Quando decidi ver Unorthodox sabia perfeitamente que não era o meu género de série, mas o thriller chamou a minha atenção. A ideia de assistir foi sair da minha zona de conforto habitual e ver algo diferente, que numa situação normal não o faria por iniciativa própria.
Unorthodox é muito mais que uma minissérie da Netflix, porque isso acho que há muitas, dos mais variados géneros. Unorthodox é uma minissérie que devia ser assistida por todos, homens e mulheres, crianças e adultos, por razões muito simples: a mensagem que ela transmite ultrapassa e muito as razões históricas que estão subjacentes.
Unorthodox é uma minissérie sobre uma judicia hassidica de Brooklyn que foge a um casamento combinado e vai para Berlim, onde um grupo de músicas, que se tornam seus amigos, a acolhe, até que o passado, do qual ela fugiu, lhe bate à porta.
Para quem desconhece por completo o tema e a história o google é um bom amigo. Esta série começa por nos mostrar as tradições religiosas e os costumes destas comunidades e desta religião. E, é sabido por todos, que os casamentos combinados continuam bem presentes nos dias atuais pelo mundo fora, não só nesta como noutras religiões, e o papel submisso da mulher também. E Unorthodox é um abre olhos para este tema. A personagem principal Esther Shapiro, interpretada pela Shira Hass, é uma jovem com sonhos, que decide correr atrás deles. É arrepiante pensar que para isso precisa de fugir do seu ambiente, da sua zona de conforto, do sítio onde foi criada e onde cresceu, da sua família e amigos, e onde aprendeu tudo o que sabe até ao momento. Apercebemo-nos disso ao longo dos episódios, porque ela não foge dos seus costumes, ela não os larga completamente, bem pelo contrário. Mas é uma lufada de ar fresco. O final fica em aberto, prefiro imaginar que Esther conseguiu correr atrás dos seus sonhos e que conseguiu alcançá-los.
Já Kalifat, apesar de abordar alguns pontos temáticos comuns, com especial relevância para o papel das mulheres, centra-se noutra religião, noutras tradições religiosas, e numa outra problemática, não mais atual, mas acredito que seja do conhecimento de mais pessoas. Diria que é das melhores séries deste ano da Netflix, mas é uma série diferente. Não acho que seja viciante, mas para quem é curioso sobre estes temas e quem procura ter mais conhecimento sobre eles, sim, é viciante e é uma série espetacular, muito bem retratada e interpretada por todo o elenco. Acho mesmo que a série transmite a mensagem mais pura e transparente de que nada é garantido, e que temos de lutar por tudo o que queremos, tal como Unorthodox. A série tem 10 episódios que duram aproximadamente 50 minutos.
Kalifat retrata uma mãe em apuros, uma estudante determinada e uma polícia ambiciosa, que se vêm envolvidas numa série de ataques iminente do Estado Islâmico cujo alvo é a Suécia. A série envolve várias pessoas com histórias diferentes, que acabam por se cruzar na iminência dos ataques planeados.
O que mais me chamou a atenção durante esta série foram as imagens da Síria e a história da personagem principal: Pervin, esposa de um membro do ISIS. Pervin é a mulher dividida entre dois mundos, a quem é oferecida uma oportunidade. Fátima, a polícia sueca, diz-lhe que poderá tirá-la da Síria de forma segura se ela descobrir e revelar informações sobre o Estado Islâmico. E, apesar do medo e de todas as dúvidas que surgem pelo caminho, ela nunca desiste de tentar, por ela e pela filha que é bebé.
O final não é feliz, mas também nos mostra que nem todas as histórias tem finais felizes, mas que é possível consegui-los.
Se tiverem curiosidade como eu, neste tipo de temas, de religiões, de culturas diferentes das nossas, se até tiverem dúvidas, como eu também já as tive, no que toca a estas temáticas, estas séries são brutais, e ensinam-nos muito. Primeiro, ensinam-nos que este ainda é o nosso mundo, e que os direitos humanos são violados todos os dias, que há populações que nem a isso têm direito. E, ensinam-nos que não podemos nunca desistir daquilo que sonhamos e daquilo que queremos.
Estas duas séries da Netflix contam-nos e mostram-nos duas mulheres, em países completamente distintos, com histórias e culturas completamente diferentes, que lutam e não desistem dos seus sonhos.
