Bem sei que 2019 já começou há uns dias, mas nunca é tarde.
2019 promete ser um ano muito positivo, também vou fazer por isso, trago comigo algumas das resoluções e dos objetivos de 2018, e tenho outros novos para este ano. Tenho grandes e pequenas resoluções para este novo ano, novos objetivos e desafios, novos sonhos, e querendo ser realista cá vão elas:
Tornar-me finalmente advogada, se passar no exame final em junho e acabar com estes horrores de ser estagiária, que já está a dar comigo em doida, e começar a pensar no a seguir, porque não é só passar no exame.
Conseguir viajar pelo menos 3 vezes, se forem duas já não me queixo, e uma dentro do nosso país, e conhecer novos países, cidades e sítios. Estou a planear uma viajem à Polónia já para o inicio deste ano, estou muito curiosa para visitar Cracóvia e os campos de concentração. Esta viagem foi fazê-la com uma amiga à partida, e com o L. estamos a pensar visitar a Eslovênia e a Croácia, mas ainda andamos a estudar as melhores opções e os melhores preços, também é uma opção ficarmos só pela Eslovênia.
Tirar um curso de inglês como deve ser e quando digo ‘como deve ser’ é um curso intensivo, onde possa aperfeiçoar as técnicas, o vocabulário, onde aprenda a sentir-me mais à vontade com esta língua, que me dê um certificado para o currículo e que me abra portas novas.
Começar a praticar exercício físico, e estou a pensar inscrever-me na natação. Pratiquei natação durantes longos anos, nunca foi um desporto que me motivasse, mas na falta de mais tempo e pela necessidade de praticar desporto, vou apostar nisso. Ando a tentar convencer o L. a vir comigo, mas ele ainda tem menos tempo que eu.
Ir a um festival de verão que já sei qual é e investir mais na minha cultura: concertos, teatro, cinema.
Renovar aos bocadinhos o meu armário. Já destralhe quase tudo, mas a partir de agora quero apostar apenas em roupa que precise para trabalhar e para a minha profissão. Deixei de ter peças de roupa ‘só de andar em casa’, ou ’só de fim de semana’, porque só ocupa espaço e só me faz ter vontade a vestir, o que não pode ser.
Continuar a poupar, ando a meter de lado 5€ por semana, ou seja 20€ por mês, além das outras poupanças que já tinha, e tem corrido bem.
O maior objetivo deste ano é conseguir o meu espacinho com o L., não sei se estou a ser muito ambiciosa, mas estou com esperança e com um feeling que é este ano, e vamos lutar muito por isso.
Além destas que são as resoluções maiores, decidi este inverno, tentar não me dar tanto ao frio e tomar medidas neste sentido. Estas medidas passam principalmente por dormir com menos roupa e andar com menos roupa no meu dia-a-dia, optar mais por lenços e cachecóis do que por golas altas, e para já tem corrido bem, tenho-me sentido bem, não tenho sentido frio e ainda não fiquei doente este inverno.
Ler e escrever mais, vamos lá ver se é este ano. Não cumpri o objetivo de ler mais em 2018, mas vou tentar novamente em 2019.
Ver mais filmes.
Tudo parece alinhado, com força, dedicação e muito esforço, espero que as coisas se alinhem e espero cumprir todos os objetivos.
Os 26 já vão há uns meses e este género de post já está a ser pensado há muito mais tempo que isso, basicamente desde o inicio do ano de 2018, mas não o consegui para os meus 26 anos, que foram em Agosto e queria muito fazer algo do género, então decidi juntar com tudo o que fiz e aprendi em 2018, e talvez para o ano consiga dos 27.
2018 foi um ano bastante positivo, contrariamente ao que eu pensava, porque 2017 já tinha sido muito bom, 2018 conseguiu ser ainda melhor, com muito esforço, dedicação e muito amor envolvido.
