Que bem que soube!
Os privilégios de morar bem pertinho da praia em dias como o de ontem!
Todas as fotografias são da minha autoria!
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Os privilégios de morar bem pertinho da praia em dias como o de ontem!
Todas as fotografias são da minha autoria!
Pequenas coisas da minha santa terrinha.
(são fotografias da minha autoria)
Vila Chã-Vila do Conde
Todos temos o nosso sitío preferido neste mundo e, o meu é este. É onde encontro o equilíbrio que tanto preciso e, onde consigo pensar como deve ser. É um sitío lindo, repleto de uma magia que só quem conhece consegue explicar.
(As fotografias são da minha autoria)
Estou à mais de duas horas com este separador aberto, com ideia do que vou escrever, mas sem saber como começar. Parece que já comecei, o segredo está se vou conseguir continuar até ao fim. Desejem-me sorte. À um par de dias que quero escrever sobre isto, que todos os anos, por esta época, me invade os pensamentos, o coração.
Não sei se alguma vez por aqui disse que morei mais de quinze anos perto do mar. Mesmo em frente ao mar, dizendo melhor. Guardo inúmeras recordações de infância, até porque cresci ali, naquele sitío, longe do mundo. Não creio que muitas pessoas possam dizer isto e, ás vezes, não sei até que ponto não fui uma sortuda por isso. Tenho, sobretudo, saudades de ouvir o mar, de adormecer a pensar no mar e, sonhar com isso. Quando era criança era muito imaginativa, adorava histórias, inventava as minhas próprias histórias, vivia na minha própria história.
Todos os anos, desde que tenho memórias, quando chegavam os primeiros raios de sol, o meu pai levava-me ,todos os dias, a molhar os pés, a correr na praia, a jogar bola ou, simplesmente, a apanhar beijinhos e búzios. E, é disso que tenho saudades. Tenho saudades de ter aquele mundo à frente dos meus olhos todos os dias.
Sei que fui uma sortuda, que sou aliás uma felizarda. Mas, não consigo conter as saudades do cheiro, do barulho, das ondas, de tudo. Guardo um respeito e um carinho inagualáveis por aquela força da natureza, vi muita coisa, tive medo muitas vezes, mas sempre soube que se o tratasse bem, ele não me fazia mal. Foi isso que me ensinaram, Na minha ingenuidade infantil, fazia conchinha com as minhas mãos, enchia-as de água, dava-lhes beijinhos e, despejava a água. Dizia-lhe que gostava muito dele e, despedia-me. No dia seguinte, sabia que voltaria a fazer o mesmo.
É este sentimento que falta a muitas pessoas, este respeito, ou até medo, como muitos lhe chamam. Um dia, talvez mais próximo do que aquilo que penso, quero que os meus tenham a mesma sorte. E, quero continuar a minha vida perto dele, porque sei que lá sou feliz, é o ar que respiro e, que tão bem me faz.
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