Deixo-vos os trailers das duas séries, caso estejam indecisos se devem ou não ver, que também podem encontrar no Youtube.
Opinião mais fresquinha era impossível, porque acabei de ver esta série há umas horas. Mas desvendo já a minha opinião e levanto já o pano, se não fosse a prestação maravilhosa e incrível do ator português Nuno Lopes, dizia que é das piores séries que já vi da Netflix.
Criei grandes expectativas em relação a este enredo, pela pontuação que a série tinha, por algumas opiniões que li antes de decidir vê-la, pela história da série e por saber que tinha interpretações portuguesas. Estava curiosa principalmente por isso, por ter atores portugueses, porque sou muito curiosa em relação a trabalhos de portugueses no estrangeiro, principalmente no que toca a televisão, cinema, teatro, e por aí fora.
Mas, as expectativas saíram-me completamente ao lado, exceto o maravilhoso trabalho do Nuno Lopes. A série conta também com uma participação mais secundária de Paulo Pires, mas passou-me ao lado, porque é o George Clooney português e foi precisamente isso que absorvi da personagem que ele interpretou.
Bem, a série passa-se em Ibiza, e Zoe Walker deixa para trás uma vida pacata e familiar em Manchester, para investigar o desaparecimento do irmão em Ibiza, onde acaba por se embrenhar no ambiente que conhecemos das noites de Ibiza. Basicamente, em Ibiza tudo é possível, fez-me até lembrar algumas passagens dos filmes “A Ressaca”, mas nada comparado, é só uma comparação pessoal.
A série tem 10 episódio, cada um de 45/50 minutos, e apesar de ter um argumento e um resumo muitíssimo interessante, acaba por cair no ridículo, porque o que seria a investigação de um homicídio, acaba por ser Zoe a descobrir o que não aproveitou toda a sua adolescência, e que o irmão o fez pelos dois.
Ao longo de 10 episódios não senti que a série me oferecesse algo de novo, bem pelo contrário, acontece o mesmo que em La Casa de Papel, os episódios finais desenvolvem-se a uma velocidade fulminante e a história fica resolvida. E foi isto que se passou com White Lines, o último episódio é o mais importante, ou seja, andamos ali 9 episódios que não acrescentam nada, e o final é tudo o que menos esperávamos, como se estivéssemos a ver uma novela mexicana.
Não gostei, fico a pensar se fui só eu, porque das críticas que li e da pontuação que a série tem na Netflix, fico mesmo a pensar isso. Das séries espanholas que tenho visto foi a que menos gostei, o realizador é o mesmo de La Casa de Papel e de Vis a Vis.
Vi nas novidades da Netflix esta série, li o resumo, nada de interessantíssimo, até porque é espanhola e não me apetecia ver mais séries espanholas, depois de La Casa de Papel e Vis a Vis, mas como andava numa de desanuviar e descontrair um bocadinho dos estudos e do trabalho, num momento de zapping fui lá parar.
Valéria é uma série espanhola da Netflix, baseada nos romances de Elísabet Benavent, tem 8 episódios de 45/50 minutos e conta a história de uma recém-escritora e do seu grupo de amigas.
A personagem principal, tal como o nome da série indica, chama-se Valeria, encontrava-se numa crise de escrita e, também, matrimonial, e apoia-se nas amigas, que também estão num processo de autodescoberta. Valeria casou muito cedo, era a única das amigas casada, e estava casada há seis anos. O casamento já tinha dado o que tinha a dar, e esse é um dos pontos de partida da história e também do processo de autodescoberta de Valeria.
A personagem principal acabou por me irritar um bocadinho, mas talvez por isso esteja muito bem interpretada, nunca vi outros trabalhos da atriz para perceber se é aquele o registo dela. A indecisão dela de tomar atitudes e decisões foi o que me irritou, mas também o que me prendeu à série. Faz-me confusão pessoas que pensam demasiado naquilo que querem dizer, e não dizem o que querem quando têm oportunidade, e esperam que os outros o façam.
A série não tem o argumento mais interessante de sempre, em termos de conteúdo não vamos aprender nada de novo, pelo menos não aprendi, mas é uma série levezinha, para passar o tempo, que não tem sido muito abundante por estes lados.