Luxemburgo, Malta, Bérgamo, Barcelona
Em 2018, visitei 4 países. Malta foi uma lufada de ar fresco, e foram as férias que tanto precisávamos. Foram umas férias a dois, sem confusão, sem preocupações, só os dois, e foi mesmo muito bom. Adoramos Malta, e deixei aqui a minha opinião. Na ida para Malta, fizemos escala em Bérgamo, uma escala pequenina, mesmo muito curta, mas decidimos arriscar ir conhecer a cidade e não nos arrependemos. Pousamos, pela primeira vez, os pés em Itália e não desiludiu. Foi uma visita muito curtinha, só deu tempo de darmos uma voltinha e tomarmos o pequeno almoço, mas deu para respirarmos o ar italiano e não ficarmos presos no aeroporto. Estivemos, sensivelmente, 45 minutos em Bérgamo, mas foi toda uma aventura de autocarro, com a mala atrás, e não nos entendemos muito com o sistema de transportes públicos italianos. Ficamos com muita vontade de voltar e de conhecer mais, ficará para uma próxima vez. Mas, adoramos quando temos oportunidade de, através de escalas, conhecer mais uma cidade, ou uma parcela muita curta dessa cidade.
Barcelona foi a minha primeira aventura sozinha fora do nosso país, e depois de todo o nervosismo e ansiedade nos dias anteriores, foi maravilhoso viajar sozinha.
Luxemburgo foi uma pequena surpresa. Não levava grandes expectativas e surpreendeu-me. É um país pequeno, mas com muito para conhecer e muito bonito, e muito ficou por conhecer, mas esperamos ir lá os dois e ficar mais uns dias para conhecermos mais.
Aos 26 anos, ainda só fui a 7 países europeus (os quatro mencionados em cima, a França, Alemanha, e umas quantas vezes a Espanha, país que já conheço as duas cidades principais e uma das ilhas (Palma de Maiorca), uma das qual a capital - Madrid e Barcelona) e o meu feedback é que Barcelona vale muito mais a pena.
Kodaline, no MEO MARÉS VIVAS – em 2018 consegui cumprir mais um sonho e riscar mais um da minha enorme lista, que foi ouvir uma das minhas bandas favoritas ao vivo, os Kodaline. Foi das melhores experiências, por mim ouvia-os todos os dias ao vivo, não desiludiram de todo, e foi o melhor dinheiro gasto. Ainda consegui ver 20 minutos do concerto da Carolina Deslandes, infelizmente chegamos atrasadas, queria muito vê-la, mas é um desejo que se mantém para 2019.
Desconcerto no Teatro Sá da Bandeira. Foi uma parte da prenda de anos do L., que faz anos em abril, e mal vi a publicação do Desconcerto, numa data que podíamos ir os dois, decidi fazer-lhe a surpresa, e que bom que foi. Estes momentos a dois são deliciosos e ficam na nossa memória porque são queridos, e quem nos dera ter mais, porque adoramos fazer estas coisas. A prenda saiu-me mais cara do que contava, porque quando fui comprar já estava tudo esgotado, ficamos então com lugares privilegiados, porque ainda assim eu decidi comprar, e valeu TANTO a pena.
Aos 26 anos, já vi alguns dos meus artistas preferidos ao vivo, nacionais e internacionais, mas ainda me faltam uns quantos. Vi o Miguel Araújo e o António Zambujo duas vezes, já vi o Rui Veloso, os Anjos, o David Fonseca, os Xutos e Pontapés mais que uma vez, o Seu Jorge que foi uma grande desilusão, os Azeitonas, a Carolina Deslandes (apesar de ter sido só 15 minutos do concerto), os Kodaline que referi em cima, e devo-me estar a esquecer de alguns.
Inicio do estágio. Foi uma das etapas que mais marcou o meu ano, começou mal, mas obrigou-me a crescer, e está a correr bem, apesar de todas as dificuldades e de toda a desmotivação, tem sido melhor que os primeiros meses. Agora o que me preocupa é o exame.
Destralhar. Esta sim, foi daquelas decisões que nunca pensei conseguir tomar. Foi uma decisão daquelas bem grandes e muito boas. O próximo passo é não acumular outra vez e esse é um objetivo para 2019. Livrar-me de tudo o que for inútil. Peso extra atrasa e muito, este foi e é o lema deste processo.
Poupar. Sempre fui uma pessoa poupadinha ou sempre tentei, mas nem sempre é possível. Trabalho há anos, desde os meus 16 anos, e não tenho um pé de meio, nem um mealheiro. Comecei a fazer isso este ano, e é para continuar nos próximos anos. A ideia é sempre poupar mais e arranjar outras formas de poupar, sozinha e a dois.
