem levar a andar de balão nem fazer poemas. Mas há outras provas de amor, como ver o harry potter todos os domingos sem refilar, arrumar a louça toda para que eu não tenha de me mexer e dizer "vai dormir, eu trato de tudo." Há qualquer coisa de muito romântico no "eu trato de tudo". Viver a dois é passar pelas dificuldades e pelas crises sabendo sempre que nada de mau pode ser maior que a vontade de ficar. E muitas vezes o amor é só ficar. Sem dizer nada. Viver a dois é saber perdoar e é também aprender quem são o adrien, o william e o slimani. Viver a dois é respirar fundo e voltar para a sala com um sorriso depois de vermos que o tampo da casa de banho está levantado, mais uma vez (respira). Viver a dois é maior aventura dos crescidos e eu ainda estou a perceber como é que me deixaram cá entrar..."