Recomendo para descontrair das preocupações gerais do dia-a-dia.
Tinha começado há uns meses a ver Orange Is The New Black, quando se começou a ouvir falar de Vis a Vis. Vi nos resumos que o conteúdo de ambas seria muito idêntico e, por essa razão, resisti. Preferi continuar a ver Orange Is The New Black, porque era uma série que estava há muito tempo na minha lista, e porque preferia ver a primeira série, a original, e formar uma opinião. Desisti de ver Orange Is The New Black há uns meses, porque a série é demasiado parada, as personagens não me cativaram minimamente, e já andava a forçar. Resisti a Vis a Vis da mesma forma que resisti a La Casa de Papel, e porque interiorizei que não gostava muito de séries espanholas, então decidi não tentar mais.
Em tempos de quarentena, com tempo livre a mais, porque durante o dia trabalho e estudo, e à noite gosto de desanuviar a cabeça, consegui convencer o moço a ver La Casa de Papel (cuja opinião está aqui), ele que não é muito dado a séries, gosta mais de animes, ficou entusiasmado, então não foi difícil convencê-lo a ver a Vis a Vis, porque andava curiosa com a série, sempre em comparação com Orange Is The New Black, e porque o irmão e a cunhada dele andavam a ver e deixaram aquela pontinha de curiosidade.
Pode conter spoilers.
Lá começamos a ver Vis a Vis mal acabámos de ver La Casa de Papel, e tenho a dizer-vos, que as duas primeiras temporadas são geniais, muitíssimo bem conseguidas, as personagens interpretadas são brutais, e todo o cenário e desenrolar da série é realmente muito bom. Mas, caímos no mesmo. A série tem 4 temporadas, não acho que as duas últimas acrescentem alguma coisa, ou que a história que trazem à série seja melhor que as primeiras, porque não é. É encher chouriços para ter audiência, é o que é. Primeiro porque afastam uma das personagens principais, não se entende bem o que lhe acontece, e a dúvida persiste durante o resto da série. Se era esse o objetivo, não sei, mas não gostei. Torna-se muito claro que afastam a personagem por outras razões, e podiam ter escolhido melhor final, ou podiam tê-lo justificado de outra forma. A personagem principal desaparece, e a série afunda-se, porque não se entende qual é a personagem principal, ou que rumo a série vai seguir. Até à terceira temporada sabíamos que havia ali uma personagem “central”, que tudo girava à volta dela, e a partir da terceira temporada isso deixa de se ver. Por outro lado, tentam dar protagonismo a personagens que passaram sempre despercebidas ao longo da série.
Nas duas últimas temporadas, gostei da evolução da Saray Vargas (Nairobi na La Casa de Papel), mas em contrapartida não gosto da evolução da personagem principal, da Macarena Ferreiro, ou seja, torna-se um pau de dois bicos, porque era na Macarena que estavam as principais expectativas. Não gostei que o final fosse tão centrado na Sole, apesar de ter gostado imenso da personagem e ter-se criado um carinho especial, não compreendi o episódio final ter-se focado tanto nela, e não nas restantes, porque gostava de ter visto mais enfâse na Macarena e na Zulema. Mas, mesmo estas duas últimas temporadas, tiveram passagens geniais, de parar o coração e de querer continuar a ver, só achei que inventaram um bocadinho de mais, não sei se haverá mais temporadas e aperfeiçoem alguns pormenores.
Assim em modo de conclusão, e como em tantas outras séries que tenho vindo a partilhar, as duas primeiras temporadas são geniais, não pensei que fosse gostar tanto, das duas últimas já não partilho da mesma opinião.
Ao contrário de La Casa de Papel, onde acho que Prision Break está muito melhor conseguida, Vis a Vis está muito melhor que Orange Is The New Black, e merece ser vista.