Organização. Criei metas de organização, como ter uma agenda organizada para a minha vida profissional e pessoal, e tenho uma agenda do blog, onde vou tentando organizar os posts, o que quero escrever, os dias, as horas. E tento ver as agendas todos os dias, apontar tudo direitinho, para não me perder, fazer o que a Cláudia refere, tirar todos os dias um tempinho para rever a agenda.
Gestãode tempo. Deixar tudo para a última da hora nunca foi opção, sempre ouvi que a pressa é inimiga da perfeição. Claro que no meio de uma semana cheia de tarefas e mil-e-uma-coisas para fazer é impossível não existir uma coisa que fique para último, mas aprendi que uma boa gestão de tempo é o segredo de muita coisa.
Viajar sozinha. Em 2018 e aos 26 anos consegui ter a experiência de viajar sozinha, e é para repetir. Ando a pensar experimentar a Polónia, mais concretamente Cracóvia, porque queria visitar os campos de concentração. Não sei se sozinha será uma opção, mas na falta de conciliação com o L. estou tentada.
Viajar a dois. Aos 26 anos já fomos juntos a Palma de Maiorca, Madrid, Bérgamo e Malta, e é maravilhoso ter a companhia dele. Entendemo-nos mesmo muito bem e é sempre uma aventura.
Aos 26 anos, já viajei a dois, sozinha, com amigos e com os meus pais, e espero ter oportunidade de voltar a viajar com os meus pais, ou com a minha mãe. Quem sabe não será a prenda de anos dela.
Tempo sozinha. Também já é uma meta pessoal com alguns anos, mas 2018 foi um ano de muito crescimento pessoal e como tal o meu tempo sozinha foi essencial para isso. Aprendi que sozinha sou capaz de muito mais, tornei-me mais confiante e segura daquilo que sou e daquilo que quero, das minhas opiniões e da minha forma de estar. Aprendi a desenrascar-me sozinha e a fazer algumas coisas sozinha, e não me sinto triste por causa disso.
Cuidar de mim e tratar de mim e do meu corpo.
Afeiçoamento físico e emocional. Em contrapartida de tudo e mais alguma coisa e como todos levamos umas patadas de vez em quando por esperarmos muito das pessoas, tentei combater essa minha inocência, que há de ser sempre um dos meus principais defeitos. Quem me conhece bem sabe que sou ingénua, posso não parecer, mas sou e há quem se aproveite disso.
Aos 26 aprendi a pedir desculpa e a deixar o meu orgulho muitas vezes de lado.
Dizer não sempre que necessário e deixar os fretes para outros.
Aprendi a pedir ajuda sempre que preciso.
Aos 26 anos posso dizer que sou tia de uma princesa muito gira, que tem quase 3 aninhos, e que a adoro mesmo muito.
Não contar tudo a toda agente, o melhor da vida, os melhores momentos e os melhores segredos ficam para nós e para quem nos ama e nós amamos.
Ter mais calma. Mais do mesmo. Tentei tornar-me uma pessoa mais calma, menos explosiva e impulsiva, e a minha maior inspiração foi o L. Tentei passar essa minha calma às pessoas que me são mais próximas e os reflexos são muito claros.
O tempo em família, namorado e amigos. Os amigos são mesmo muito poucos, por isso o mais importante foi mesmo colmatar os momentos em família e com o meu namorado. E foi muito bom. 2018 será certamente um ano de memórias muito boas e momentos muito bons.
Sonhar e ser ambiciosa. Não faz mal nenhum ser sonhadora e ambiciosa, bem pelo contrário, só quero ser mais e melhor, não me conformar com o que tenho, querer sempre mais não faz de mim melhor ou pior pessoa, só luto por mim e pela minha vida.
Levei a minha mãe a ver um jogo do Porto no Estádio do Dragão e foi muito engraçado. Rimo-nos muito as duas.
Além disso, fui duas vezes com o L. ver o Porto a jogar, uma delas foi um jogo da Liga dos Campeões, em Novembro. Não sou nenhuma entusiasta do futebol, só gosto do Porto e do Rio Ave, e nunca tinha ido ao Estádio do Dragão. Estreei-me com o L. a ver o Porto a perder.
