Há muito que quero escrever algo do género, mas vou deixando sempre para segundo, terceiro plano, e quando quero nunca me sai nada de jeito, então não publico. Mas, de há uns tempos para cá, algo me anda a fazer muita confusão, e é a forma como a generalidade das pessoas utiliza a internet, mais especificamente o Facebook e as redes sociais. Quero então partilhar algumas dessas coisas, que a mim, particularmente, me fazem confusão.
Perfis de casais. Não entendo. Nem me vou alongar muito porque cada pessoa utiliza o Facebook e as redes sociais da forma que quer e bem entende, não implica que não me faça confusão, a mim e a muitas outras pessoas creio. Principalmente, quando até são casais nossos amigos. E quando publicam ou comentam alguma coisa, é suposto adivinharmos quem está a fazê-lo? Ou é suposto eles assinarem, por exemplo “ass. Manuela” ou “ass. Joaquim”, isso é muito da terceira idade, ou é só a minha opinião? Se estiver sozinha nisto digam-me por favor.
Pessoas que só lhes falta publicar que vão ou estão na casa de banho, ou que vão ter um momento intimo com alguém. Acreditem que no meu feed do Facebook, do instagram e então das histórias do instagram é bem possível encontrar coisas parecidas.
As redes sociais e a internet de uma forma geral têm muitas vantagens e mais-valias, é um facto, pelo menos para mim, mas não precisam publicar 50 vezes a mesma fotografia ou a mesma coisa porque é muito cansativo. Ah! Isto serve para minha mãe inclusive, mas não há nada que lhe diga que a faça mudar de ideias, já desisti entretanto.
As mensagens correntes já são um bocadinho antigas e não é nada agradável receber mensagens dessas às 04.00h e acordar com o “plim” do Messenger. Sim, porque nunca ponho o telemóvel em silêncio porque acordo com o despertador. A solução para essas pessoas, com muita pena minha, ou não, inclusive para a minha futura sogra, foi bloquear as mensagens, assim não me chateiam. A minha mãe perdeu esse vicio que tanto me irrita.
As caixas de comentários das redes sociais servem para muito mais que criticar, espezinhar e por aí fora. Quanto mais não seja para nada dizer, e estarmos no nosso cantinho. É que é irrisório todo o preconceito, machismo, e esses sentimentos todos maus, que ainda existem hoje. Fico assustada quando leio algumas coisas, é de cortar a alma mesmo.
Não se escondem atrás de perfis anónimos, ou sem fotografia. É a maior cobardia, mas ainda há pessoas que só o sabem fazer assim, e não há nada a fazer, só aprender a lidar com isso.
A internet e as redes sociais servem para muito mais que isto, inclusive o youtube e por aí fora. A internet tem muito mais a oferecer.
Acredito muito que as redes sociais têm muitas vantagens e eu sou uma apaixonada nata por elas e uso-as muito. Comecei por dar a devida importância ao Facebook quando um grupo de alunos da minha faculdade criou um grupo a que chamamos o grupo de alunos, onde se tira dúvidas e se partilha tudo, desde apontamentos, resumos, exames anteriores, correções de exames, tudo o que, às vezes, os professores não disponibilizam. Muitas vezes, apetecia-me eliminar o meu Facebook e pensava duas vezes por causa disso, porque, efetivamente, partilha-se muito material útil e interessante. E, além desta, sei que o Facebook e as restantes redes sociais têm muitas outras vantagens. A partilha é tão grande que conseguimos descobrir eventos, promoções, descontos, que de outra maneira demoraríamos muito mais a descobrir ou que se calhar nem saberíamos.
Por outro lado, apercebo-me muitas vezes que muitas vezes pessoas não sabem estabelecer uma linha entre o partilhar tudo e partilhar o essencial, e depois falasse da privacidade, que as redes sociais vieram destabilizar muito esse conceito. Mas, sejamos sinceros: cada um partilha o que quer, correto? Ninguém se pode queixar disso, no meu Facebook e nas redes socias que utilizo, está aquilo que eu quero que esteja, nada mais. Acredito que seja difícil estabelecer essa linha, mas é possível. Através do Facebook descobri muitos amigos que não via há anos, amigos do ensino básico, do ensino secundário, professores com os quais não falava há anos, amigos de infância que seguiram caminhos totalmente diferentes dos meu, e isso, para mim, é a grande vantagem das redes sociais
Faz-me uma certa comichão quando não se estabelece essa linha, entre o pessoal e tudo o resto. Das muitas coisas que não percebo, principalmente no Facebook, uma delas é a partilha de ecografias dos bebes sabem? Não consigo perceber, até tento, mas não consigo perceber qual é a necessidade de se colocar no Facebook a primeira, a segunda, a terceira ecografia que se faz quando se está grávida. Não é demasiado pessoa? É só para mim? Também podia ir para o Facebook partilhar os diversos exames que faço, os resultados das minhas análises ao sangue, o resultado da ressonância magnética que fiz, e afins, mas qual é mesmo a utilidade? E, não estou a criticar, tento sempre não o fazer porque, lá está, cada um partilha o que quer e o que não quer. Se calhar também partilho coisas que outras pessoas não entendem.
Mas, acho que, como em tudo na vida, é fundamental aprender a separar linhas nas redes sociais, do que se partilha. Alguém concorda comigo?
Já tinha criado um instagram para o blog há algum tempo, mas nunca lhe dei a devida atenção. Hoje, num momento morto, decidi que lhe devia alguma atenção e como tenho gostado imenso de navegar no instagram, acho que substituiu o facebook e é a nova rede social com todo o mérito e lá coloquei tudo em ordem, de modo a começar a partilhar por lá algumas coisas.
Sendo assim, já está ali no cantinho das redes sociais o link direto para o instagram do blog e deixo-o aqui. Mais uma étapa para este cantinho tão especial.