Bem, em estado de emergência e de quarentena, o que tenho feito, além de trabalhar e pôr os estudos em dia, cozinhar, arrumar, é ver Netflix. Acabei todas as séries que andavam em stand-by, fiquei sem séries para ver, vi dois filmes pelo meio, e comecei uma série nova, na qual estou um bocadinho viciada. Cá vai, então, a minha lista de séries para esta quarentena, para quem, tal como eu, está sem ideias do que ver:
Once Upon a Time – série antiguinha é verdade, já a tinha começado a ver há uns aninhos, mas depois parei porque perdi o interesse, e porque devo ter começado a ver outras que gostei mais. Comecei novamente a vê-la há uns meses, é uma série extensa (tem 7 temporadas), mas consegui acabá-la. Não viciei na série toda, acho que inventaram demais e acaba por ser mais do mesmo, mas precisava de alguma coisa assim na minha vida. É uma série cheia de fantasia e de histórias mal contadas, com muitas falhas pelo meio, nem toda a série é de qualidade, é verdade. Não é das minhas séries preferidas, pelo contrário, mas é uma série levezinha, para descontrair serve perfeitamente. A melhor temporada é a primeira, todas as outras são mais do mesmo.
How To Get Away With Murder – decidi dar uma segunda oportunidade a esta série, também há uns meses. Tinha começado a vê-la logo quando saiu, vi 8 episódios se não me engano, e nunca mais lhe pus a vista em cima. Há pouco tempo voltaram a recomendar-me e decidi dar-lhe uma segunda oportunidade. Comecei de onde tinha parado e vi-a todinha, viciei e estou arrependida de não a ter visto com mais calma, porque agora tenho de esperar por episódios e não gosto quando chega esse momento.
Suits – para quem gostar deste género de séries, é uma série de advogados muito engraçada. Tem momentos muito engraçados, adorei o Mike, não gostei da Rachel (personagem interpretada pela Megan Markle).
Riverdale – a primeira e a segunda temporada são muito boas, as restantes são o que acontece sempre, mais do mesmo, além de que envolve muita fantasia e não estou a gostar muito. Acabo por ver os últimos episódios quando não tenho mais nada para ver.
Academia Greenhouse – mais uma série de adolescentes, o meu tipo de série vá, mas que não é das minhas preferidas, mas acabou por me entreter. Os episódios são mais pequenos, o que fez com que a visse mais rápido.
13 reasons why – a primeira temporada é definitivamente a melhor, mas gostei mais da terceira temporada do que da segunda. A segunda não acrescente mais nada à história. Não é que a terceira temporada acrescente, por mim tinha acabado bem na primeira, mas gostei mais do enredo da terceira do que da segunda. Para quem estiver indeciso se vê ou não a terceira, recomendo.
Orange in the new black – ainda não acabei esta série, tenho de continuar a vê-la porque até estava a gostar. Não colei, mas até gostei da história e do elenco.
As telefonistas – esta foi a série que comecei a ver há 3 dias e já estou na 3ª temporada (no início vá). Não sou muito de séries espanholas, não costumo gostar muito. Não acabei La Casa de Papel por exemplo e tentei ver Elite e não me puxou, mas As Telefonistas foi outra conversa. Adoro a história e o contexto histórico. A história passa-se nos anos 20 e aborda os direitos das mulheres e a forma como eram tratadas, neste caso em Espanha. Revolta ver determinadas passagens, mas é bom entende-las historicamente e ver a forma como as mulheres eram tratadas há alguns anos atrás. Está muito boa a série, além disso sou Team Francisco sim? Nada de Carlos para estes lados, não gosto dele.
Em relação a filmes, vi estes dois na Netflix:
Fala-me de um dia perfeito – já li algumas opiniões muito boas, já sei que existe livro também, e li que o filme está muito fiel, mas sinceramente não gostei. Ou não entendi a mensagem do filme, ou não gostei mesmo. Gostei muito da interpretação da Elle Flaning à Violet, mas nada mais que isso.
5ª vaga – a história é boa, o filme está mal concretizado. Aliás, não é o estar mal concretizado (também está atenção!), é a falta de originalidade e o tornar-se semelhante a tantos outros do mesmo género. Mas, não estudei bem o filme que queria ver, vi o primeiro que me apareceu, não podia pedir muito.
Estas são as séries que tenho andado a ver, como prevejo ver as Telefonistas de forma rápida, porque é a única que estou a ver de forma consistente, aceito recomendações. Tentei ver No Meu Bairro, Dinastia, Peaky Blinders (que vou tentar outra vez), Love is Blind, Ana com A (também vou tentar novamente) e nenhuma destas me puxou.