Fiz a diferença na vida das pessoas que me são próximas e incentivei-as a serem melhores. Tenho a certeza que fiz a diferença, incentivei a minha mãe a viajar pela primeira, e ela foi toda contente realizar sonhos a Paris e à Disney Land, coisa que eu ainda não tive oportunidade de fazer. Depois dessa, foi toda feliz ao Luxemburgo, e já diz que quer ir à Madeira com o meu pai, e que quer ir comigo a Londres ou não sei onde. Agora ninguém a para e nós é que a aturamos.
Ouvir os meus pais e aprender a comportar-me de forma a eles me ouvirem também. Ou seja, tornar-me adulta.
Tornei-me uma pessoa mais emotiva e transparente e isso tem coisas boas e tem coisas más. Deixei de esconder os assuntos que mexem comigo, se tenho de chorar choro e se tenho de me sorrir sorrio.
A vida não é fácil, mas pode ser maravilhosa. Nem tudo é fácil, mas se lutarmos por aquilo que queremos, torna-se mais fácil e quando conseguimos torna-se maravilhoso. Deixei de esperar pela sorte da vida e que a vida faça tudo por mim, se eu não fiz, não posso esperar que ninguém faça, depende de mim e só de mim.
Reclamar menos e viver mais. Isto refletiu-se, principalmente, em casa. Tentei não me chatear com tudo e com todos e viver mais com eles e por eles. E, sim, foi muito bom, isso permitiu-me ver mais além.
Fazer as pazes com o passado e viver o presente. À medida que fui destralhando muitas coisas que tinha em casa, a lei do desapego venceu, e livrei-me de muitas memórias passadas que tinha, porque não me trazem nada ao presente, são só isso mesmo, memórias e recordações.
Em 2018 perdi dois amigos próximos, e vi dois dos meus melhores amigos a perderem o pai. Nunca pensei que estas perdas fossem mexer tanto comigo, mas mexeram mesmo, o L. chegou a preocupar-se, porque foi tudo muito seguido e ninguém estava preparado para tal. Os primeiros foram desaparecimentos muito repentinos e dolorosos, e a primeira amiga que morreu senti e sinto mesmo a falta dela, porque era uma pessoa por quem tinha uma afeição e um respeito muito especial. O Natal está a chegar e vi-a sempre esta amiga no Natal, e sei que, tal como em todos os jantares de família, vai-me fazer confusão não a ver e ouvi-la. Espero estar preparada, temos de fazer por isso. Está quase a fazer um ano, mas antes de fazer um a afilhada do L. ainda faz 3 aninhos e é também o que mexe connosco. Mas, vamos fazer por isso, o L. é mais racional nestas coisas e consegue apoiar-me muito felizmente, foi sempre o meu apoio porque não desanima tão facilmente. Vamos tentar e vai correr bem, tenho a certeza.
Não pensar muito no futuro. Há quem me diga que estou demasiado tranquila com o futuro, e que devia ter mais pressa, não concordo. Andei com muito pressa durante muito tempo e sabem o que é que isso me trouxe? Frustração. Todos os dias me sentia frustrada e desmotivada por não conseguir, por lutar tanto e não conseguir chegar onde queria. Então, mudei essa minha forma de pensar. Acredito que se lutar cada coisa acontece a seu tempo.
Não pensar na vida dos outros, nem comparar com a minha. Nunca fui muito de fazer isso, mas o pouco que fazia deixei de o fazer. O que os outros têm, sorte a deles, tenho mais sorte por ser quem sou e por ter o que tenho.
Ser responsável pela minha felicidade, mais ninguém o será.
O que as outras pessoas pensam não me interessa. Nunca interessou na verdade, e deixou de interessar menos. Passei a viver mais para mim e para os meus.
O melhor ainda está por vir. Disso tenho a certeza, que ainda tenho muitas coisas para viver e que o melhor ainda por vir, e que vem aos bocadinhos.
Viajar é das melhores coisas do mundo. Adoro viajar, é mesmo das melhores coisas do mundo. O mundo tem tanto para nos oferecer e tanto para conhecer, é só perder o medo e abrir a mente.
Aceitar quem sou e não ter vergonha de mim. Tive muitas situações ao longo do ano em que tive medo e vergonha de dar uma opinião minha ou de mostrar quem sou.
Não confiar tanto nos outros e não esperar tanto deles.
