O meu mais recente trabalho permite-me estar muito tempo parada, pelo que tenho aproveitado os tempinhos mortos para por a minha leitura em dia, coisa que não faço à muito tempo. E eu que sempre adorei ler e que tenho uma mini biblioteca em casa.
Comecei então a ler os "Filhos da droga" de Christiane F. Acabei-o ontem. Livro esse emprestado pelo L. que andou meses a massacrar-me que tinha de o ler.
O livro torna-se chocante pelo próprio relato da autora. Trata-se de uma criança de 12 anos que se entrega à droga e, consequentemente, à prostituição infantil. O livro e todas as pequenas criticas que fui lendo tratam-na como jovem. Não concordo que uma criança de 12/13 anos possa ser tratada como jovem ou adolescente.
A história acompanha o percurso de Christiane dos 12 anos até aos 15, as várias tentativas falhadas de desintoxicação, até a mãe a mandar para casa de uma tia do outro lado da Alemanha, para que ela pudesse crescer afastada do ambiente da droga. Este é o fim do livro.
Não foi dos livros que mais gostei, não me apaixonei, houve apenas passagens do livro que ficava arrepiada quando pensava que se tratava de uma criança com os seus poucos 13 anos.
Dizem que é aos 21 anos que tudo muda. Que é aos 21 anos que sentimos a diferença. Duvido que isso aconteça, tão radicalmente como me garatiram, mas estou ansiosa. Faço anos no próximo domingo, dia 25, e é sempre um dia especial. O tempo passa rápido, portanto quero passar esse dia com as pessoas mais importantes, que são poucas, mas são especiais.
Mas sinto a diferença. Nestes últimos meses cresci, deixei de ouvir os outros, sinto-me a crescer, sinto as minhas decisões, por mais pequenas que sejam, a fazerem a diferença. Se vou, se não vou, se digo, se não digo, falo, ou não falo. A partir de agora, é a minha vida. Tenho de aprender a preocupar-me primeiro comigo e, depois com os outros.
E é esta a diferença. Tenho vindo a preocupar-me mais comigo, não fisicamente, mas relativamente a tempo e, depois com os outros. Se não posso, não posso. Se tenho tempo para descansar, é isso que faço, depois posso ir tomar café. Coisas assim.
Agosto é o meu mês! Pelo menos costumava ser, já não o sinto tanto assim, mas continua a ser o meu mês preferido.