Não descarregar as frustrações nos mais próximos, e fazer exatamente o contrário: dar o melhor de mim, a quem me dá o melhor de si. Normalmente, descarrego as minhas frustrações e os meus problemas naqueles que me são mais próximos, como os meus pais ou o L. E estou a tentar deixar de o fazer, porque eles não têm culpa nenhuma de um dia ter sido mau, ou de estar cansada e chateada.
Pessoas que conheci. 2018 permitiu-me conhecer pessoas maravilhosas e aproximar-me de amigos com quem não falava há muito tempo.
Tornei-me mais frontal, e transparente. Não consigo esconder emoções, posso conseguir com palavras, mas os meus olhos falam, e não consigo evitar. Tento, mas não consigo.
Pensar positivo sempre. Tentar, pelo menos, o primeiro passo está dado, e os outros virão, sempre com pensamento e com energias positivas.
Acho que já chega. 2018 foi realmente um ano muito positivo, estou muito feliz daquilo que consegui e naquilo em que me estou a tornar, e não podia estar mais orgulhosa disso. Apesar de parecer ser tudo muito centrado em 2018, este foi, se calhar, dos anos mais importantes e especiais dos meus 26 anos.
Falta pouco para o ano acabar e, como tal, decidi fazer um apanhado do ano que passou e dos últimos 12 meses de 2018. Tenho um conjunto de posts sobre isso, mas todos sobre questões diferentes, que espero publicar ao longo deste mês, sobre 2018.
2018 foi um ano muito positivo, principalmente, se pensar na maneira drástica como ele começou e nos seus primeiros dias caóticos. Comecei o ano com um acidente de carro, no dia 4 de Janeiro (o primeiro dia de estágio oficial e a caminho do mesmo), com culpa ainda por cima. Mas tudo se resolveu pelo melhor, mantive a calma, consegui que a minha mãe também a tivesse e correu tudo bem e tudo se resolveu de forma rápida e positiva. Em inícios de Janeiro de 2018 tive imensos problemas no escritório onde estava a estagiar, nada de novo e nada que eu já não soubesse, só pensei que conseguisse aguentar até ao fim do estágio, o que equivaleria a 18 meses (o tempo todo do estágio), o que se tornou impossível. Foi uma altura mesmo difícil, sinceramente, em que me deixei ir muito abaixo e até ver o assunto resolvido só chorava. Os meus apoios foram os meus pais e o L., que coitados, já não sabiam o que haviam de me fazer.
Depois deste muito pequeno resumo, achei que devia começar este último mês de 2018 por pensar nas minhas melhores decisões de 2018 e refletir sobre isso, saber o que quero levar para 2019 e o que podia ter feito diferente em 2018.
A primeira dessas decisões, se não a mais importante, foi terminar com o sufoco desse estágio. Falei dele aqui e foi esse término e ao mesmo tempo inicio que me fez falar sobre a saga de um estágio em advocacia por estes lados. Foi das minhas melhores decisões, só me fez bem, foi um grande alivio saber que não tinha de ir para lá, e que já podia respirar e sentir-me à vontade noutro sitio.
A segunda dessas decisões foi afastar quem não me faz bem, quem pesa o meu tempo e a minha paciência. Também falei disso aqui , sobre as minhas dúvidas se seria egoísta não querer partilhar o meu tempo e o meu espaço com quem sentia que não me trazia energias positivas. Passei a preferir estar sozinha, do que mal acompanhada, ou acompanhada por quem não quero. E, todos perto de mim se aperceberam dessa mudança e dessa decisão. Cresci nesse sentido, estar sozinha não significa ser solitária, bem pelo contrário.
Destralhar. Posso também afirmar que foi das melhores decisões de 2018, ainda não acabou, mas estou muito feliz com tudo o que consegui até aqui e com o que vou conseguir. Um passinho de cada vez e devagarinho chego ao longe. Mas, esta decisão trouxe muitas coisas à minha vida. Deixei de sentir o ar do meu quarto tão pesado, tão carregado de coisas, de memórias passadas, de objetos que já não me diziam absolutamente nada. Hoje é maravilhoso entrar no meu quarto, encontrar o meu espaço de estudo/trabalho, ter espaço para o que preciso, e não ter tudo sobrecarregado.
Ter mais calma na vida. Nem sempre fui muito calma, tiro isso à minha mãe, que é a pessoa mais stressada que conheço, embora mais calma nos últimos anos, porque o coração assim o exige. Desde que o L. entrou na minha vida, que senti a calma e a descontração dele a se refletir nos meus dias, e isso é maravilhoso. Deixei de me chatear com tudo e com nada, e quando, eventualmente, me chateio com alguma coisa, ninguém precisa saber disso. Além disso, deixar de ter pressa na vida, porque isso só traz problemas e preocupações. As coisas acontecem a seu tempo, e não adianta de nada ter pressa com tudo, porque isso só me vai frustrar.
Poupar, ou tentar poupar. Foi um dos meus lemas de 2018. Em 2017 tinha conseguido, mas face a despesas pontuais acabei por precisar mexer no dinheiro das poupanças. Este ano prometi que ia tentar não o fazer, até ser o último recurso. Consegui também convencer o L. a pouparmos juntos, embora isto já tenha começado em 2017. Este ano já conseguimos ir de férias com o dinheiro das poupanças, não todo como é lógico, mas conseguimos pagar uma boa parte com ele, e mantemos essa tradição. Conseguimos ainda poupar um montante fixo por mês, que acordamos os dois, e nesse dinheiro não mexemos para nada, é o nosso pé-de-meia para quando nos quisermos juntar.
Comprar para substituir, comprar só o necessário, não comprar por impulso, e pensar bem quando compro. Este foi um dos passos para as poupanças, foi uma decisão muito bem tomada e que me ajudou ao longo do ano, permitiu-me analisar bem aquilo que compro, e permitiu-me poupar bastante.
Mais tempo com a família, namorado e amigos. Decidi não me preocupar tanto com os problemas da família, deixar de me chatear que aquela ou aquele entrou no meu quarto e pegou numa ou noutra coisa. Claro que me aflige, mas senti que andava constantemente chateada em casa, e isso estava a incomodar-me. Senti que foi uma boa decisão, que me ajudou a manter a calma e melhorou bastante a minha relação com os meus familiares. Depois disso, decidi que, sim, o tempo com eles é importante, daí a minha decisão de ir com os meus pais ao Luxemburgo, porque eles não são muito de sair do país, então ou era ali, ou podia não ser mais.
Estas foram as minhas melhores decisões, entre muitas outras como é claro, mas as principais. Orgulho-me um bocadinho quando penso nelas e quando me apercebo de onde estou e onde cheguei.
O ano que está a acabar trouxe-me muitas coisas boas, o balanço é muito positivo, e por isso levo muito dele para 2018. Mas, para 2018 tenho mais objetivos, que espero que sejam cumpridos. 2017 ensinou-me (quase que me forçou vá!) a olhar para a vida de forma diferente. Isso já vinha de anos anteriores, mas cresci muito em 2017.
Desta forma, os meus objetivos, pessoais e materiais (aqueles objetivos materiais que nos influenciam a nível pessoal) para 2018:
O L. Conseguimos muito em 2017, através do diálogo, da cumplicidade, dos olhares que se cruzam e dizem tudo, dos abraços e dos mimos que se oferecem sem se pedir nada em troca. Ultrupassamos alguns obstáculos, sobretudo, relacionado com familia e, sempre através do diálogo, o que espero que continue em 2018. Começamos a pensar em poupar, pensamos juntos em soluções para isso, porque não é fácil e começamos, novamente, juntos, a fazê-lo, para alguma coisa nossa que não sabemos, concretamente, o quê mas alguma deve ser. A ideia passa por termos um mealheiro, por mais pequeno que seja, para o futuro. A ideia inicial seria para férias, mas não sabemos se o será, porque a ideia era ser uma poupança mais a longo prazo. Numa primeira fase, decidimos ter uma caixinha (a dele é mesmo um mealheiro) os dois, nos nossos quartos, onde sempre que podemos colocamos trocos. Cada um faz a sua gestão e quando vamos um a casa do outro pomos na caixinha um do outro, porque depois juntamos tudo noutro potezinho. Pode parecer pouco, na verdade não é muito, mas é um inicio e o L. comprou um carro recentemente (o ano passado) pelo que não se quer arriscar muito por enquanto, porque tem os objetivos dele quanto ao pagamento do carro e isso está em primeiro lugar. Inicialmente, só tínhamos o mealheiro em casa dele, mas como raramente ia lá, acabamos por perceber que seria melhor ter o meu, se não a fatia maior seria sempre dele. Tenho-vos a dizer que começamos em finais de setembro, quando chegamos de férias, e no espaço de 1 mês e meio, contamos a primeira vez em finais de outubro/inicio de novembro, conseguimos 80€, o que achamos que era muito bom, para o lapso temporal que foi. Quando falamos a primeira vez nisto, pensamos abrir um conta bancária os dois. A ideia acabou por não se concretizar porque temos os dois despesas todos os meses, ele com o carro e eu com livros e faculdade, então optamos por fazê-lo mais tarde, até porque eu ainda não tenho qualquer tipo de rendimento, o que tornaria a ideia mais complicada. Mas, andamos felizes com esta poupança bébé, que não sabemos para o que será, mas será para algo nosso, o que me deixa de coração cheiro. Combinarmos contar a próxima vez dia 31 ou dia 1 para começarmos bem o ano.
A poupança não foi só em conjunto, foi minha também. Tenho feito um grande esforço para me controlar nas minhas compras estúpidas e banais. Nunca fui de gastar muito dinheiro, mas há aquelas coisas que compro só por comprar, porque gosto, me faz sentir bem, mas depois tem consequências quando vejo o dinheiro que tenho. Entre essas coisas: compro sem pensar material escolar (canetas, post-its, marcadores, sublinhadores, cadernos, blocos de notas, capas e capinhas, folhas pautadas, blocos de folhas brancos, etc.) e são coisas que estou sempre a usar e que gasto imenso, principalmente, post-its, marcadores e sublinhadores, mas tenho de me controlar, porque não preciso estar sempre a comprar. Tenho de aprender a gastar o que tenho e só quando precisar mesmo é que vou comprar; Vernizes, tenho imensos vernizes em casa e não preciso, porque não dou uso a metade deles, uns estragam por estarem tanto tempo sem ser abertos e outros secam, e acabo por usar sempre os mesmos, porque são os que mais gosto e os que me duram mais tempo. Apesar de ultimamente não ter gasto tanto em vernizes, tenho noção que tenho muitos e que já gastei muito dinheiro em vernizes sem qualquer tipo de necessidade. Vou tentar acabar com todos e só depois repor o stock; Livros, tenho uma biblioteca gigante, que até vos digo quantos livros tenho, porque andei a fazer uma lista: 156 (excluindo os de direito, porque se não seriam perto de 400!). É um coisa que compro sem pensar porque gosto. Posso passar imenso tempo sem ler, mas se passar nalgum sitio e vir um livro a um bom preço compro sem demais. Por essa mesma razão e como acho que tenho livros que cheguem para ler nos próximos anos, vou tentar só comprar em último recurso: uma promoção muitíssimo boa, um preço chorudo, um livro que quero há mais de 4/5 meses (ou mais!). Além disso, vou tentar seguir sempre a minha lista, ter os 4 ou 5 livros que quero mesmo comprar e andar a vigiar os preços, as promoções, para os conseguir apanhar ao melhor preço. Quando falo nesta soluções são soluções também para os meus livros de direito. Entre muitas outras coisas, estas são aquelas três coisas que gasto fortunas, que posso controlar e que se controlar vou poupar muito. Entretanto, abri uma conta poupança, apesar de estar na incerteza, porque acho que devia ter esperado mais algum tempo, estou a tentar mantê-la, porque se conseguir fazer melhor.
Como estou a estagiar e não é remunerado, vou procurando sempre trabalhar. Tenho arranjado alguns part-times, algumas promoções/ações, inscrevi-me nalgumas agências de promoções, e assim sempre consigo alguma ajuda, se não seria impossível poupar alguma coisa.
O estágio é no Porto e não sou de perto, pelo que costumo ir de transportes ou de carro. A despesa é muito maior se for de carro, enquanto de transportes gasto menos de 5€, de carro gasto 10€ todos os dias, e o conforto é exatamente igual, porque demoro mais tempo de carro, por causa do trânsito, do que de metro. Tenho tentado ir sempre de transportes e só quando preciso de transportar muitas coisas, ou quando vou mais pesada por alguma razão, lá peço o carro aos meus pais.
A marmita. Já falei disso aqui e a verdade é que se poupa uns trocos valentes. Não só levo só a refeição, mas levo o lanche todo. Prefiro ir ao supermercado e comprar uns pacotes de bolachas, pãezinhos de leite, sumos, iogurtes, fruta, barrinhas de cereais, do que ir a um café comprar alguma coisa que só me faz mal. Assim, sempre que tenho fome tenho ali alguma coisa para comer. Por acaso nesse aspeto tenho sorte, no escritório onde estou temos um pequena kitchenette e temos um microondas e uma chaleira elétrica, onde podemos fazer chá, café, cevada, chocolate quente. Não temos isso definido, mas vamos levando à vez cada coisinha. Esta é daquelas coisas que não prescindo por nada, que só me faz bem, quer à saúde, quer aos bolsos e que vai continuar em 2018.
Em 2018, quero fazer uma revisão ao meu armário. Preciso comprar algumas peças de roupa, principalmente, calças e blusas para a primavera/verão e camisolas quentes e calças para o inverno. Com o calçado vou tentar sobreviver, havia só uma coisa ou outra que precisava mesmo comprar, mas é para a estação da primavera e do verão, porque não tenho grande calçado para ir trabalhar. Estou a pensar nos sados tomar conta dessa ocorrência, pode ser que apanhe alguma pechincha. Mas, fora essas necessidades, vou tentar comprar só o extremamente necessário para ir trabalhar, nada de exageros.
Para 2018, espero ler mais. Não vou estabelecer um número de livros, porque já sei que não o vou cumprir. Sou extremamente preguiçosa e deixo o cansaço tomar conta do meu corpo e ando meses a ler o mesmo livro.
Para 2018 espero levar o mesmo foco, dedicação e esforço que 2017 me ensinou a ter. O mesmo gosto por mim, pelo que faço, pelo que estudo. A mesma auto-estima que custou a chegar mas chegou.
Além disso, no próximo ano não pretendo ter perto de mim quem não me deseja bem, quem não transmite energias positivas. Também levo isso de 2017. Como já disse, prefiro não ter essas pessoas perto de mim, não temos de fazer fretes, ou fingir que gostamos e nos damos bem. Prefiro não ter amigos, do que achar que os tenho e não o serem. O L. não concorda muito comigo nisso, porque ele dá-se bem com toda a gente, cumprimenta todos os conhecidos que passam, gosta de toda a gente, sabe que nem todos gostam dele, mas é muito mais descontraído do que eu nesse aspeto. Eu não gosto de ter pessoas perto de mim que não me desejam bem, que dizem que sim, mas que transparecem exatamente o contrário.
Por outro lado, que 2018 me mantenha pertinho das pessoas de quem gosto e que gostam de mim. Que traga bons momentos, gargalhadas e muitos sorrisos.
Para 2018, espero que as minhas relações familiares se tornem mais claras. Pode parecer estranho, mas acho que já referi aqui mais que uma vez, a minha relação com a minha familia nem sempre é melhor. E eu prezo imenso o valor familiar e, por isso, tentei nunca me desligar, uma vez que vivemos todos juntos, uns dias damo-nos bem, outros não, umas horas rimo-nos, nas outras discutimo-nos. Mas, devido a muitas atitudes, que me magoaram imenso, involuntariamente, desliguei-me. Sei que a minha mãe é só minha mãe, não posso contar com ela para me abraçar quando preciso porque ela não o faz, não posso contar com boas palavras nos maus momentos, porque ela não sabe o que dizer e só faz pior. Sei que nunca vou ter na minha mãe uma amiga porque ela nunca o foi. Há algum tempo li que grande parte das mães têm de saber separar o ser mãe de serem amigas e acho que a minha aprendeu isso muito bem. Mas, espero que 2018 nos traga paz e amor. Se por um lado, acho que nunca vamos ser aquela familia feliz e unida, por outro espero que o novo ano nos traga serenidade, saúde e, principalmente, que nos traga paz, porque já estou farta de discussões.
Em 2018, vou continuar a lutar pelos meus sonhos, como fiz em 2017. Pela minha vida, pelo meu sucesso pela minha independência, por mim.
Estas são as minhas resoluções para 2018, os meus desejos, pode faltar uma ou outra que, talvez, não me tenha lembrado e só me lembre mais tarde.